Capítulo 482
— E você acha o quê? — Manuel ajustou os óculos de armação dourada, seu olhar afiado perfurando Rodrigo. Ele sorriu friamente, um sorriso que não chegava aos olhos, e disse. — A morte do meu pai não é algo que se possa esquecer assim. Eu deixei vocês viverem em paz por tantos anos, já foi muita consideração da minha parte.

Rodrigo, sentindo um calafrio subir pela espinha, perguntou nervoso:

— Então me diga, o que preciso fazer para você deixar Natacha em paz? Tanto ela quanto Rosana são inocentes. Eu e Diego somos os culpados, nos deixe pagar por nossos crimes. Por que envolver duas jovens?

— Sr. Rodrigo, você está brincando? Um homem que matou e não teve coragem de admitir agora vem me falar de moral? Elas são inocentes, mas e eu? Perdi meu pai aos dez anos, isso é justo? — Os olhos de Manuel ficaram sombrios, e ele disse friamente, com a voz cheia de desprezo. Ele continuou, com uma voz gélida e amarga. — Você sabe o que precisa fazer. Mas se lembre, Rodrigo, a dívida de sangue nunc
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