No escritório do Presidente.Carolina olhava para a sua pequena mesa que havia sido movida para o canto, sentindo-se muito desconfortável: — Sr. José, é bom vou para fora… O presidente também precisava de espaço privado. Não era bom fazer trabalho com ele.— O que significa assistente de vida? — José pôs o contrato na mão de lado e perguntou.Carolina baixou a cabeça e não disse nada, não ousando o irritar.— Café. — José apontou para o café.Carolina se apressou para ir lá, pegou a xícara para fazer o café para José.— O Sr. Nuno não vai abandonar tão facilmente a guarda legal de Tiago. Ele está esperando você cometer um erro. — José fingiu não se importar e avisou.Carolina parou na porta por um momento e não disse nada.— Se precisar, pode pedir para o Afonso ir com você fazer o registro residencial de Tiago. — Disse José, não levantou a cabeça.Ele simplesmente nunca admitiu que, na verdade, gostava muito de Tiago.Antes de conhecer Tiago, José achava que odiava as crianças.Após
— José! — Ricardo ficou tão furioso que a respiração ficou irregular. Ele tinha respeito?— O assunto do casamento entre a Família Santos e a Família Reis, eu já dei meu tácito consentimento. A Família Reis também revelou para a mídia. Faça com que aquela Carolina feche a boca bem fechada, se der qualquer indício, eu vou fazer com que ela desapareça na Cidade A. — Ricardo baixou a voz para ameaçar.José levantou a cabeça e deu um olhar para Ricardo: — Você está me ameaçando?— Eu estou falando daquela Carolina! Uma mulher impudica, que teve filhos com pessoas sem caráter, com vida privada confusa. A manter ao seu lado é como ter uma bomba. Estou fazendo isso pelo seu bem. — Ricardo bateu na mesa, estava realmente furioso.— Lídia é impudica? Ela seduziu um homem casado no começo e teve dois filhos ilegítimos com pessoas sem caráter. Você não a trouxe para casa apesar da oposição de todo mundo? Eu tenho que aprender com você. — José estava apoiado na cadeira e falou novamente.— Além di
— Carolina, saia daí!— Você não se envergonha? Como você tem a coragem de ficar na empresa? Por que você se atreve a ficar na empresa? Saia daí!Luana ainda estava gritando lá fora. Como ela era a noiva de Pedro, os executivos da empresa e os seguranças não ousavam a impedir.Além disso, todo mundo sabia que Luana era uma doente frágil. Se alguém a tocasse e ela desmaiasse, ninguém poderia se responsabilizar por isso.Carolina sentou-se na cadeira com ansiedade, apertando os dedos nervosamente.Várias vezes levantou a cabeça para olhar para José, mas ele parecia não ouvir nada, continuando trabalhando no que tinha nas mãos.Mas era óbvio que Luana não ia desistir até ver Carolina.— Sr. José… Ela está afetando o seu trabalho, eu vou... — Carolina estava um pouco assustada, temendo que José pensasse que ela sempre atraía problemas.— O Pedro pode tratar isso. — José não levantou a cabeça, acenando para Carolina: —Venha aqui.Carolina se levantou rapidamente e caminhou até José.— Essa
—Senhor José, tudo, tudo já está pronto. Seu terno já foi enviado com antecedência para o hotel, onde uma equipe cuidará de secar e passar. A gravata e o relógio estão combinados, e temos opções de reserva. Se o senhor não gostar, pode trocar. — Carolina se levantou de repente, como uma aluna reportando a lição de casa ao professor.Olhando para o relógio, Carolina voltou a falar: — O presente para o senhor André já foi enviado por via aérea. Assim que o senhor chegar, já pode ir direto para o encontro.— Senhor José... — Na porta, Afonso respirou fundo antes de entrar. — Lá fora... a noiva do Sr. Pedro... está descontrolada.José ignorou Afonso e apenas quis perguntar a Carolina se seus preparativos estavam completos. — O que você preparou para André de presente?— Caranguejos... caranguejos frescos... — Carolina havia pesquisado as preferências de André.A caneta que José girava caiu na mesa, ele engasgou. — Como assim? Caranguejos? André precisa de caranguejos?— Você preparou caran
