Raul franziu o cenho e apertou as mãos com força.José estava louco?Por causa de uma mulher, ele realmente iria o confrontar?Seu rosto ficou sombrio e a raiva se intensificou.— José, você escolheu uma mulher dessas para ser padrasto desse bastardinho? — Disse Raul com um tom carregado de desprezo.Ele ainda queria dizer algo mais, mas foi interrompido quando Paula segurou seu braço.— Irmão… Não fale mais, por favor. Vocês dois mal se encontram e já começam a brigar? Não foi para isso que veio me ver, certo? Vamos, vamos embora. — Disse Paula, tentando amenizar a situação.Carolina olhou para Paula por um instante, mas permaneceu em silêncio.Foi Tiago quem quebrou o silêncio ao falar baixinho:— Mamãe, essa atriz parece muito com o tio.Carolina ficou surpreendida e lançou outro olhar para Paula. Se Tiago não tivesse comentado, talvez ela nem teria notado, mas, ao observar melhor, realmente havia algo familiar nos traços de Paula. As sobrancelhas e o olhar lembravam muito Augusto.
Paula, com os olhos avermelhados, assentiu e abraçou Raul.— Irmão, você é tão bom para mim. Amo você mais do que tudo.Raul sorriu, meio sem jeito, enquanto dava leves tapinhas na cabeça dela.— Já está bem grandinha para isso, e ainda gosta de fazer manha.— Eu sempre serei a irmãzinha do meu irmão. — Paula disse com alegria.— Sim, sempre será.…Ao sair do Restaurante Pérola, Carolina, sentada no banco do passageiro ao lado de José, falou baixinho:— Me desculpe…— Por que está pedindo desculpas? — José perguntou.Porque eu… fiz o Sr. José e o Sr. Raul… — Carolina se sentia culpada. Sentia que sua própria existência era um erro.— Raul? Ele e toda a família dele são malucos. A verdadeira princesinha deles foi trocada no hospital, e eles parecem cachorros loucos, atacando todo mundo. Não precisa dar atenção para ele. — Respondeu José, com um sorriso despreocupado.Carolina piscou algumas vezes, intrigada.— A menina trocada da família Oliveira ainda não foi encontrada?Na verdade, e
Apenas após acalmar Evan e deixá-lo dormir, Carolina conseguiu se livrar.Colocou o cartão de visita secretamente na sua mala e Carolina abraçou José por trás: —Vamos mudar de hotel de férias. Se o pequeno acordar chorando e vier me procurar de novo… As férias seriam desperdiçadas.Ela queria passar mais tempo com José.Essas férias podem ser o último momento que ela passa com José.Poder tê-lo por um tempo, pelo menos é uma felicidade.José acabara de terminar de falar no telefone com Afonso e ficou surpreso quando viu Carolina se abraçar a ele.— O que Raul falou com você? — Por que ficou tão ativa de repente? José não estava se acostumando.— Mamãe, eu quero a mamãe, mamãe… — Fora da porta, ouviu o grito choroso de Evan, ficando mais distante.É óbvio que Raul pegou Evan e foi embora forçadamente.Carolina olhou para José com o coração agitado.Os dois se olharam.Após pensar por um momento, José começou imediatamente a arrumar as coisas, muito rápido: — Vamos!Não queria ser engan
— Sra. Júlia, está se acostumando com a comida? — Carolina olhava para Júlia com os olhos brilhados.Quase ia escrever ‘eu te admiro’ no rosto.— É sensacionalmente gostoso. — Júlia assentiu com a cabeça e pegou um espeto de tempura de modo muito simples e acessível, olhando para Augusto com intenção: — Sou muito fácil de manter, não sou tão exigente na alimentação quanto o Sr. José.José ficou com o rosto escuro.Se você está perseguindo Augusto, está bem, mas por que precisa atacar-me?Foi então que Carolina lembrou de José e se levantou nervosamente: — Sr. José… se você não estiver se acostumando com a comida, vamos comer outra coisa… José deu um resmungo e foi só nesse momento que ele foi lembrado?Ela estava quase grudada quando viu Júlia.Felizmente, Júlia era mulher, se fosse homem, José já seria irritado com ela direitamente.— Estou me acostumando com a comida! — Parecia que José estava competindo com Júlia.Júlia estava comendo os espetos e provocando José: — Então, Sr. José
