Manuel seguiu o médico até o banco de sangue. O médico disse:— Sr. Manuel, a Srta. Rosana perdeu muito sangue. Nesta vez, provavelmente será necessário retirar 400cc de sangue de você. Após a doação, você pode sentir tonturas. Se sentir qualquer desconforto durante o processo, por favor, me avise.Manuel respondeu com frieza:— Retirem 800cc de sangue.O médico ficou surpreso:— Isso é absolutamente impossível. Retirar 800cc de sangue do senhor seria prejudicial à sua saúde, além de ser contra as normas. O máximo que podemos retirar é 600cc. E, além disso, já solicitamos apoio da Estação de Sangue do centro da cidade. Em breve, A positivo deverá chegar.Manuel, com olhar feroz, retrucou:— Eu disse 800cc, então 800cc. O que está esperando? Comece logo a retirada!O médico não teve escolha e seguiu a ordem de Manuel, retirando os 800cc de sangue dele.Era a primeira vez na vida de Manuel que ele doava sangue. Ele sempre se considerou um egoísta refinado.Mas agora, Manuel temia que ess
— Rosa, você está se sentindo mal em algum lugar? — Manuel segurou a mão gelada de Rosana, falando suavemente. — Me diga, onde você está sentindo dor? Eu vou chamar o médico.Rosana virou lentamente a cabeça e olhou para Manuel, perguntando:— O nosso filho... E isso? Ela não conseguia continuar. Para Rosana, essa realidade era cruel demais.Manuel franziu a testa e, com dificuldade, disse:— Rosa, nós ainda teremos filhos.A resposta de Manuel foi o suficiente para Rosana entender: o filho realmente se foi.“Neste mundo, milagres nunca faltam. O que faltou foi que o milagre não aconteceu para mim.”Rosana não chorou nem fez escândalo, ela apenas ficou ali, parada, olhando fixamente para o teto. Seus olhos se encheram de lágrimas, que começaram a escorrer pelos cantos dos seus olhos.Se lembrou de quando Manuel decidiu aceitar a gravidez. Ela esperava com ansiedade a chegada do bebê todos os dias. Quantas vezes imaginou como seria o filho? Seria menino ou menina? A aparência do bebê s
Joaquim falava atrás, mas Manuel já havia entrado rapidamente no elevador....família Pereira.Manuel tinha uma expressão fria, seus olhos transbordavam de uma tensão ameaçadora, e ele perguntou:— Onde está a Joyce?Ronaldo e a Sra. Priscila trocaram olhares desconcertados.Desde que a filha se feriu levemente, ela parecia completamente fora de si. Recentemente, Joyce havia voltado a frequentar bares e outros locais de diversão, passando as noites fora de casa. Se fosse antes, o casal Pereira teria intervido, mas agora, sabendo que Joyce estava passando por um momento difícil, haviam decidido deixá-la à vontade.Ronaldo não imaginava que Manuel, após tanto tempo, apareceria pessoalmente na casa da família Pereira. Parecia que ele vinha com a intenção de arranjar problemas com Joyce.— Você não já terminou o noivado com a nossa Joyce? Então, o que está fazendo aqui, procurando por ela? — Disse Ronaldo, impaciente. — Ela não está em casa. Se tem algo para resolver, diga logo, estamos
Ronaldo estava prestes a se aproximar para salvar sua filha, mas os três seguranças restantes conseguiram imobilizá-lo, assim como à Sra. Priscila.Foi então que Joyce começou a sentir medo. Ela rapidamente exclamou:— Manuel, você enlouqueceu? Está invadindo uma propriedade privada! Você é advogado, não quer cometer um crime, quer?Manuel ignorou Joyce e, se voltando para Ronaldo e Sra. Priscila, disse:— Se quiserem ver sua filha de novo, fiquem em casa. Se não se importam mais com ela, podem chamar a polícia.Depois de falar, Manuel seguiu em frente sem olhar para trás.Joyce foi arrastada por dois seguranças, que a forçaram a acompanhar Manuel.Agora, Joyce realmente entendia o que era o medo.Rosana, desesperada, olhava constantemente para trás enquanto gritava:— Pai, mãe, me salvem! Vocês precisam me salvar!— Joyce, Joyce! — Sra. Priscila chorava sem parar, querendo correr atrás da filha, mas sendo impedida pelos seguranças.Ronaldo estava apavorado. Ele segurou a esposa e diss
