Esse entendimento fez com que a mão de Manuel, que segurava o volante, se apertasse cada vez mais.“Se foi realmente minha mãe quem fez isso, como eu vou enfrentar a Rosana no futuro?”Nesse momento, a mente de Manuel estava uma verdadeira bagunça.Finalmente, chegaram ao hospital.A Sra. Maria estava segurando as mãos da enfermeira e chorando:— Você me diz, o que foi que eu fiz de errado? Meu filho é assim, e eu quase me tornei parente da família Pereira! Como ainda não fui embora dessa vida?— Sra. Maria, tente se acalmar. Eu acho que o Sr. Manuel é muito bondoso com a senhora. — A enfermeira tentava consolar. — O Sr. Manuel é muito bom com a senhora, além de ser muito capaz, ganha muito dinheiro, a senhora nem imagina quantas pessoas o invejam!A Sra. Maria, com expressão de indignação, respondeu:— O que eu tenho de tão invejável? Deixa pra lá, você não entende nada sobre a nossa família!Nesse momento, Manuel entrou na sala e disse à enfermeira:— Você pode sair, por favor?Após
De qualquer forma, a Sra. Maria não poderia deixar que seu filho colocasse essa conta em seu nome.Mas ao pensar no pedido do casal da família Pereira, a Sra. Maria suspirou e disse:— Então, o que você pretende fazer com a Joyce?Manuel, com um tom frio, respondeu:— Isso você não precisa se preocupar.Nesse momento, o médico responsável pela Sra. Maria entrou na sala e disse:— Sr. Manuel, a Sra. Maria está sem comer há três dias. Se continuar assim, tenho medo de que o corpo dela não aguente mais. Além disso, a Sra. Maria se recusa a comer e a tomar líquidos. Nesse caso, não faz sentido ela continuar internada.A Sra. Maria ficou momentaneamente desconcertada. Afinal, embora ela quisesse muito continuar ameaçando Manuel, estava claro que o aborto de Rosana havia abalado profundamente seu filho."Se eu continuar a causar mais problemas agora..."A Sra. Maria se sentiu numa situação difícil. "Embora eu esteja morrendo de fome, se eu pedir comida agora, será que vou perder toda a digni
Manuel não teve tempo de comer, então se apressou para voltar ao hospital, querendo saber se Rosana já estava um pouco melhor.Joaquim e Natacha ainda não haviam ido embora. Natacha continuava na enfermaria, fazendo companhia a Rosana, enquanto Joaquim aguardava no corredor, esperando pela esposa.Manuel parou na porta do quarto e, ao espiar lá dentro, teve alívio ao ver que, felizmente, Rosana ainda estava disposta a conversar com Natacha.Ao ver Manuel de volta, Joaquim, exasperado, comentou:— Você finalmente voltou! Rosana desse jeito, e você saindo por aí? Como é que a gente acabou ficando amigo de gente como vocês?Manuel se deixou cair na cadeira do corredor, exausto, como se o cansaço de todo o dia pesasse sobre seus ombros.Com um suspiro, ele respondeu, de maneira calma:— Desculpe por isso, sei que vocês têm se preocupado.Joaquim ficou surpreso. Não havia rebatido, apenas admitido seu erro. Isso definitivamente não era típico de Manuel.Foi então que Joaquim percebeu que Ma
Nesse momento, Natacha saiu do quarto, com o rosto marcado pela decepção.Manuel se levantou rapidamente e perguntou:— Como a Rosa está?— Como você acha que está? — Natacha suspirou, antes de continuar. — Eu tentei conversar com a Rosana por um bom tempo, mas ela ainda está muito abalada. Ela chorou até ficar exausta e acabou dormindo, por isso foi que eu saí.Manuel permaneceu em silêncio, sem dizer uma palavra.Natacha olhou para ele e disse:— Manuel, eu sei que isso não é culpa sua, a Rosa também sabe disso. Nós entendemos que você fez o que pôde por ela. Mas, no fim, a raiz de tudo isso é você. Foi por causa de você que a Rosa foi ferida e humilhada. Se você realmente se importa com a Rosa, então a deixe ir.Manuel tremeu levemente, e seus olhos se encheram de uma emoção indescritível.Joaquim, ao perceber a reação, se apressou a intervir:— Agora, com tudo o que aconteceu, por que você está dizendo isso? Esse tipo de decisão, quem deve tomar é a Rosana, não você.Natacha estava
