Lorena, um pouco envergonhada, disse:— Desculpa, eu... Só achei que você tem um temperamento um pouco impaciente, e eu sou bem lenta para fazer compras. Fiquei com medo de você não ter paciência. — Ela fez uma pausa, um sorriso brincalhão nos cantos dos seus lábios. — Mas, de repente, eu pensei... Esse seu temperamento nem sempre está errado.Duarte, com um toque de interesse, perguntou:— O que você quer dizer com isso?Lorena sorriu e, com a leveza de quem conta uma piada, falou sobre o que aconteceu com Viviane, como se fosse uma história engraçada.— No fim, eu acabei imitando a forma como você fala e a xinguei. Foi tão bom! Duarte, satisfeito por ver Lorena o apoiar, imediatamente se animou, sorrindo:— Sério? Eu disse, quando fico bravo, tem sempre um motivo. Não sou de me irritar sem razão! Algumas pessoas realmente precisam ser xingadas. Agora, essa mulher, ousou te provocar? Eu vou ter que dar uma lição nela!Lorena rapidamente o interrompeu:— Deixa pra lá, já faz tempo que
Lorena sorriu feliz ao receber o presente e disse: — Você tem um ótimo gosto! Esse lenço combina perfeitamente com a minha roupa. Natacha se dirigiu a Otília: — Otília, cumprimente a Srta. Lorena. Otília, com a cabecinha erguida, chamou docemente: — Olá, Srta. Lorena. No caminho, a mãe já havia explicado a Otília que a irmã do tio Gabriel, que sofria de amnésia, havia esquecido delas, e que, por isso, precisariam se relacionar novamente com Lorena. Ao ver Otília pela primeira vez, Lorena se encantou por ela. Ela acariciou o pequeno e fofo cabelo de Otília e disse: — Olá, Otília. Nesse momento, Natacha, um pouco desconfortável, falou: — Lorena, posso conversar com você sobre algo? Lorena olhou para Natacha, confusa. — Pode falar. Natacha explicou: — A partir de agora, você poderia me chamar pelo meu nome? Afinal, você está no trabalho, e me chamar assim não seria um pouco... Inadequado? Na verdade, Natacha não queria que Lorena a chamasse de "cunhada", porq
Karina percebeu que Lorena estava um pouco chateada e, então, comentou:— Não precisa se preocupar com elas. Quanto mais elas te invejam, mais isso mostra que você é realmente incrível. Não se deixe enganar pela postura orgulhosa da Viviane. Se não fosse pelo marido dela, com aquele temperamento e personalidade, quem é que iria enviar os filhos dela para as aulas particulares?Enquanto as duas comiam e conversavam, o humor de Lorena melhorou.No entanto, quando retornaram após o almoço, elas notaram que as cadeiras em que estavam sentadas tinham sido espalhadas com café. Se Lorena não tivesse percebido a tempo, Karina teria acabado sentando nelas.Se apenas uma cadeira estivesse com café, talvez pudesse ser dito que foi um acidente. Mas, como as duas estavam assim, isso claramente era algo intencional.Lorena não esperava que seu primeiro dia de trabalho fosse marcado por algo tão próximo de uma situação de bullying no ambiente de trabalho.Karina, ao perceber que Lorena estava irritad
Lorena também sorriu para Viviane, mas não disse nada. Em seguida, ela se aproximou de Karina, que estava limpando as cadeiras, e perguntou: — Você tem aula à tarde? Karina ficou surpresa, balançou a cabeça: — Não. — Então vamos tomar um café. — Lorena sugeriu, mas Karina olhou para ela, confusa, sem entender suas intenções. Lorena explicou. — O que deixa a nossa Organização de Educação Brilhante especial é justamente o fato de que os professores não precisam ficar o tempo todo no escritório, não é? Se tem aula, a gente dá aula. Se não tem, o tempo é livre. Já que não temos aula à tarde, por que ficarmos aqui? Vamos, eu te convido para um café. E assim, Lorena puxou Karina para fora do escritório. Viviane pensou que elas estavam com medo e deu uma risadinha sarcástica, dizendo: — Querem brigar comigo? Mas para surpresa de Viviane, meia hora depois, as duas voltaram, trazendo uma grande quantidade de doces e café. Lorena então distribuiu os doces e o café entre os col
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que
Quando Joaquim chegou em casa, já passava das onze da noite. A mansão estava estranhamente silenciosa, com apenas uma luz noturna acesa na sala de estar. Natacha estava sentada no sofá, parecendo estar esperando por ele o tempo todo. Joaquim tirou o casaco, afrouxou a gravata e falou com um leve tom de impaciência: - O divórcio não foi acordado ao meio-dia? Não vou te prejudicar no que diz respeito à propriedade. Você pode confiar nisso. Ele pensou que ela queria mais dinheiro. Natacha interrompeu ele, com uma voz rouca: - Joaquim, é por causa daquela mulher que você quer se divorciar de mim? Joaquim mudou sua expressão por um momento, mas logo voltou a sua calma de sempre. Ele não queria mais esconder isso dela, nem se dava ao trabalho de esconder. - Sim, tenho que dar a ela uma explicação, é o que devo a ela. – Admitiu Joaquim, com calma. - Só hoje percebi como você é hipócrita. Ao meio-dia, você se fez de vítima, me fez sentir culpada, me forçou a me divorciar. Talvez naqu