Esse entendimento fez com que a mão de Manuel, que segurava o volante, se apertasse cada vez mais.“Se foi realmente minha mãe quem fez isso, como eu vou enfrentar a Rosana no futuro?”Nesse momento, a mente de Manuel estava uma verdadeira bagunça.Finalmente, chegaram ao hospital.A Sra. Maria estava segurando as mãos da enfermeira e chorando:— Você me diz, o que foi que eu fiz de errado? Meu filho é assim, e eu quase me tornei parente da família Pereira! Como ainda não fui embora dessa vida?— Sra. Maria, tente se acalmar. Eu acho que o Sr. Manuel é muito bondoso com a senhora. — A enfermeira tentava consolar. — O Sr. Manuel é muito bom com a senhora, além de ser muito capaz, ganha muito dinheiro, a senhora nem imagina quantas pessoas o invejam!A Sra. Maria, com expressão de indignação, respondeu:— O que eu tenho de tão invejável? Deixa pra lá, você não entende nada sobre a nossa família!Nesse momento, Manuel entrou na sala e disse à enfermeira:— Você pode sair, por favor?Após
De qualquer forma, a Sra. Maria não poderia deixar que seu filho colocasse essa conta em seu nome.Mas ao pensar no pedido do casal da família Pereira, a Sra. Maria suspirou e disse:— Então, o que você pretende fazer com a Joyce?Manuel, com um tom frio, respondeu:— Isso você não precisa se preocupar.Nesse momento, o médico responsável pela Sra. Maria entrou na sala e disse:— Sr. Manuel, a Sra. Maria está sem comer há três dias. Se continuar assim, tenho medo de que o corpo dela não aguente mais. Além disso, a Sra. Maria se recusa a comer e a tomar líquidos. Nesse caso, não faz sentido ela continuar internada.A Sra. Maria ficou momentaneamente desconcertada. Afinal, embora ela quisesse muito continuar ameaçando Manuel, estava claro que o aborto de Rosana havia abalado profundamente seu filho."Se eu continuar a causar mais problemas agora..."A Sra. Maria se sentiu numa situação difícil. "Embora eu esteja morrendo de fome, se eu pedir comida agora, será que vou perder toda a digni
Manuel não teve tempo de comer, então se apressou para voltar ao hospital, querendo saber se Rosana já estava um pouco melhor.Joaquim e Natacha ainda não haviam ido embora. Natacha continuava na enfermaria, fazendo companhia a Rosana, enquanto Joaquim aguardava no corredor, esperando pela esposa.Manuel parou na porta do quarto e, ao espiar lá dentro, teve alívio ao ver que, felizmente, Rosana ainda estava disposta a conversar com Natacha.Ao ver Manuel de volta, Joaquim, exasperado, comentou:— Você finalmente voltou! Rosana desse jeito, e você saindo por aí? Como é que a gente acabou ficando amigo de gente como vocês?Manuel se deixou cair na cadeira do corredor, exausto, como se o cansaço de todo o dia pesasse sobre seus ombros.Com um suspiro, ele respondeu, de maneira calma:— Desculpe por isso, sei que vocês têm se preocupado.Joaquim ficou surpreso. Não havia rebatido, apenas admitido seu erro. Isso definitivamente não era típico de Manuel.Foi então que Joaquim percebeu que Ma
Nesse momento, Natacha saiu do quarto, com o rosto marcado pela decepção.Manuel se levantou rapidamente e perguntou:— Como a Rosa está?— Como você acha que está? — Natacha suspirou, antes de continuar. — Eu tentei conversar com a Rosana por um bom tempo, mas ela ainda está muito abalada. Ela chorou até ficar exausta e acabou dormindo, por isso foi que eu saí.Manuel permaneceu em silêncio, sem dizer uma palavra.Natacha olhou para ele e disse:— Manuel, eu sei que isso não é culpa sua, a Rosa também sabe disso. Nós entendemos que você fez o que pôde por ela. Mas, no fim, a raiz de tudo isso é você. Foi por causa de você que a Rosa foi ferida e humilhada. Se você realmente se importa com a Rosa, então a deixe ir.Manuel tremeu levemente, e seus olhos se encheram de uma emoção indescritível.Joaquim, ao perceber a reação, se apressou a intervir:— Agora, com tudo o que aconteceu, por que você está dizendo isso? Esse tipo de decisão, quem deve tomar é a Rosana, não você.Natacha estava