Ele disse isso, deixando Esther chocada.Esse era o segredo mais íntimo entre ela e Marcelo.Como ele pôde falar isso?Ela ficou em alerta.Luiz ficou muito surpreso, paralisado por um momento, antes de perguntar calmamente: - Como o Sr. Marcelo sabe disso?Marcelo abriu a boca, mas Esther foi mais rápida: - O Sr. Marcelo está brincando.Ela interrompeu Marcelo diretamente.Saiu da frente dele, mantendo um sorriso no rosto.- Eu apenas estive ocupada com o trabalho todos esses anos, como eu poderia me casar? Não pense nisso. - Ela disse para Luiz.Ao ouvir isso, Marcelo ficou tenso, olhando fixamente para Esther, com uma expressão de desagrado.- Entendi. - Luiz suspirou aliviado. - Então está tudo bem, eu pensei em como não soube da sua notícia de casamento.Se ela tivesse se casado, pensou ele, ele saberia.Esther mudou de assunto diretamente, não dando chance para Marcelo enlouquecer, e disse: - Luiz, eu concordei em voltar para a empresa com o Sr. Marcelo, você não precisa me le
Lavínia rapidamente tirou algo da bolsa: - Este aqui, eu fiquei com medo da Esther esteja muito ocupada, e como estava a caminho, pedi para alguém trazer.Olhando para o terno que não era seu, Marcelo estreitou os olhos.Um terno masculino.De repente, ele pensou em Luiz.Parecia que na feira, Esther encontrou Luiz e pegou essa bolsa.Na hora, ele não pensou no que poderia ter dentro.No fim, era o terno de Luiz.Marcelo instintivamente apertou os punhos.Lavínia notou que a expressão dele não mudou muito, mas ela sabia que Marcelo não gostava de mostrar sentimentos, então ele devia estar um pouco incomodado. Ela perguntou: - Sr. Marcelo, deixo aqui?Marcelo apertou os lábios e de repente respondeu friamente: - Deixe ali.Lavínia sorriu levemente: - Tá bom, vou sair agora.Depois de fazer tudo isso, Lavínia saiu satisfeita, querendo ver quantas vezes Esther conseguiria manter a confiança de Marcelo.Marcelo ficou incomodado, e durante o trabalho, ver aquele terno o irritava.Quando
Quando chegaram à porta do salão, o ambiente do segundo andar era realmente muito mais elegante e tranquilo, sem a multidão do andar de baixo.A porta se abriu, e as pessoas de dentro exclamaram animadas:- Sr. Luiz, o Sr. Luiz chegou!- Luiz, você realmente mudou muito, está tão bonito, rico e charmoso. As garotas devem estar fazendo fila para você, né?Luiz respondeu brincando:- Ah, isso eu não sei, vou ter que dar uma olhada.- Então, quer dizer que você ainda está solteiro? Atenção, senhoras presentes, o Luiz é um solteirão de ouro, aproveitem a chance!Eles conversaram com Luiz por um tempo, até que perceberam Esther atrás dele. Ficaram surpresos por um momento, parecendo entender algo, e sorrindo disseram:- Hoje temos uma convidada especial, a Esther também veio.- Desculpaem o atraso. - Esther disse.- Esther, você está de brincadeira, né? Nos encontros anteriores você quase nunca apareceu. Se não fosse pelo Luiz, acho que a gente mal te veria.- Mas, a Esther continua tão bon
Todos estavam curiosos com a resposta dele. Luiz hesitou por um tempo, sentindo os olhares sobre ele, e murmurou: - Não é daqui, vocês não a conhecem.O interesse de todos desapareceu instantaneamente.- Poxa, eu pensei que fosse a Esther, mas não é. Acho que estávamos viajando.Esther nunca achou que fosse ela. A relação deles agora era até mais próxima do que antes. Era o pessoal que adorava especular à toa.Depois, o foco saiu de cima dela e ela ficou aliviada, sem precisar participar das conversas. No encontro de ex-colegas, os homens começaram a conversar com seus copos na mão, falando de trabalho e negócios.Esther bebeu um pouco, e talvez por estar sem beber por muito tempo, logo ficou tonta, num estado de leve embriaguez. Ela ouviu vagamente alguém mencionando seu nome.- Nós, colegas do ensino fundamental, a Esther é quem está se dando bem, né? Fica ali entre dois chefões, deve estar ganhando uns bons trocados.- Esse tipo de “se dar bem”, eu tô fora. A reputação dela não