Cidade C, na família Nuno.O patriarca da Família Nuno fez mais de dez ligações telefônicas para chamar Marcos de volta de Cidade A.— Você foi pessoalmente procurá-lo para fazer esse exame de paternidade de Tiago? — O patriarca perguntou em voz baixa.Marcos franziu as sobrancelhas, o avô sabia? — Foi.— Carolina não deveria ter a capacidade de manipular o exame de paternidade, certo? — O patriarca confiava não em Carolina, mas em seu próprio neto.Quanto ao relatório genealógico que a Família Reis lhe deu, ele pôde ignorá-lo.— Ela não tem essa capacidade. — Marcos assentiu com a cabeça e assumiu tudo sozinho, porque tinha medo de que, no futuro, quando o avô soubesse que Tiago não era filho da Família Nuno, ele fizesse algo contra Carolina.— Você diga a verdade para o avô, esse menino é seu? — O patriarca olhou para Marcos, ele só queria uma resposta honesta.Marcos deu uma profunda inspiração: — Avô, eu quero Carolina.O patriarca franziu as sobrancelhas: — Carolina é uma garota
Carolina acabara de entrar na empresa quando ouviu as pessoas da empresa comentando.Falavam que Edner tinha pedido demissão, originalmente queria assustar o Sr. José, mas não esperava que o Sr. José concordasse diretamente, agora estava levando água para o seu moinho.— Você ouviu falar? Edner está na reunião interna do Departamento de Projetos agora. Acho que hoje teremos um bom show. Ele provavelmente vai levar todo o pessoal do Departamento de Projetos para demitir-se e protestar contra o presidente.Parada na porta do elevador, Carolina ouvia as fofocas da empresa.Edner estava fazendo a última luta.— Carolina. — Atrás dela, era a voz de Pedro.Carolina ficou tensa e não virou a cabeça, fingindo não ter ouvido.Pedro franziu as sobrancelhas e entrou no elevador com Carolina, avisando as outras pessoas em voz fria: — Vocês esperem o próximo elevador.Vários funcionários se olharam, compreenderam a situação e saíram do elevador.Carolina baixou a cabeça e também queria sair do elev
Carolina estava no braço de José e se sentia inexplicavelmente segura.Apenas, a conversa que ela acabara de ter com Pedro, José tinha ouvido?Ele não tinha entendido errado?Pedro olhou para José, os dois estavam frente a frente no elevador.— Carolina é minha ex-namorada, você não tem medo que se saiba e as pessoas zombem, irmão? — Pedro avisou José para não estragar sua reputação.José riu sarcasticamente: — Você já tem noiva e continua obcecar pela sua cunhada. Se se souber, quem estragará a reputação?Pedro apertou os punhos: — Todos sabem que Carolina esteve comigo antes.— Então? Se uma pessoa ficou cego antes, não pode se curar? — José olhou para Pedro com olhos frios.Vendo que os dois iam brigar, Carolina estendeu a mão inconscientemente para abraçar José e falou baixinho: — Eu… minha visão foi curada.Pedro apertou os punhos até os ossos ficarem brancos e o rosto ficou muito escuro.Carolina estava mesmo querendo provocá-lo.— José, você me odeia, é por isso que está competi
Afonso, com olheiras escuras, deu uma risada, sentindo-se honrado demais.Ele não dormiu a noite toda…Carolina seguiu atrás de Afonso e José e entrou na sala de reuniões.Na sala de reuniões, a cara de Edner estava muito feia. Quando viu Carolina, ele olhou com raiva.Carolina baixou a cabeça e se escondeu atrás de José.— Sr. José, as pessoas do nosso departamento de projetos planejam renunciar comigo. — Edner ainda estava tentando salvar sua cara e queria que José o retivesse.José se recostou na cadeira, olhou para Edner e depois para as pessoas do departamento de projetos: — Quem quer renunciar, levante-se e deixe-me ver.As pessoas do departamento de projetos se olharam, nervosas, e ninguém se atreveu a ser o primeiro a levantar.Edner apertou os dedos e levantou-se voluntariamente.José assentiu com a cabeça: — Apenas o gerente Edner vai embora?Quando viram Edner se levantar, as pessoas que tinham algo em mãos dele também se levantaram cuidadosamente.José olhou para Afonso: —