Gustavo se limitou a um breve aceno de cabeça, deixando claro que a conversa estava encerrada. Mas, ao olhar para o semblante satisfeito e presunçoso de Diego, ele sentiu a irritação crescer. Era evidente que Diego acreditava que o tinha nas mãos, por causa daquele segredo.— Não preciso dessa história de “paridade”. — Respondeu Gustavo, sem qualquer hesitação. Sabia muito bem que as palavras de Diego eram tão falsas quanto a lealdade dele. — Esse título de “rei” fica pra você.Diego observou Gustavo recuar e, notando que ele não oferecia resistência, se deu por satisfeito. Tinha certeza de que aquele segredo o mantinha sob controle. Afinal, por mais leal que Gustavo fosse ao Faraó, ele ainda tinha algo a proteger. Não só a vida dele, mas também a vida preciosa de sua filha.Assim que Gustavo saiu do local, o semblante dele era sombrio. Atrás, Diego assistia sua partida com um sorriso malicioso e um ar de vitória estampado no rosto.— E então, vai deixar ele sair assim? E se ele for co
Sofia sorriu de leve.— Então está combinado. O Marcelo vai ficar muito feliz.— Quando for voltar, tome cuidado. A cidade está perigosa, encontraram mais uma mulher morta — Alertou Gustavo, com tom sério.Ao ouvir isso, Sofia se virou para ele, curiosa.— Pai, a organização voltou a agir? Eu já ouvi o Marcelo comentar isso com alguns colegas dele.Gustavo ergueu o olhar, atento.— Marcelo está investigando esse caso?— Sim, está. — Sofia assentiu.De repente, uma ideia surgiu na mente de Gustavo e um sorriso astuto apareceu em seu rosto.— Nesse caso, passe um recado para ele. Tenho uma pista que pode ajudar a resolver o caso mais rápido....— Ai, eu estou numa agonia, estou quase morrendo de ansiedade! — Nanda andava de um lado para o outro, sem conseguir se sentar, como se estivesse com espinhos no sofá.— Calma, ainda nem começou. Normalmente você não fica assim. — Comentou Eduarda.— Você não entende! Esse projeto é minha vida! Quero muito que dê certo, mesmo antes de começar já
Diana continuava falando, tentando animar o grupo, mas seu esforço não estava surtindo efeito. As expectativas eram altas, e o resultado da estreia estava longe do ideal. A confiança de todos começava a vacilar.Nanda, com os olhos vermelhos, deixou transparecer a frustração.— Será que o problema é o meu roteiro? Por que nossa série não consegue competir com a deles? Eu me esforcei tanto.Aquela dúvida repentina minou sua autoconfiança.— Claro que não é isso! — Esther tentou consolar a amiga. — Nós quase não investimos em marketing, então é normal a popularidade ser menor. Mas calma, é só o primeiro dia. Vamos observar por mais uns dias antes de tirar conclusões.Nanda, com a voz embargada, respondeu:— Eu só pensei que, logo no primeiro dia, a resposta fosse ser um pouco melhor.— Mas olha que bom! — Esther disse, mostrando alguns comentários no celular. — Os espectadores estão elogiando. Disseram que a história é original e cativante, estão até ansiosos pelos próximos episódios.—
Apesar de estarem divorciados, o sonho ainda deixou ela em um estado de puro pânico. Esther não conseguia mais dormir.Ela acendeu a luz, colocou a mão sobre a barriga e, com algum esforço, se levantou da cama para beber um copo d'água. Sentiu a necessidade de se acalmar, mas a inquietação persistia. Pegou o celular e começou a procurar por notícias na internet, pois esse parecia o meio mais rápido de se manter informada.Infelizmente, não havia qualquer atualização sobre o caso das mulheres assassinadas. Mas a apreensão continuava a assombrá-la. Pensou em Geraldo, desde a última vez que encontrou ele em seu estúdio, não o havia visto mais. Entre as tarefas diárias e o trabalho, nem sequer prestava atenção se havia alguma movimentação no apartamento ao lado.Ela abriu a porta e saiu. O silêncio da madrugada era tão intenso que o som de uma agulha caindo no chão seria ouvido. Parada na porta de Geraldo, Esther hesitou, sem saber ao certo como se sentia.Estava ciente de sua condição del
