Geraldo segurou Esther pelos ombros, tentando falar com firmeza:

— Estrella, já faz dias que estamos procurando. Você já andou várias vezes por essa margem do rio e não encontrou nada. Até mesmo André, que é mais experiente que você, não encontrou. Acho que...

Ele hesitou antes de terminar a frase. Geraldo queria dizer que, com tanto tempo passado, a chance de Marcelo estar vivo era mínima.

Embora fosse difícil aceitar, às vezes era necessário encarar a realidade.

Mas Esther se recusava a ouvir.

— Não me diga isso! Enquanto eu não ver o corpo dele, eu não vou acreditar que ele morreu! — Ela se afastou bruscamente e gritou, com os olhos cheios de lágrimas. — Voltem todos! Mesmo que eu morra, eu vou encontrar ele!

A dor e o desespero de Esther eram evidentes. Ela acreditava que, enquanto não encontrasse o corpo de Marcelo, ainda havia uma chance de ele estar vivo.

Mesmo com a situação cada vez mais perigosa, Esther estava decidida a continuar procurando sozinha.

Mas Geraldo sabia que ela