Esther riu e comentou:— Já estão licenciados esses produtos?— Claro que sim! — Respondeu Nanda, com um sorriso confiante. — Eu posso garantir, isso não é pirataria! É produto oficial, totalmente autorizado. Esse aqui é só uma amostra, já tá vendendo no país inteiro, e parece que está fazendo o maior sucesso!— Então não é sonho. Glória realmente está tendo bons resultados. — Esther suspirou, ainda surpresa com o que parecia um verdadeiro milagre. Naquela mesma manhã, ela ainda estava meio em dúvida, sem acreditar no impacto, mas, de um dia pro outro, tudo mudou de forma impressionante.— Já passou de 100 milhões de visualizações! Você tem ideia do que é isso? 100 milhões! Eu jamais imaginaria algo assim na minha vida! — Disse Eduarda, mostrando a tela do celular, que exibia os números astronômicos da série.Ao conferir a quantidade de acessos, Esther viu os comentários pulando por todos os cantos da tela, com elogios sobre o enredo envolvente e emocionante da série. Os fãs elogiavam
— Se está preocupada, vai vê-lo. — Sugeriu Melissa, tentando trazer um pouco de alívio. — Não por ele, mas por você mesma. Ver que ele está seguro vai te deixar em paz.Enquanto isso, Sofia passou a noite em claro, inquieta com a segurança de Marcelo. Já havia tentado confirmar com Gustavo se Marcelo corria perigo, mas ele tranquilizou ela, garantindo que não havia risco. Mesmo assim, o instinto dela não deixava ela descansar.Logo pela manhã, ela já estava exausta, com sono, mas se recusava a relaxar. Qualquer ruído fazia seu coração saltar, na esperança de que fosse Marcelo voltando para casa. Porém, as horas passaram, e ele continuava sem dar notícias.Sofia estava ansiosa demais para pensar nos índices de audiência de Sombras do Passado. Na noite anterior, a audiência tinha sido excelente, e ela também sabia que Glória não estava tendo o retorno esperado, o que deixava ela ainda mais confiante. Finalmente, ela teria a chance de vencer Esther em todos os sentidos, tanto em fama quan
Sofia estava inquieta, sem conseguir se acalmar. Marcelo e Esther não saíam de sua cabeça, e a ansiedade a consumia. Ela não conseguia mais ficar parada.— Preciso sair! — Decidiu de repente, pegando sua bolsa com determinação.Iara, que havia preparado o café da manhã para ela, observou ela preocupada.— Vai aonde, Sofia?— Marcelo ainda não voltou pra casa. Preciso ir atrás dele! — Respondeu Sofia sem pensar duas vezes.— E o café da manhã? — Questionou Iara.— Não vou comer! — E, sem perder tempo, Sofia trocou de roupa e pediu ao motorista para levá-la à casa de Marcelo. Queria esperá-lo lá, onde se sentia mais segura e onde poderia vê-lo assim que ele chegasse.No caminho, Sofia avistou um carro familiar, um modelo novo que reconheceu de imediato. Aquela era o carro que Esther dirigia, um presente que Marcelo havia dado a ela tempos atrás. Mas, ao que ela sabia, o carro não fazia parte do acordo de divórcio. No documento, Marcelo havia incluído apenas uma mansão e vinte milhões em
— Sofia! — Chamou Iara, que chegou um pouco atrasada, carregando um guarda-sol para protegê-la do sol.Mas a saia de Sofia já estava toda suja.— Essa Esther não tem um pingo de educação! — Disse Iara, se agachando rapidamente. — Vou limpar isso para você.Ela puxou algumas folhas de papel e começou a limpar a sujeira do vestido de Sofia. Sofia olhava para a direção em que Esther havia desaparecido, com os olhos arregalados de ódio. A raiva fervia até o fundo da alma. Esther estava tão doente, então com que moral ela ousava agir com tamanha arrogância? Só restava esperar que, quando ela estivesse realmente no fim da linha, viesse implorar clemência.Ainda assim, Sofia sabia que estavam em plena rua, e precisava manter a postura. Respirou fundo e decidiu:— Vamos para a casa de Marcelo. Lá é o melhor lugar para esperar.Enquanto isso, dentro do carro, Melissa olhava pelo retrovisor e viu a expressão de fúria de Sofia, que gesticulava de maneira exagerada. Um sorriso irônico apareceu no