Até a pessoa que queria bater na Esther só conseguia cobrir o rosto e segurar o constrangimento.Marcelo olhou friamente para elas: - Vocês não entenderam a situação? Vocês devem pedir desculpas!Elas imediatamente entenderam e foram rapidamente até Esther, falando baixinho: - Desculpa, Esther, não deveríamos ter especulado, sabemos que erramos, não vai acontecer de novo.Elas sabiam da força de Marcelo e que, ali, não importava quão competentes fossem, não deviam enfrentar o Grupo Mendes.Se o ofendessem, podiam esquecer de ter uma boa carreira nas empresas.Elas tinham família, filhos, pais, não podiam arriscar seus empregos.Esther naturalmente não iria se importar com elas, mas ainda não tinha entendido, olhando fixamente para Marcelo, perguntou: - O que você está fazendo aqui?Marcelo olhou para Esther, com uma expressão de insatisfação intensa.Ele segurou o braço dela, ainda irritado, e disse friamente: - Vamos para casa!Esther soltou o braço dele: - Por que eu iria com vo
Pensando nas injustiças que ela sofreu, Esther chorava ainda mais. Seu choro chamou a atenção dos passantes.- Ei, cara, deixou sua namorada brava? Olhe só como ela tá chorando, deve ter passado por um perrengue, né! - O transeunte viu a cena e não resistiu a comentar.Marcelo também não queria fazer uma cena em público. Nunca tinha passado por algo assim e disse:- É só um mal-entendido, daqui a pouco passa.Ele pegou Esther no colo, querendo levar ela embora. Esther estava agarrada ao homem como uma enguia, soluçando alto.- Para acalmar a namorada, tem que ter paciência. - Continuou o transeunte. - Certamente você fez algo para deixar ela chateada, por isso ela não quer ir com você. Nenhuma garota fica brava sem motivo.Marcelo não sabia por que ela estava brava. Ele já estava contente por não estar bravo, de onde ela tirava tanta raiva? Mas vendo o quanto ela chorava, ele não sabia o que dizer.Marcelo começou a ficar com dor de cabeça. Nunca teve que acalmar uma mulher antes, e
Ao ouvir isso, Marcelo olhou na direção dela e viu que ela estava coçando a mão, com uma erupção vermelha.Ele imediatamente segurou o braço dela para impedir ela de coçar. - Não coce.Esther estava muito desconfortável. - Tá coçando muito. Marcelo franziu o cenho e disse em voz baixa: - Se você é alérgica a álcool, por que bebe tanto?Esther estava meio atordoada, abriu os olhos como se visse a figura de Marcelo. - Onde eu estou?- Em casa.Marcelo tirou os sapatos dela e em seguida a roupa que estava incomodando, cobrindo ela com o cobertor.Esther começou a recobrar a consciência, se lembrando de que estava em uma reunião de colegas de classe, onde bebeu um pouco e teve alguns problemas.No momento crucial, Marcelo apareceu.- Foi você que me trouxe de volta? - Esther perguntou.Marcelo foi até o banheiro, trouxe uma bacia de água quente e um pano úmido, cuidadosamente limpando os braços dela.Os pequenos braços dela estavam vermelhos, com erupções e marcas de coceira: - Se nã
Ao ouvir as sua palavras, Marcelo ficou pálido, com uma expressão terrível, e sentiu um aperto no peito. Ele se levantou, sem se importar com o choro de Esther, e ficou de pé junto à janela, acendendo um cigarro e fumando profundamente. A fumaça se espalhava, tornando o ar gelado. Depois de terminar o cigarro, ele saiu do quarto sem voltar.No dia seguinte, Esther acordou com uma forte dor de cabeça. Ao levantar da cama, segurou a cabeça, sentindo ela mais pesada que os pés. Ela se levantou, se serviu de um copo de água para se recuperar um pouco do álcool da noite anterior. Indo ao banheiro para se lavar, notou que seus olhos estavam inchados, indicando uma noite agitada. Ela se lembrou de que Marcelo a tinha levado para casa na noite anterior, mas não havia sinais de que ele tivesse se movido ao lado dela, o que significava que ele não havia dormido ao seu lado. No entanto, ela lembrava que ele cuidou dela por um longo tempo. Era a primeira vez que ele a tratava tão gentilmen