Rosana não esperava que seu pai tivesse tanta resistência em relação a Ivone. Embora Rosana pudesse entender os pensamentos dele, ainda assim ela queria que ele saísse logo da prisão e voltasse para casa para viver tranquilamente. No entanto, a reação de Diego estava longe de ser uma abertura para continuar discutindo o assunto, e Rosana teve que deixar o tema de lado por enquanto, decidindo persuadi-lo aos poucos em outro momento. Por enquanto, ela pensou que seria melhor pedir para Ivone procurar um advogado. Quando encontrassem um, Rosana tentaria convencer o pai a ajudar. — Pai, vou tomar banho agora. O senhor também descanse cedo e não pense demais, tá bom? Depois de tranquilizar Diego, Rosana voltou para o quarto. ... No dia seguinte, ao meio-dia, enquanto Ivone entregava o almoço para Rosana, ela trouxe um advogado com ela. Rosana não esperava que Ivone agisse tão rápido. — Rosa, esta é o Sr. David. Quando estávamos na Cidade D, o pai da Gisele entregava muitos c
Quanto mais Rosana ouvia, mais desconfortável se sentia. Sem ter para onde correr, ela apenas acompanhou a mãe e entrou na casa. Assim que Rosana passou pela porta, um homem de meia-idade, aparentando pouco mais de cinquenta anos, se levantou do sofá na sala de estar. — Esta é a Rosana, certo? — Disse o homem, analisando ela com um olhar cordial, mas penetrante. — Sim, Antônio. Eu não disse? Minha filha é linda, não é? — Ivone levou Rosana até Antônio Sampaio e continuou. — Rosa, este é o seu tio Antônio. Rosana olhou para o homem de óculos, que exalava um ar de autoridade, e chamou timidamente: — Boa noite, tio Antônio. — Não precisa de formalidades, querida. Considere esta casa como sua. — Antônio respondeu com um sorriso acolhedor. — Sua mãe fala muito de você. Desde que soube o que aconteceu com o seu pai, ela ficou muito preocupada com você, temendo que sua vida estivesse difícil. Agora que nos mudamos para a Cidade M, podemos nos ver com mais frequência. Isso também p
Ao olhar para aquela grande mesa cheia de pratos apetitosos, Gisele murmurou baixinho: — Mamãe, eu quero comer uma coxinha de frango. — De jeito nenhum! — Ivone rejeitou imediatamente o pedido da filha e respondeu. — Eu já não te falei, minha querida? Com a sua doença, você não pode comer coisas salgadas. Vai agravar sua condição. Os olhos de Gisele ficaram um pouco vermelhos, e ela engoliu várias vezes, dominada pela vontade de comer. Mesmo assim, não desobedeceu à mãe e continuou comendo o que estava no seu prato. Antônio suspirou e comentou: — Essa criança, desde que nasceu, só tem sofrido. E nós... Não podemos fazer nada. — Antônio, chega. — Ivone parecia carregar algum segredo que não podia revelar. Ela balançou a cabeça negativamente na direção dele, indicando para que parasse de falar. Rosana observava tudo em silêncio. Então, deu um olhar para a irmãzinha ao lado. De repente, toda aquela mesa cheia de pratos deliciosos perdeu o sabor. Se Gisele não estivesse doe
Rosana pegou o celular e começou a pesquisar: “Uremia tem cura?” Rapidamente, diversos resultados apareceram na tela. Apenas através de um transplante de rim seria possível uma cura completa. Do contrário, seria necessário realizar diálise pelo resto da vida. Além disso, mesmo com a diálise, essa doença ainda poderia causar muitas complicações, afetando todos os sistemas do corpo. Rosana não imaginava que essa doença realmente tivesse chance de cura. Na manhã seguinte, Gisele ainda dormia até mais tarde, enquanto Rosana já havia se levantado. Ivone estava na cozinha, preparando o café da manhã para toda a família. Ela contou à mãe o que havia descoberto na noite anterior: — Mãe, ontem eu pesquisei um pouco sobre a uremia. Na internet diz que dá para curar completamente com um transplante de rim. Gisele é tão jovem... Vocês realmente pretendem deixá-la fazendo diálise para o resto da vida? Ivone mudou ligeiramente a expressão e suspirou antes de responder: — Nós, e
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que
Quando Joaquim chegou em casa, já passava das onze da noite. A mansão estava estranhamente silenciosa, com apenas uma luz noturna acesa na sala de estar. Natacha estava sentada no sofá, parecendo estar esperando por ele o tempo todo. Joaquim tirou o casaco, afrouxou a gravata e falou com um leve tom de impaciência: - O divórcio não foi acordado ao meio-dia? Não vou te prejudicar no que diz respeito à propriedade. Você pode confiar nisso. Ele pensou que ela queria mais dinheiro. Natacha interrompeu ele, com uma voz rouca: - Joaquim, é por causa daquela mulher que você quer se divorciar de mim? Joaquim mudou sua expressão por um momento, mas logo voltou a sua calma de sempre. Ele não queria mais esconder isso dela, nem se dava ao trabalho de esconder. - Sim, tenho que dar a ela uma explicação, é o que devo a ela. – Admitiu Joaquim, com calma. - Só hoje percebi como você é hipócrita. Ao meio-dia, você se fez de vítima, me fez sentir culpada, me forçou a me divorciar. Talvez naqu