Duarte prontamente respondeu: — Isso, eu sou seu genro. Lorena, de repente, se arrependeu um pouco de ter vindo ali tão tarde. Ela olhou para a mãe, insatisfeita, e disse: — Basta que a senhora se lembre de mim como sua filha! — Isso não pode! — Sra. Lopes sorriu docemente. — Também preciso me lembrar do meu genro! Dizendo isso, pegou a mão de Duarte e a de sua filha, sobrepondo-as uma sobre a outra. Então, com um olhar cheio de esperança, disse: — Vocês precisam viver bem juntos. Vocês serão felizes. As lágrimas de Lorena caíram de repente, uma tristeza avassaladora tomando conta de seu peito. Ela já não sabia mais o que era felicidade. Duarte olhou para a sogra com seriedade e prometeu: — Mãe, eu vou cuidar bem da Lorena. Eu juro que vou fazê-la feliz. Mas as lágrimas de Lorena só aumentaram, como se incontáveis mágoas estivessem transbordando de seu coração. Sra. Lopes, preocupada, perguntou com carinho: — Filha, o que foi? Por que está chorando? — Então,
Natacha soltou um suspiro, balançou a cabeça e disse: — A situação dele não é nada boa. Desde a cirurgia até agora, meu irmão ainda não acordou. Antes, ele já tinha sido alvo de uma emboscada por inimigos e ficou em coma por cinco anos. Não sei se desta vez ele vai acabar como da última vez... Lorena ouviu tudo com grande apreensão. Quando seu olhar caiu sobre aquele anel de diamante, uma dor repentina apertou seu coração. Ela abriu a boca, a voz levemente trêmula: — Onde ele está agora? Posso vê-lo? Natacha assentiu e disse: — Vou te levar até ele. Obrigada, Lorena. Acho que, se meu irmão ouvir sua voz, talvez a vontade dele de viver aumente um pouco. Se ele não acordar dentro de uma semana, as chances de despertar depois disso ficarão ainda menores. Assim, Lorena seguiu Natacha até um hospital privado extremamente discreto. Esse hospital pertencia integralmente à família Moreira e atendia apenas os membros da família. Agora que Duarte havia assumido o controle, ele
Natacha suspirou, exausta: — Eu também não sei, realmente não ouso especular. Agora, só podemos esperar. — Por que isso aconteceu? — Lorena, de repente, começou a chorar, soluçando enquanto falava. — Naquele dia, nós íamos pegar nossa certidão de casamento! Mas, na noite anterior, eu fiquei brava com ele e passei a noite inteira assim. Seu irmão me disse para não ficar chateada, falou que eu parecia estar indo para um funeral! Mas eu não escutei... Ainda provoquei ele, dizendo que casar comigo não era diferente de ir a um enterro. A culpa é toda minha... Natacha tentou consolá-la: — Lorena, não fale assim. Afinal, ninguém poderia imaginar que algo assim aconteceria. Lorena enxugou as lágrimas, mas ainda se culpava e se arrependia: — Naquela manhã, eu ainda me senti aliviada quando Duarte precisou sair às pressas e não teve tempo de pegar a certidão de casamento comigo. Se eu soubesse que isso aconteceria, nunca teria deixado ele ir. Duarte já tinha até preparado o anel de n
Domingos de repente voltou a si, temendo que Lorena ficasse brava. Apavorado, balançou a cabeça depressa e disse: — Eu não disse nada. Lorena, no entanto, pareceu perceber algo e perguntou: — Você está com saudade da sua mãe? Domingos não ousava falar sobre sua mãe, porque sabia como era a relação entre Lorena e seu pai. Ele já se sentia um fardo, e se mencionasse sua mãe, Lorena poderia ficar chateada. Mas, para sua surpresa, Lorena disse com doçura: — Domingos, se você não se importar, eu posso aprender a ser uma boa mãe para você. Domingos olhou para Lorena, chocado, e perguntou: — Você não vai me rejeitar? O pequeno, tão sensível e esperto, fez o coração de Lorena apertar. Ela sorriu, balançou a cabeça e apertou de leve a bochecha dele. — Como eu poderia? Você é tão adorável. Domingos mal podia acreditar que a futura esposa de seu pai o aceitava de verdade. "Então… eu tenho uma mãe de novo?" A promessa de Lorena era preciosa para ele. Naquela noite, Domi
