Natacha ouviu a voz contida de Rosana e sentiu uma dor profunda no coração. Ela perguntou insistentemente:— Onde você está? Não me engane mais, eu fui à sua casa hoje procurar você, mas sua casa agora está...Natacha sentiu tanta tristeza que quase não conseguiu continuar a falar.Do outro lado da linha, houve um longo silêncio. Após um tempo, Rosana finalmente falou com uma voz abatida:— Sim, minha família faliu.Natacha apertou o telefone com força e perguntou:— E você? Como está agora? Onde está morando?— Estou na casa de um amigo. — Rosana claramente não queria falar muito. — Natacha, eu preciso de um tempo sozinha para me acalmar. Quando eu estiver melhor, entrarei em contato com você, ok?Natacha ainda queria dizer algo, mas Rosana já tinha desligado o telefone....Rosana olhou triste para a tela escura do celular, seu coração tremia violentamente. Nesse momento, o homem em cima dela falou com uma voz grave:— Se sua amiga soubesse que você está aqui, me agradando, qual você
Manuel então se virou, seu olhar profundo era como um poço gelado e insondável, e disse friamente:— Já que você está me ouvindo, ligue para sua amiga e vamos jantar juntos.Afinal, em consideração a Joaquim, Manuel não queria prejudicar a família Gonçalves. Fazer isso para irritar Natacha não era uma má ideia.Rosana não entendia por que Manuel era tão obstinado em fazer Natacha saber sobre o relacionamento deles. Mas naquele momento, Rosana não tinha poder de decisão; o que Manuel dissesse, ela só podia obedecer.Assim, Rosana ligou novamente para Natacha. Já quase em casa com Joaquim, Natacha atendeu o telefone de Rosana, dizendo nervosa e ansiosa:— Rosa, você mudou de ideia, não é? Somos amigas, se algo aconteceu com você, você não deveria esconder de mim.— Sim, então vamos jantar juntas hoje à noite e conversamos sobre tudo pessoalmente. — O tom de Rosana era leve e lento, com um toque de cautela.Natacha não pensou muito e, após combinar o local e o horário com Rosana, aceitou
Estava muito claro que os gestos de Manuel eram provocativos e seu sorriso, falso.Rosana mantinha a cabeça abaixada, tentando com todas as forças esconder sua vergonha.Natacha imediatamente compreendeu a situação.Com o rosto frio, Natacha disse:— Sr. Manuel, solte a Rosa.— Por quê? — Manuel sorriu ainda mais, zombando. — Srta. Natacha, por que acha que eu deveria obedecer você?Natacha se lembrou do que Wanessa havia dito sobre Rosana ter se tornado amante de outra pessoa.Naquele instante, Natacha ficou extremamente irritada e, encarando Manuel, disse:— Foi você que ameaçou a Rosa, não foi? Ela aceitou alguma condição sua, não aceitou? De outra forma, ela jamais estaria com você.Joaquim segurou a mão de Natacha e disse baixinho:— Você precisa se acalmar, não se envolva nos problemas dos outros.— Como assim, problemas dos outros? — Natacha, com os olhos marejados, respondeu ansiosa. — Estamos falando da Rosana, minha melhor amiga. Como posso não me importar com ela?Manuel riu
— Que método vamos usar? — Rosana de repente levantou a cabeça, seu olhar era completamente estranho para Natacha, Rosana disse com sarcasmo. — Você tem algum método? Não vai pedir ajuda a Joaquim?Natacha ficou surpresa, sem entender por que Rosana havia mudado de repente.Natacha segurou a mão de Rosana e implorou:— Mesmo que eu peça ajuda a Joaquim, não quero que você siga Manuel sem dignidade. Rosa, confie em mim, com certeza vamos encontrar uma solução melhor do que essa.Rosana puxou a mão de volta da de Natacha e disse friamente:— Você também me despreza agora, não é? Sim, você está certa, eu me tornei a amante de Manuel. É normal que você me despreze. Natacha, nós já não pertencemos ao mesmo mundo. Entende?— Não, Rosa, sempre seremos as melhores amigas. Já que somos amigas, não posso assistir você sendo maltratada e ameaçada por Manuel. — Natacha agarrou Rosana e disse ansiosa. — Venha comigo, por favor? Fique na minha casa temporariamente, eu pedirei a Joaquim para encontra