O motorista não perdeu tempo e deu um golpe firme na cabeça de Sofia, a apagando de imediato. Com um movimento rápido, colocou ela sobre o ombro, saiu do carro e entrou em outro veículo, que arrancou sem deixar vestígios....Esther ainda estava desmaiada, mas, mesmo em seu estado inconsciente, sentia os solavancos do trajeto, que quase fizeram ela vomitar. Quando finalmente despertou, notou que estava com mãos e pés amarrados, e o cheiro forte de gasolina impregnava o ar ao redor.Ao se ambientar, percebeu que estava em uma cabana de madeira. Atrás dela, sentia a presença de outra pessoa amarrada ao mesmo pilar. Ela se virou o quanto pôde e avistou um pedaço da roupa da outra pessoa. Não precisou de muito para reconhecer quem era.— Sofia?! — Murmurou Esther, franzindo as sobrancelhas. Não fazia ideia do motivo de estar ali, ainda mais amarrada ao lado de Sofia.O que estava acontecendo? Respirou fundo, tentando manter a calma apesar do pânico que ameaçava tomar conta dela. Sofia esta
O rosto de Sofia ficou vermelho imediatamente, com a marca do tapa queimando em sua pele, a deixando atordoada.— Vai continuar me ameaçando com o nome dele? Tenho vontade de matá-lo! — Rosnou Diego, irritado. — Se quer continuar viva, cala essa boca e talvez eu considere te dar uma chance!Sofia finalmente ficou em silêncio, claramente assustada. Esther, ao lado, estava ainda mais tensa, sentindo as mãos suadas. Seu coração batia acelerado, ela não estava sozinha. Ela tinha uma vida pela qual lutar, não podia se arriscar em uma reação impulsiva.Diego então olhou para Esther, com um sorriso de escárnio nos lábios.— Ainda viva, hein? Parece que Marcelo tem um cuidado especial com você.Esther sorriu com frieza e retrucou:— Você fala do Marcelo? Se soubesse... Ele terminou comigo, me descartou. Tenho vontade de matá-lo eu mesma!Diego lançou um olhar significativo para Sofia, sua expressão cheia de desprezo.— Então, esse Marcelo é mesmo um mestre em se cercar de pessoas “fiéis”. Pare
— Cala a boca! — Rita lançou um olhar gélido para Sofia. — Minha vida foi salva pelo Diego, e eu só sirvo a ele!— Você só pode ser louca! — Sofia replicou, sem desistir. — Ele já é um homem sem saída, um fugitivo. Não passa de um cachorro fiel a quem não merece!— Tapem a boca dela! — Ordenou Rita imediatamente.Um dos capangas pegou um pano imundo e fedorento e o enfiou na boca de Sofia. Ela sentiu o cheiro horrível e imediatamente começou a ter ânsia de vômito, mas, por mais que se debatesse, não conseguia se livrar.Rita olhou então para Esther, que encarava ela com intensidade. Esther notou algo nos olhos de Rita, como se ela estivesse passando uma mensagem silenciosa. Era um aviso: Rita não estava realmente ali para ajudar Diego. Ela estava, de algum modo, ali para ajudar Esther.Esther franziu as sobrancelhas, balançando a cabeça em um sinal de discordância, tentando desestimular qualquer ideia perigosa. Mas Rita respondeu com um leve sorriso, como se estivesse tentando tranquil
Esther estava amarrada, sem se debater. Ela já tinha sido infectada uma vez com o veneno e conhecia o próprio destino. Talvez por isso, a calma havia tomado conta dela, uma serenidade melancólica, pois sabia que não adiantaria ter medo agora.Seu olhar se voltou para Marcelo, para aquele corpo alto e imponente que se destacava no meio do grupo de soldados. Ele estava ali, bem à sua frente, mas o brilho que ela costumava ver em seus olhos quando a olhava parecia ter se apagado. Agora, ele não era apenas o Marcelo que ela amava. Era o capitão Marcelo, alguém com um propósito maior, com um peso nas costas que ia muito além de protegê-la.Algo naquilo fez ela se sentir perdida. Aquele homem, que parecia tão distante agora, talvez nem carregasse mais o mesmo sentimento por ela. Uma tristeza profunda a envolveu, uma tristeza amarga e sufocante. Marcelo hesitava, claramente dividido. E naquele momento de indecisão, Esther finalmente compreendeu a dura realidade.— Escolhe logo, ou então as du