Carolina sentiu um aperto nas costas e se virou para olhar para José.Era realmente espantada ouvir aquele tipo de comentário incisivo, sem palavrões, saindo da boca de José. Pela primeira vez, ela viu o lado descolado dele, uma faceta tão atraente que ela não conseguia desviar o olhar.A imagem de José sempre foi a de um chefe dominador, frio, maduro, sério e inalcançável, quase como alguém que não fazia parte do mundo real, uma presença que se podia ver mas não tocar. Mas agora, pela primeira vez, Carolina teve a sensação de que tinha alguém a apoiando por trás. Era como se o próprio protetor dela estivesse logo ali, atrás dela.Pedro cerrou os dedos, abaixando a voz. — Irmão, isso é meu assunto de família.— Coincidentemente, também é meu. — José se endireitou e olhou para Luana. — Vinte anos de falta de educação não importam, a consciência é algo que vem no sangue. Qualquer pessoa normal deveria saber que isto aqui é uma empresa, um local de trabalho, e não é sua casa para fazer es
Afonso pegou o celular, pronto para chamar a polícia.— José... — Luana ficou nervosa e se aproximou para impedir Afonso.— O que foi, Srta. Luana? — Afonso deu um passo para trás. — Você não viu com os próprios olhos?— Eu... Eu só ouvi dizer que foi a Carolina que aceitou voluntariamente! — Luana mordeu o canto do lábio, olhando para Carolina com ódio.Carolina estava apática, de pé atrás de José, com a cabeça baixa e as lágrimas caindo no chão. Sua reputação já estava arruinada, então não lhe importava piorar ainda mais. Mas José... Ele estava disposto a ajudar ela. Como diretor executivo do Grupo Santos, ele não tinha necessidade de se envolver com uma situação tão suja e desnecessária. E, no entanto, ele estava ajudando. Ela lhe devia muito, talvez fosse algo que nunca conseguiria pagar.— Foi voluntária? — José se virou e, ao ver que Carolina chorava, sentiu uma pontada no coração. Seu rosto ficou sério, ele franziu a testa e as veias em sua mão se destacaram. "Como será que ela
Luana, com os olhos cheios de lágrimas, agarrou-se com força à camisa de Pedro.— Pedro... Eu não vou me desculpar! Por que eu deveria? Quem ela pensa que é para que eu me desculpe com ela?Pedro estava com uma expressão séria. Ele conhecia bem a personalidade de José, mesmo que Ricardo estivesse presente, dificilmente conseguiria convencê-lo, muito menos ele.Pedro olhou para Carolina, queria que ela mesma tomasse a iniciativa de acabar com tudo isso..— Por que está olhando para ela? Olhe para a sua mulher. — José deu um passo à frente de Carolina, bloqueando perfeitamente o campo de visão de Pedro.Carolina sentiu que a pessoa à sua frente era imponente, aquela sensação de segurança completa fez seu coração se acalmar instantaneamente.— Carolina, porque eu deveria me desculpar com você? — Luana gritou, com os olhos marejados.José estava ali, e Pedro não tinha como proteger ela.Luana não queria aceitar.Porquê... Carolina permaneceu em silêncio, de cabeça baixa.— Carolina, você
— Então sua mãe estava com carência nutricional quando estava grávida de você.— José estava com sua paciência no limite, verificando o relógio repetidamente.Quem não sabia que a agenda de José estava lotada naquele dia? E agora, por causa de Luana, o funcionamento normal da empresa estava sendo prejudicado, e ainda por cima, estavam ocupando o tempo do presidente.—Ouvi dizer que a mãe do Sr. Pedro era amante quando o carregava no ventre, uma pobre estudante que mal tinha onde cair morta, sem nada. Não é de surpreender que diziam que ela sofria com carência nutricional durante a gravidez.— Sim, também ouvi, uma amante que conseguiu subir de posição.Os funcionários murmuravam entre si, falando em voz baixa, mas o suficiente para que todos pudessem ouvir.O rosto de Pedro ficou sombrio, seu olhar de ódio fixo em José.Luana olhava para Rui, perdida, sem saber o que fazer.Rui abaixou a cabeça, permanecendo em silêncio.Ele estava envergonhado, mas não podia simplesmente abandonar a ir