Manuel não conseguiu se conter e perguntou, mesmo sabendo que poderia provocar uma reação indesejada.Rosana deu uma leve pausa, seu olhar frio encontrou o dele, e ela respondeu, cortante:— Que isso tem a ver com você?Manuel, visivelmente incomodado, retrucou:— Você pode fazer o que quiser, escolher com quem ficar, eu não me importo. Mas é melhor manter distância da família Godoy. Já te avisei, eles não são boas pessoas.— Sr. Manuel, você realmente é estranho. — Rosana franziu a testa, desconcertada. — A família Godoy não é boa, mas você não está com a Srta. Tamires? Se pode, por que eu não poderia? Ou será que tem medo de que eu vire sua cunhada?Os olhos de Manuel se apertaram de raiva. Em um movimento rápido, ele a puxou para perto, fazendo com que Rosana perdesse o equilíbrio e caísse em seus braços.— Manuel, o que você está fazendo? — Rosana sussurrou, com a voz entre dentes, furiosa. — Me solta!Com firmeza, Manuel segurou o queixo de Rosana, olhando ela nos olhos com intens
Justo naquele momento, Rosana chegou em casa após o expediente. Diego imediatamente a chamou, com um olhar sério, e perguntou: — Onde você estava ontem à noite? Rosana, não querendo preocupar o pai, e sabendo que não poderia contar sobre o quase afogamento no hospital, tentou se mostrar descontraída e respondeu: — Eu já não falei com a Keila ontem? Eu fiquei até tarde no trabalho, então acabei ficando na casa de uma colega, por isso não voltei. — Casa de colega? — Diego estreitou os olhos, curioso. — Era colega homem ou mulher? Rosana não conseguiu evitar um sorriso e respondeu: — Pai, por que tanta curiosidade sobre essas coisas? Claro que era uma colega mulher. Diego a observou com seriedade e perguntou: — Me diga uma coisa, você está saindo com alguém de novo? Quer começar um novo relacionamento e superar a dor de ter terminado com o Manuel? — Pai, o que é isso? — Rosana fez uma careta, visivelmente incomodada. — Por que você está falando dele de novo? Diego ra
Afinal, quando Keila começou a trabalhar para a família Coronado, Diego já havia se divorciado. Por isso, Keila nunca havia conhecido a verdadeira mãe de Rosana. A mulher na porta lançou um olhar frio para Diego, e logo ele direcionou seu olhar para Rosana. De repente, as lágrimas começaram a cair de seus olhos. — Rosa! — Ela soluçou, a voz embargada. — Finalmente encontrei você, minha filha! Diego ficou furioso e disse: — Ivone, saia daqui! Você abandonou a Rosa por mais de vinte anos e agora tem a cara de pau de vir aqui chorar! Ivone empurrou Diego para o lado e foi até Rosana, que estava completamente paralisada. Ela parou na frente da filha, olhando ela com um misto de dor e esperança. — Rosa, eu sou a sua mãe, querida! Minha Rosa, como você cresceu... Rosana, após alguns segundos de silêncio, pareceu finalmente reagir. Com um movimento brusco, empurrou a mão de Ivone para longe de si. — Não me toque. — Rosa, você... Não reconhece mais a sua mãe? — Ivone perg
Ivone hesitou por um momento, dando um último olhar para Rosana, mas acabou saindo. Diego, com a mão sobre o peito, se virou para Keila e disse, aflito: — Rápido, me traga os remédios! Rosana correu até seu pai e o ajudou a se apoiar, visivelmente preocupada. — Pai, está tudo bem com você? Não se preocupe com aquela mulher maluca. Ela pode dizer o que quiser, mas eu não vou ouvir nada do que ela fala. Você também não deve dar atenção a ela. Em poucos minutos, Keila trouxe os medicamentos e, rapidamente, os deu a Diego. Sua cor melhorou um pouco, e ele se recostou no sofá, com uma expressão de profunda tristeza. — Rosa, filha, eu falhei com você. Eu te atrapalhei... — Diego suspirou, com pesar. — Sua mãe tinha razão. Se não fosse por mim, você não seria filha de um criminoso. As lágrimas começaram a cair dos olhos de Rosana, e, com raiva, ela respondeu: — Ela não é minha mãe! Keila, observando a cena de longe, não podia esconder a tristeza em seu olhar, e uma sensação
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que
Quando Joaquim chegou em casa, já passava das onze da noite. A mansão estava estranhamente silenciosa, com apenas uma luz noturna acesa na sala de estar. Natacha estava sentada no sofá, parecendo estar esperando por ele o tempo todo. Joaquim tirou o casaco, afrouxou a gravata e falou com um leve tom de impaciência: - O divórcio não foi acordado ao meio-dia? Não vou te prejudicar no que diz respeito à propriedade. Você pode confiar nisso. Ele pensou que ela queria mais dinheiro. Natacha interrompeu ele, com uma voz rouca: - Joaquim, é por causa daquela mulher que você quer se divorciar de mim? Joaquim mudou sua expressão por um momento, mas logo voltou a sua calma de sempre. Ele não queria mais esconder isso dela, nem se dava ao trabalho de esconder. - Sim, tenho que dar a ela uma explicação, é o que devo a ela. – Admitiu Joaquim, com calma. - Só hoje percebi como você é hipócrita. Ao meio-dia, você se fez de vítima, me fez sentir culpada, me forçou a me divorciar. Talvez naqu