Natacha de repente segurou a mão de Joaquim e suplicou:— Você pode ajudar a Rosana? Manuel é seu amigo, ele vai te ouvir.Joaquim não esperava que Natacha tivesse tanta confiança em Rosana. No dia a dia, ele e Natacha sempre tinham desentendimentos, e Natacha era a primeira a duvidar dele, a suspeitar dele. Mas, em relação a Rosana, Natacha conseguia ter essa confiança incondicional.Joaquim não pôde deixar de sentir um pouco de ciúmes de Rosana.“Quando será que Natacha vai estar assim ao meu lado?”— Joaquim, por que você não diz nada? — Natacha perguntou, já um pouco ansiosa. — Você vai ou não vai ajudar a Rosana? Por favor, ajude ela. Você não viu como Rosana estava com medo do Manuel. Eu realmente me sinto mal, não posso ver Rosana ser tratada assim.Joaquim baixou os olhos levemente e disse friamente:— Desculpe, eu já disse que não vou ajudar a família Coronado. Não tenho essa obrigação ou responsabilidade...Natacha, furiosa, retrucou:— Como você pode ser tão frio? É algo que
— Embora a Rosana diga que é por vontade própria, qualquer um pode ver o quanto ela está desconfortável ao lado do Manuel. Joaquim não vai ajudar. Pai, você pode pensar em algo para ajudar a Rosana? — Natacha falou para si mesma, sua voz baixa e carregada de preocupação. Seus olhos estavam fixos no pai, uma súplica silenciosa presente em cada palavra.Rodrigo estava coberto de suor frio, sentindo um calafrio subir pela espinha. Um pressentimento sombrio pairava sobre ele, uma sensação de que algo terrível estava prestes a acontecer. Ele tentou limpar a mente, mas cada tentativa só aumentava sua ansiedade.Natacha notou a expressão perturbada do pai e perguntou preocupada: — Pai, você está bem? Parece pálido. — Sim... não é nada demais. — Respondeu Rodrigo, balançando a cabeça rapidamente, mas por dentro, estava em completa desordem, incapaz de encontrar calma. Seus pensamentos eram um turbilhão de imagens e lembranças, cada uma mais angustiante que a outra. Ele tentou sondar. — A fal
Natacha estava extremamente frustrada e jogou o celular de lado antes de descer as escadas. Embora fossem apenas oito horas, Dolores já estava acordada desde cedo e havia terminado o café da manhã às sete.Sentada no sofá com um olhar preocupado, Dolores parecia perdida em pensamentos. Quando viu Natacha descer, seu rosto se contorceu em uma expressão de insatisfação. — Desde que você voltou, só tem trazido problemas. Eu realmente não entendo, se você está com Joaquim, por que não fica na casa da família Camargo? Por que tem que ficar vindo para cá o tempo todo?Natacha, confusa e já irritada, perguntou: — O que eu fiz de errado desta vez?Dolores sempre teve esse comportamento com ela. Quando precisava de Natacha, a tratava bem, mas quando não precisava, a tratava como uma estranha, quase como uma inimiga. — Seu pai saiu hoje cedo, cheio de preocupações, nem tomou café da manhã. Quando você não está aqui, tudo está bem. Por que quando você vem, ele fica assim? Você já é adulta, não
— E você acha o quê? — Manuel ajustou os óculos de armação dourada, seu olhar afiado perfurando Rodrigo. Ele sorriu friamente, um sorriso que não chegava aos olhos, e disse. — A morte do meu pai não é algo que se possa esquecer assim. Eu deixei vocês viverem em paz por tantos anos, já foi muita consideração da minha parte.Rodrigo, sentindo um calafrio subir pela espinha, perguntou nervoso: — Então me diga, o que preciso fazer para você deixar Natacha em paz? Tanto ela quanto Rosana são inocentes. Eu e Diego somos os culpados, nos deixe pagar por nossos crimes. Por que envolver duas jovens?— Sr. Rodrigo, você está brincando? Um homem que matou e não teve coragem de admitir agora vem me falar de moral? Elas são inocentes, mas e eu? Perdi meu pai aos dez anos, isso é justo? — Os olhos de Manuel ficaram sombrios, e ele disse friamente, com a voz cheia de desprezo. Ele continuou, com uma voz gélida e amarga. — Você sabe o que precisa fazer. Mas se lembre, Rodrigo, a dívida de sangue nunc