No Centro de Teste de Paternidade na Cidade A.O carro de Sofia estava estacionado logo na frente.— Senhorita, você estava certa. O José está realmente desconfiado. Ele procurou o Zé.Zé era amigo de infância de José e trabalhava naquele centro. Sofia tinha certeza de que José não confiaria em qualquer pessoa e, portanto, procuraria Zé.Com um sorriso frio, Sofia comentou:— Isso facilita bastante as coisas, não?Ela havia feito muito esforço para conseguir um fio de cabelo de José. Mas um homem como ele, comparado a um tigre, jamais permitiria que alguém arrancasse “suas garras”.Por isso, só restava a ela encontrar outra forma.— Faça como eu disse. — Sofia saiu do carro.O carro de Zé estava estacionado na entrada, e ela segurava um saco plástico contendo os fios de cabelo de José e Tiago enquanto caminhava em direção ao centro.De repente, ouviu um estrondo seguido do alarme de um carro.Zé olhou para trás.— Droga!Um homem estava segurando uma pedra enorme, que havia usado para
— Sr. José, não vai comer mais? — Carolina perguntou nervosa. — Será que a comida não estava do seu agrado?José balançou a cabeça.— Não…Não é isso. De repente, senti um desconforto no estômago. Vou atender uma ligação.No visor do celular, aparecia o nome Zé.Com o celular na mão, José entrou distraído no escritório, com a expressão sombria. Sua respiração estava um pouco acelerada, de repente, ele não queria mais saber a verdade.Seria melhor se a verdade nunca viesse à tona.Assim, ele poderia continuar se dedicando a reparar, da melhor forma possível, os danos causados à Carolina e Tiago.— José, o resultado saiu. Quer saber? — Zé anunciou pelo celular.A voz de José soou rouca:— Não quero saber.— Você não joga pelas regras, hein? — Zé riu. — Vai, fala logo que quer saber.— Tá bom, quero saber. Fala. — José apertava as têmporas com os dedos que estavam dormentes.— Se quer saber, me compre um Bentley novo. O meu foi destruído por um vândalo. — Zé reclamou com sarcasmo.Os olhos
Naquela noite, Alberto, uma criança deixada para trás, foi cruelmente abandonado pelos pais. Parecia que ninguém da família Rodrigues se importava com ele.Diziam que a família Rodrigues estava enfrentando problemas financeiros, e os pais de Leandro estavam ocupados demais para cuidar dos filhos.Leandro, ao que parecia, também havia bebido até cair e estava em alguma cama que não era a sua.Luísa, por sua vez, também estava bêbada, completamente apagada na casa da família Santos.Carolina não confiava nos empregados da família Rodrigues para levarem Alberto e, com cautela, implorou a José para deixar o menino ficar.Alberto, feliz, segurava a mão de Tiago. Ele estava animado, mas tentava não gritar de alegria.Afinal, crianças têm medo da solidão. Ter um amiguinho por perto fazia tudo parecer melhor.— Ainda bem que comprei uma cama infantil maior para o Tiago. — Comentou José, encostado no batente da porta, enquanto olhava o quarto infantil, que havia sido reorganizado. Ele bagunçou
Carolina ficou surpresa. José estava realmente a alertando para ter cuidado com Sofia?Sofia, aos olhos de outros homens, era como uma delicada flor de jasmim, uma menina gentil e pura. Mas, para José, ela tinha uma mente calculista?— A senhorita Sofia, na verdade, é bastante competente. — Murmurou Carolina.Sofia era astuta, mas, se estivesse ao lado de José, certamente poderia o ajudar.No futuro, uma aliança matrimonial entre as duas famílias não seria totalmente sem benefícios.— O senhor Ricardo ainda não demonstrou nenhuma reação. Ele parece inexpressivo, mas provavelmente ainda teme a sua união com a família Reis. No futuro, quando o senhor e a senhorita Sofia… — Carolina tentava incentivar José e Sofia.A expressão de José ficou séria, e ele pousou a colher na mesa. Sua voz saiu fria e distante:— Carolina, já lhe disse que não há possibilidade entre mim e Sofia. Se eu quisesse essa união, você não teria nenhum propósito ou valor para mim. Já que você está aqui, não alimente i
