Na manhã seguinte, Dedé foi acordado pelo empregado, que o retirou do sono profundo.Dedé levou um susto, sentindo uma leve dor de cabeça. Perguntou:— Que horas são?— São oito horas, Sr. Dedé. — O empregado respondeu com cautela. — A Srta. Tamires pediu que o acordássemos mais cedo, pois haverá uma coletiva de imprensa às nove horas.Dedé não suspeitou nem por um momento que a água que seu filho lhe havia dado na noite anterior tivesse algo de errado. Achou que talvez fosse o cansaço acumulado que o fez dormir tão profundamente por tanto tempo.Ele massageou a testa, tentando afastar a dor, e perguntou:— E a Tamires?O criado, seguindo as instruções da jovem, respondeu:— Ela levou o pequeno senhor à escola. Deve estar voltando em breve.— Ah, entendi. Dedé se levantou rapidamente, foi ao banheiro se arrumar e trocar de roupa.A coletiva de imprensa de hoje era crucial. Ele não apenas anunciaria a venda da marca Karen, mas também faria uma campanha de fortalecimento para o Grupo Go
O rosto de Dedé mudou drasticamente, mas logo ele forçou a si mesmo a se acalmar, dizendo:— Isso é completamente uma mentira! Este jornalista, meu amigo, quando fala, deve apresentar provas. Se não tiver nenhuma, não pode simplesmente me caluniar assim. Eu posso mandar você sair agora mesmo!Em seguida, Dedé fez um sinal com os olhos para o secretário que estava ao seu lado, pedindo que o levasse imediatamente.Esse jornalista... Talvez tenha sido o Manuel quem o enviou.Porém, quando os seguranças se aproximaram do jornalista, ele segurou o microfone e falou com clareza:— Sr. Dedé, não se apresse. Quem disse que eu não tenho provas? Eu posso mostrá-las para o senhor agora mesmo.Dedé entrou em pânico.Ele correu até a porta e gritou:— Seguranças! Onde estão os seguranças?! Expulsem esse jornalista caluniador agora mesmo!Nesse momento, Manuel apareceu com Raimunda no local.Ao ver sua esposa, Dedé arregalou os olhos, não acreditando no que via. Manuel não se importava mais com a vi
Neste momento, Dedé estava completamente fora de si, com uma aparência desmoronada e descontrolada, sendo registrado por todos os jornalistas.Não importa se Raimunda tinha provas ou não, a imagem de Dedé, daquele jeito, já falava por si.Acompanhado do som de sirenes, alguns policiais entraram na sala e mostraram o mandado de prisão:— Dedé, suspeitamos que você esteja envolvido em vários casos de assassinato premeditado e sequestro ilegal. Por favor, venha conosco.Dedé estava tão desesperado que mal conseguia falar, até que, ao ver os policiais, parecia finalmente perceber que seu destino havia chegado.Com um sorriso amargo, ele disse:— Está bem, eu perdi! Eu perdi! Manuel, você realmente é incrível. Na próxima vida, vou lutar muito com você!Assim, Dedé foi algemado e levado pelos policiais, enquanto dois deles o escoltavam para fora do evento.Na porta do local, Dedé se deparou com sua irmã, Tamires.— Irmão. — Tamires se aproximou, com uma expressão de culpa. — Desculpe.Dedé,
Manuel não estava muito acostumado com esse tipo de agradecimento, afinal, sua intenção inicial sempre foi apenas usar Raimunda para expor os crimes da família Godoy e fazer com que Dedé fosse condenado. Já Rosana era diferente. Sua motivação ao salvar Raimunda, no começo, havia sido simplesmente para ajudá-la, devolvendo a mãe de Durval para ele.Por isso, Rosana sorriu suavemente e disse a ela: — Eu ainda sou sua fã. E, daqui para frente, vamos morar na Cidade M, podemos nos ver com mais frequência. Se puder, continue criando seus trabalhos. Eles são realmente incríveis! Raimunda era uma mulher tímida e reservada, especialmente depois de tantas torturas pelas quais passou. Isso a fazia parecer um pouco insegura. Ela balançou a cabeça, com um sorriso amargo, e disse: — Não sei... Se ainda vou conseguir recuperar aquelas ideias e inspirações de antes. Depois de conversarem mais um pouco, Raimunda disse: — A Tamires desmaiou mais cedo, eu preciso levar o Durval ao hospital
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que
Quando Joaquim chegou em casa, já passava das onze da noite. A mansão estava estranhamente silenciosa, com apenas uma luz noturna acesa na sala de estar. Natacha estava sentada no sofá, parecendo estar esperando por ele o tempo todo. Joaquim tirou o casaco, afrouxou a gravata e falou com um leve tom de impaciência: - O divórcio não foi acordado ao meio-dia? Não vou te prejudicar no que diz respeito à propriedade. Você pode confiar nisso. Ele pensou que ela queria mais dinheiro. Natacha interrompeu ele, com uma voz rouca: - Joaquim, é por causa daquela mulher que você quer se divorciar de mim? Joaquim mudou sua expressão por um momento, mas logo voltou a sua calma de sempre. Ele não queria mais esconder isso dela, nem se dava ao trabalho de esconder. - Sim, tenho que dar a ela uma explicação, é o que devo a ela. – Admitiu Joaquim, com calma. - Só hoje percebi como você é hipócrita. Ao meio-dia, você se fez de vítima, me fez sentir culpada, me forçou a me divorciar. Talvez naqu