Diante da empolgação de Naiara, Natacha ficou um pouco perplexa e olhou para Enrico. Enrico se apressou em explicar: — O irmão de Naiara era subordinado do chefe. Ele morreu ao ser emboscado enquanto protegia o chefe. Por isso, o chefe sempre cuidou de Naiara como se fosse uma irmã. Com essa explicação, a primeira impressão de Natacha sobre Naiara naturalmente melhorou. Além disso, a expressão de Naiara mudava rapidamente. Diante de Natacha, ela parecia uma garota alegre e animada, com um ar totalmente inocente. Ninguém poderia imaginar a arrogância que ela demonstrara instantes atrás! Naiara perguntou, preocupada: — Natacha, quando Duarte vai acordar? Estou realmente muito preocupada. Assim que soube que ele estava ferido, corri para cá. Mencionando o assunto, Natacha suspirou e disse, com um olhar melancólico: — Eu também não sei dizer. Embora meu irmão tenha saído de perigo, não há como prever quando ele vai despertar. Naiara entrou no quarto sem hesitar e declar
Lorena pareceu perceber o olhar hostil de Naiara. Ao se dar conta de que essa garota, que conhecia Duarte há tanto tempo, não o via apenas como um irmão, um incômodo silencioso surgiu em seu coração. Mas, logo em seguida, ela se repreendeu. Afinal, já tinha decidido ir embora... Que diferença fazia se outra mulher gostava dele? "De qualquer forma, não vou me irritar com isso. Se eu fizesse algo assim, nem eu mesma me respeitaria." Com esse pensamento, Lorena não ficou muito tempo no quarto. — Já que você acordou, eu e Domingos podemos ficar tranquilos. — Após dizer isso, se voltou para o menino. — Você quer ficar aqui com seu pai ou prefere voltar comigo? Domingos ficou surpreso. Já iam embora? Ele queria passar mais tempo com o pai, mas, no fundo, sentia que Duarte nunca gostara muito dele. Talvez fosse melhor não ficar. Assim, murmurou baixinho: — Acho que é melhor eu voltar com a tia. Lorena segurou a mão de Domingos e se despediu: — Então descanse bem. Eu vou
Lorena rapidamente mudou de assunto e perguntou: — Ah, é verdade! Você me chamou agora há pouco, queria me dizer o quê? Domingos mostrou a ela o cartão que havia desenhado: — Olha este cartão de felicitações. O que acha? Só então Lorena percebeu que no cartão estavam desenhados dois adultos segurando a mão de uma criança enquanto caminhavam pelo gramado. No céu azul, havia uma pipa e um sol brilhante. Domingos sorriu, os olhos brilhando de orgulho enquanto explicava: — Esse aqui, de cabelo curto, é o meu pai. Essa de cabelo comprido é você. E o do meio... Sou eu! Lorena olhou para Domingos, emocionada. De repente, percebeu o quanto aquele garotinho era carente de afeto. Ela só tinha passado dois dias ao lado dele, mas Domingos já confiava nela daquele jeito. Vendo que Lorena permaneceu em silêncio, Domingos ficou um pouco apreensivo e perguntou: — Eu desenhei mal? Se não ficou bom, eu posso refazer. Esse cartão é muito pequeno... Se fosse maior, eu poderia desenhar
— Claro que não! — Disse Domingos, com um tom de desprezo. — O papai só tem uma irmã, e minha tia é a Natacha! Dizendo isso, Domingos não esperou que Enrico anunciasse sua chegada. Ele simplesmente segurou a mão de Lorena e empurrou a porta do quarto sem hesitar. O riso dentro do quarto parou imediatamente. Naiara virou a cabeça e, ao vê-los, seu olhar revelou um traço evidente de desprezo. No entanto, em um instante, ela deu um sorriso e caminhou até eles com familiaridade, dizendo com carinho: — Lorena, você veio! Com a relação que você tem com Duarte, por que ainda faz tanta cerimônia e traz flores? Parece até que veio visitar um amigo qualquer. Duarte, por sua vez, retrucou: — Você fala demais! A Rena é educada, diferente de você, que foi mimada até demais. Embora Duarte estivesse repreendendo Naiara, seu tom não trazia o menor indício de censura. Aos ouvidos de Lorena, parecia mais a conversa casual entre um casal íntimo. Por um instante, Lorena ficou parada na por