A voz de Natacha estava baixa quando ela disse: — Não deve acontecer. Agora, Joyce e aqueles homens estão trancados no porão do Clube Nuvem. Enquanto meu irmão estiver aqui, ele não vai deixar o Manuel cometer nenhum crime....Do outro lado.Manuel estava sentado ao lado da cama de Rosana, olhando em silêncio para o rosto pálido como a neve da mulher. Rosana estava com os olhos fechados, e mesmo dormindo, suas sobrancelhas permaneciam franzidas, tensas. Manuel, com dor no coração, estendeu a mão. Ele delicadamente afastou os fios de cabelo do rosto de Rosana e, em um tom suave, disse: — Rosa, me desculpe... Manuel sabia que Rosana não o ouviria. Mas somente quando ela estava adormecida, ele se sentia com coragem suficiente para pedir desculpas. Quando Rosana estava acordada, com aquele olhar carregado de sofrimento e amargura, Manuel não conseguia pronunciar uma única palavra. Só restava nele uma sensação esmagadora de arrependimento. Se soubesse que chegariam a esse p
Por isso, Manuel disse à mãe:— Mãe, venha comigo, preciso falar com você.E assim, Manuel e a Sra. Maria saíram, um atrás do outro.Assim que saíram do quarto, a Sra. Maria imediatamente começou a falar:— Manuel, já fiz minhas refeições e tomei a medicação. E você? Não vá se descuidar, não brinque com sua saúde, ouviu? Você comeu? Sua cor está péssima ainda, o que aconteceu?Manuel respondeu de maneira indiferente:— Já comi. Se não for muito, pode voltar para casa. Esses dias têm sido um pouco confusos e eu não descansei direito.— Manuel... — A Sra. Maria suspirou, hesitando antes de dizer. — Você não me disse que a Joyce trouxe vários homens para casa? Eles não fizeram nada com a Rosana, fizeram?Manuel interrompeu imediatamente:— Mãe, o que você está querendo dizer com isso?— Não, eu não quero insinuar nada, só quero que você pense na situação. — A Sra. Maria tentou aconselhá-lo. — No fundo, você sabe que não vai casar com a Rosana. Agora que o filho dela não está mais aí, não
Manuel parou por um momento, sabendo exatamente sobre o que Rosana estava se machucando. No entanto, desde o início, ele nunca teve a intenção de perguntar a Rosana sobre aquele assunto. Tais questões não só poderiam machucar Rosana, revelando suas cicatrizes, mas também causariam sofrimento a ele mesmo.Após um longo silêncio, Manuel puxou ligeiramente o canto dos lábios e disse: — Eu não tenho nada que queira te perguntar. Rosana, com a voz embargada, soltou um soluço e murmurou: — Aquele assunto que sua mãe falou, você não quer saber a resposta? Manuel estendeu a mão e passou suavemente os dedos pelos cabelos de Rosana, respondendo com carinho: — O que eu disse à minha mãe, você não ouviu? Rosana, não importa qual seja a resposta para aquele assunto, eu quero você. Isso nunca vai mudar. Eu só quero você. Você entendeu? Mal Manuel terminou de falar, a barreira e a defesa no coração de Rosana desabaram de imediato. Ela se jogou nos braços dele, o abraçando com força. O
Clube Nuvem. Manuel chegou no meio da noite, e Duarte, claro, sabia exatamente o que estava acontecendo. O clube estava animado, com uma energia intensa e movimentada. No entanto, no porão, a cena era completamente diferente um caos de gritos e lamentações. Seguindo as ordens de Manuel, os capangas estavam sendo impiedosos, fazendo os homens ali se contorcerem de dor, lamentando profundamente o que haviam feito. Joyce estava trancada em uma sala com eles. Embora ninguém tivesse se atrevido a tocar nela ainda, suas mãos e pés estavam amarrados. Eles forçavam Joyce a assistir à cena de seus cúmplices sendo brutalmente espancados. Manuel se aproximou e falou com os capangas: — Por enquanto, parem de bater. Eu tenho algumas perguntas para eles. Naquele instante, Cláudio apareceu com mais alguns seguranças, empurrando um homem até a sala. O homem, um sujeito de meia-idade, estava amarrado e foi jogado na frente de Joyce, assustando ela de tal forma que ela arregalou os olh