Já que o empregado não havia dado notícias sobre a situação de Duarte, ele imaginava que tudo estivesse calmo e sem problemas na Cidade M. Lorena provavelmente ainda estava seguindo sua rotina habitual.No entanto, naquele momento, Duarte sentiu uma necessidade inexplicável de saber como Lorena estava.Então, ele ligou para seu funcionário.Estranhamente, tentou duas vezes, mas as chamadas não foram atendidas.Depois de alguns minutos, o funcionário finalmente retornou a ligação:— Chefe.— O que aconteceu? — Perguntou Duarte, franzindo a testa. — Não te avisei para manter o telefone ligado 24 horas por dia? Sempre ao alcance!O subordinado hesitou antes de responder:— Aconteceu o seguinte... Eu deixei o celular no carro.Duarte, ainda desconfiado, perguntou:— E a Lorena, como ela está esses dias?— Está bem, Srta. Lorena está bem. Ela vai ao piano todos os dias, como sempre, e volta para casa na hora certa.Porém, o tom do funcionário causou uma sensação estranha em Duarte.Algo est
Então, Lorena está mentindo para Duarte! Essa revelação fez com que a raiva de Duarte surgisse de forma repentina. Mas, para descobrir o que exatamente Lorena estava escondendo de Duarte, ele não demonstrou sua raiva imediatamente. — Rena, então, fique à vontade. — Disse Duarte com um tom profundo. — Eu te amo. Porém, antes que ele pudesse terminar a frase, Lorena já havia desligado o telefone. Duarte ficou encarando a tela que agora estava escura, segurando o celular com força. Em seguida, chamou Enrico: — Você vai pegar o meu avião imediatamente e voltar para a Cidade M. Eu preciso saber o que Lorena está fazendo! A urgência nas palavras de Duarte foi clara, e seus olhos mostravam uma inquietação sutil. Enrico se surpreendeu, com um olhar confuso, e perguntou: — Chefe, aconteceu alguma coisa? Duarte respondeu: — Lorena mentiu para mim! Ela não voltou para casa ontem à noite, e eu preciso saber onde ela passou a noite! Enrico então perguntou: — Mas o senhor
Enrico baixou a cabeça e disse baixinho:— A Srta. Lorena está com o médico de Domingos, aquele chamado Ademir. Agora, a Srta. Lorena se mudou para o andar de cima da casa dele, e eles se tornaram vizinhos de cima e de baixo.Duarte ficou surpreso, e logo se irritou:— Você está falando bobagem! Rena não faria uma coisa dessas, ela não é esse tipo de mulher!Enrico, com medo de que Duarte não acreditasse, tirou algumas fotos.Enrico fotografou Lorena e Ademir entrando e saindo do condomínio de mãos dadas, além de duas imagens deles passeando com uma criança.Só quando viu aquela mulher tão feliz nas fotos foi que Duarte realmente acreditou.Duarte ficou parado, olhando fixamente para a foto de Lorena, a mulher que ele tanto amava. Ele nunca havia recebido um sorriso tão doce e radiante de Lorena.Mas Lorena havia dado esse sorriso lindo tão facilmente a outro homem.“Desde quando eles estão juntos? Como eu não percebi nada disso?”Naquele momento, dentro de Duarte, uma fera estava rugi
Embora Enrico tenha tentado de todas as formas impedir Duarte, ele ainda assim retornou à Cidade M.Duarte ansiava por ver Lorena, e, apesar de odiá-la profundamente naquele momento, sua mente estava repleta da imagem dela. Duarte havia feito tanto por Lorena e não podia aceitar ser tão manipulado, enganado dessa maneira! Porém, o que mais o machucava era a ideia de perder Lorena.Por isso, mesmo com a polícia da Cidade M vigiando Duarte a todo instante, correndo o risco de encontrarem provas e ele ser preso a qualquer momento, Duarte não hesitou em ir!Seguindo o endereço que Enrico lhe forneceu, Duarte foi até o condomínio onde Ademir morava. Como ainda era noite, ele permaneceu dentro do carro, esperando que eles saíssem.Duarte não acreditava que eles não sairiam em algum momento.Em suas mãos, uma pistola.Ele a olhava fixamente, com o olhar cada vez mais determinado e feroz. Com a habilidade que Duarte tinha com armas, se Ademir saísse, ele poderia imediatamente mandá-lo para o
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que
Quando Joaquim chegou em casa, já passava das onze da noite. A mansão estava estranhamente silenciosa, com apenas uma luz noturna acesa na sala de estar. Natacha estava sentada no sofá, parecendo estar esperando por ele o tempo todo. Joaquim tirou o casaco, afrouxou a gravata e falou com um leve tom de impaciência: - O divórcio não foi acordado ao meio-dia? Não vou te prejudicar no que diz respeito à propriedade. Você pode confiar nisso. Ele pensou que ela queria mais dinheiro. Natacha interrompeu ele, com uma voz rouca: - Joaquim, é por causa daquela mulher que você quer se divorciar de mim? Joaquim mudou sua expressão por um momento, mas logo voltou a sua calma de sempre. Ele não queria mais esconder isso dela, nem se dava ao trabalho de esconder. - Sim, tenho que dar a ela uma explicação, é o que devo a ela. – Admitiu Joaquim, com calma. - Só hoje percebi como você é hipócrita. Ao meio-dia, você se fez de vítima, me fez sentir culpada, me forçou a me divorciar. Talvez naqu