José estava um pouco desorientado, apertando Carolina nos braços sem dizer nada.— José… Você não está se sentindo bem? — Carolina perguntou, nervosa, enquanto tocava na testa dele. — Posso pegar um termômetro para medir sua febre?— Não… — José respondeu com a voz abafada, segurando Carolina como se estivesse agido de forma mimada.Carolina ficou chocada. Ele nunca havia agido assim. Só lhe restava tratá-lo como uma criança.— Vamos, seja bonzinho. Vou pegar o termômetro e um adesivo para febre, tá? — Tentou o convencer com doçura.José soltou um grunhido em resposta, se recusando a soltá-la.Sem alternativa, Carolina tentou tirar as mãos dele à força.Porém, ao se levantar, percebeu que ele segurava sua roupa firmemente.Carolina riu de forma resignada. Desde que José adoecera, ele parecia outra pessoa, como uma criança.Nem mesmo Tiago, seu filho, era tão apegado assim.A diferença no comportamento dele era impressionante.— Não me deixe sozinho… — Murmurou José com uma voz fraca. T
Carolina estava com os olhos avermelhados, segurando José com força enquanto sua respiração ficava cada vez mais acelerada.Ficou louca… Talvez todo mundo tenha enlouquecido.José estava com febre, o corpo ardendo como brasa.Carolina sentia que ela própria estava queimando, a alma consumida pelas chamas.Imerso nessa luxúria homem-mulher, para ela, era uma verdadeira tortura.A cada momento, algo dentro dela repetia que ela não era digna dele, que nunca estaria à altura de José.Seu corpo e sua alma pareciam marcados pela lama.As acusações vindas de fora. — Mulher sem moral, vida desregrada. — Pouco importavam.Carolina estava cansada de tentar se explicar.Mesmo sabendo que a culpa não era sua, ela se sentia impura, indigna de ficar ao lado de José.Se o corpo dela ainda pudesse dar a José uma saída para seus desejos, isso seria um valor existencial, não seria?…Na manhã seguinte, Carolina despertou sentindo o corpo pesado, com dores musculares por todo lado.Quando olhou ao redor,
No escritório do executivo.Carolina entrou e viu uma xícara de leite quente sobre a mesa.— Afonso, foi você que trouxe para mim? — Perguntou Carolina, surpresa.— Sim. — Afonso acenou com a cabeça.Carolina sorriu e agradeceu:— Obrigada.— Ah, que isso! Não precisa agradecer. Eu perdi uma aposta, lembra? Sou seu assistente por três meses. — Afonso acenou com a mão, escondendo o fato de que foi o Sr. José quem tinha ordenado aquilo.Ele fazia o trabalho, mas queria ficar com o crédito para si mesmo.— Não se preocupe com isso. — Carolina gesticulou rapidamente, falando baixinho. — Em alguns dias, o Sr. José vai esquecer.— Eu não sou surdo. — O som seco dos dedos do Sr. José batendo na mesa chamou a atenção de Carolina.Ela reprimiu uma risada e tomou um gole do leite. Era doce, como se tivesse açúcar. Mas só um pouco, na medida certa.— O Sr. José me pediu para comprar leite levemente adoçado, porque achou que você ia gostar. — Confessou Afonso, finalmente, sob o olhar sombrio do Sr
José sabia que Carolina sempre mantinha uma postura vigilante em relação a tudo, nunca tendo realmente se aberto de coração.Carolina mordeu o lábio, corando levemente enquanto começava a digitar os arquivos com seriedade.Zé chegou à empresa em vinte minutos, disfarçado como entregador de comida, e foi direto para o escritório.— E aí, desde quando você contratou uma assistente bonita? — Zé colocou a sacola de comida de lado e deu uma cotovelada em José, com um sorriso provocador.— Se comporte. Não assuste ela. — José franziu a testa, advertindo Zé.Carolina, tensa, lançou um olhar cauteloso para Zé e, instintivamente, as afastou. Ele tinha algo de estranho.Zé, percebendo a situação, fez uma cara de quem tinha entendido tudo. Aquela era a “joia preciosa” que José estava escondendo.— Prazer, cunhada! Meu nome é Zé.Carolina ficou totalmente confusa e gaguejou:— A-Ah?Cunhada? Eles não deveriam manter segredo sobre o relacionamento dela com José?— Já falei pra não a assustar. — Jos