Ainda meio sonolenta, Esther murmurou com a voz rouca:— O que foi que explodiu?— A série, claro! — Respondeu Nanda, empolgada. — Está bombando! Viramos o jogo!Essas palavras despertaram Esther completamente. Num movimento rápido, ela se sentou e pegou o celular para conferir as notícias sobre o desempenho da série. Para sua surpresa, o que ainda estava em segundo lugar no dia anterior, agora já era o primeiro em popularidade.Desde a noite anterior, a audiência havia disparado, acumulando várias vezes mais visualizações do que o habitual. Além disso, a recepção estava melhorando, com a crítica e os comentários se tornando cada vez mais positivos. Esther não pôde conter a alegria. A série havia alcançado uma posição de destaque nos assuntos mais comentados do momento.Com o coração mais aliviado e sentindo a recompensa por todo o esforço, ela não teve mais dúvidas: seu empenho estava finalmente valendo a pena. Se a popularidade continuasse crescendo e o roteiro seguisse bem estrutur
Esther riu e comentou:— Já estão licenciados esses produtos?— Claro que sim! — Respondeu Nanda, com um sorriso confiante. — Eu posso garantir, isso não é pirataria! É produto oficial, totalmente autorizado. Esse aqui é só uma amostra, já tá vendendo no país inteiro, e parece que está fazendo o maior sucesso!— Então não é sonho. Glória realmente está tendo bons resultados. — Esther suspirou, ainda surpresa com o que parecia um verdadeiro milagre. Naquela mesma manhã, ela ainda estava meio em dúvida, sem acreditar no impacto, mas, de um dia pro outro, tudo mudou de forma impressionante.— Já passou de 100 milhões de visualizações! Você tem ideia do que é isso? 100 milhões! Eu jamais imaginaria algo assim na minha vida! — Disse Eduarda, mostrando a tela do celular, que exibia os números astronômicos da série.Ao conferir a quantidade de acessos, Esther viu os comentários pulando por todos os cantos da tela, com elogios sobre o enredo envolvente e emocionante da série. Os fãs elogiavam
— Se está preocupada, vai vê-lo. — Sugeriu Melissa, tentando trazer um pouco de alívio. — Não por ele, mas por você mesma. Ver que ele está seguro vai te deixar em paz.Enquanto isso, Sofia passou a noite em claro, inquieta com a segurança de Marcelo. Já havia tentado confirmar com Gustavo se Marcelo corria perigo, mas ele tranquilizou ela, garantindo que não havia risco. Mesmo assim, o instinto dela não deixava ela descansar.Logo pela manhã, ela já estava exausta, com sono, mas se recusava a relaxar. Qualquer ruído fazia seu coração saltar, na esperança de que fosse Marcelo voltando para casa. Porém, as horas passaram, e ele continuava sem dar notícias.Sofia estava ansiosa demais para pensar nos índices de audiência de Sombras do Passado. Na noite anterior, a audiência tinha sido excelente, e ela também sabia que Glória não estava tendo o retorno esperado, o que deixava ela ainda mais confiante. Finalmente, ela teria a chance de vencer Esther em todos os sentidos, tanto em fama quan
Sofia estava inquieta, sem conseguir se acalmar. Marcelo e Esther não saíam de sua cabeça, e a ansiedade a consumia. Ela não conseguia mais ficar parada.— Preciso sair! — Decidiu de repente, pegando sua bolsa com determinação.Iara, que havia preparado o café da manhã para ela, observou ela preocupada.— Vai aonde, Sofia?— Marcelo ainda não voltou pra casa. Preciso ir atrás dele! — Respondeu Sofia sem pensar duas vezes.— E o café da manhã? — Questionou Iara.— Não vou comer! — E, sem perder tempo, Sofia trocou de roupa e pediu ao motorista para levá-la à casa de Marcelo. Queria esperá-lo lá, onde se sentia mais segura e onde poderia vê-lo assim que ele chegasse.No caminho, Sofia avistou um carro familiar, um modelo novo que reconheceu de imediato. Aquela era o carro que Esther dirigia, um presente que Marcelo havia dado a ela tempos atrás. Mas, ao que ela sabia, o carro não fazia parte do acordo de divórcio. No documento, Marcelo havia incluído apenas uma mansão e vinte milhões em