Tamires estava completamente imersa na felicidade de saber que tanto seu pai quanto seu irmão a apoiavam, sem perceber o brilho sutil nos olhos de Dedé....Na manhã seguinte, Dedé levou o filho até a família Coronado para buscar Rosana.Como o passeio seria um piquenique, Rosana usava uma blusa branca, jeans e tênis, com os longos cabelos presos em um coque, tudo pensado para ser prático e confortável.No entanto, Durval, ao vê-la, não pôde deixar de comentar:— Tia Rosana, você sem saia fica até mais bonita do que nossas professoras com saia!Rosana, um pouco sem graça com o elogio, não pôde deixar de apertar a bochecha macia de Durval e responder:— Você tem uma língua muito afiada, Durval.Era Dedé quem dirigia o carro naquele dia, sem o motorista. De olho no retrovisor, ele olhou para Rosana no banco de trás e perguntou:— Rosa, já tomou café da manhã?Rosana olhou ele, um tanto surpresa. Ela ainda preferia ser chamada de Srta. Rosana, mas Dedé insistiu:— Rosa? O que foi?Rosana
Dalila era muito diferente de Tamires. Tamires sorria com uma inocência que transparecia, impossível de esconder qualquer falsidade ou intenção dissimulada. Mas o sorriso de Dalila, esse, deixava claro, à primeira vista, que havia algo mais por trás dele: uma agressividade escondida em seus olhos. Além disso, Dalila não possuía a suavidade de Tamires, e seus traços faciais, mais marcados, faziam com que ela parecesse, de forma evidente, uma pessoa ríspida e cruel. Rosana não sentia simpatia alguma pela irmã de Tamires. Apenas sorriu com um esforço visível, acenando para Dalila com um simples aceno de cabeça: — Olá. Durval, embora não gostasse nem da tia nem de Dalila, já estava bastante empolgado para o piquenique. — Papai, vamos logo! Lá na cabana ainda tem a toalha que usamos da última vez. Vamos pegar ela. — Disse Durval, já se encaminhando para a cabana de madeira. Rosana olhou ao redor. Apesar de estar em uma área suburbana, dava para perceber que o local tinha sid
Ao ver a cena diante de si, tão parecida com uma família feliz, Dalila sentiu que não podia mais esperar. Aproveitando o momento em que Dedé foi até a cabana buscar algo, Dalila se aproximou de Rosana e Durval, tomando coragem para se intrometer. — Durval, eu também não sei pescar. Você pode me ensinar um pouco? Dalila se sentou ao lado de Durval, forçando um tom de simpatia em sua voz, mas ele mal olhou para ela, respondendo de forma simples: — O que tem para ensinar? É só pescar devagarinho. Foi quando, de repente, Rosana exclamou: — Peguei! Uma grande peixe havia mordido a isca, e Rosana rapidamente levantou a vara de pescar. Durval, entusiasmado, soltou um grito de alegria: — Tia Rosana, você é demais! Eu mal te ensinei e você já pescou esse peixão! Rosana, pela primeira vez na vida, havia pescado um peixe, e a felicidade dela era evidente. Ela se esqueceu, por um momento, das preocupações que a rondavam. Durval trouxe uma cesta vermelha e disse, sorrindo: —
— Durval, Durval! — Dedé, com uma expressão de preocupação, deu leves tapinhas no rosto do filho e disse. — Como você está? Está se sentindo mal? Vamos, eu vou te levar para o hospital.Durval tossiu forte algumas vezes, fez um gesto com a mão e respondeu:— Não preciso ir para o hospital, pai, foi só um pouco de água que eu engoli. Pai, eu realmente deveria aprender a nadar, vai que na próxima vez eu caio na água de novo, o que faço?Durval também não entendia bem o que estava acontecendo ultimamente. Ele andava caindo na água com uma frequência assustadora.Para evitar um acidente mais grave, Durval achava que aprender a nadar era uma habilidade essencial.Rosana estava tão preocupada quanto Dedé. Ela se abaixou ao lado de Durval e perguntou:— Durval, acho que deveríamos ir ao hospital, só para dar uma olhada.— Não tem nada, não. — Durval, deixando o pai limpar seu corpo, sorriu e respondeu para Rosana. — Eu sou forte, não vou me afogar.Enquanto isso, Dalila estava prestes a explo
Manuel sorriu levemente e, com um gesto protetor, envolveu Tamires em seus braços, dizendo:— Por que deixar o erro dos outros te afetar tanto a ponto de prejudicar sua saúde?Tamires, completamente surpresa, jamais imaginaria que Manuel faria algo tão íntimo na frente de Rosana, e muito menos com tamanha demonstração de carinho. Ela sentiu as bochechas corarem e, envergonhada, respondeu:— Então, vou seguir o que você diz, Manuel.Vendo o apoio de Tamires, Dalila se enfureceu ainda mais e aumentou o tom de sua voz:— Srta. Rosana, se fosse você, eu não teria coragem de aparecer aqui. Já teria ido embora. Nunca vi alguém tão sem vergonha, usando um pobre menino inocente para alcançar seus próprios objetivos. Mulheres querendo entrar para a família Godoy não faltam, você não é a única!Durante toda essa discussão, Dedé não se manifestou em defesa de Rosana. Afinal, a antiga relação entre Rosana e Manuel era algo que ele não conseguia engolir.Dedé tinha medo de que Rosana estivesse se a
Dalila sentia que aquele era, sem dúvida, o dia mais vergonhoso de sua vida.Ela desabou em lágrimas, correndo para longe daquele lugar.A expressão de Dedé finalmente suavizou. Ele devolveu o celular a Manuel e disse:— Manuel, dessa vez, tenho que agradecer a você. Caso contrário, teríamos acabado acreditando em um mal-entendido sobre a Srta. Rosana. Por um acaso, é até engraçado, não imaginei que você, ao filmar minha irmã, acabaria capturando essa cena. Se não fosse isso, realmente não teríamos como provar a inocência de Rosa.Manuel ouviu o jeito ambiguo com que Dedé se referia a Rosana, e, instintivamente, franziu as sobrancelhas. Pegou o celular de volta e, com um tom frio, respondeu:— Eu realmente pensava que os olhos do Sr. Dedé fossem mais afiados, a ponto de perceber de imediato uma peça tão simples como a de Dalila. Não imaginei que fosse necessário um "prova" para que o senhor conseguisse ver através de um truque tão tosco.A expressão de Dedé ficou tensa, e Tamires perce
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul