"Há pouco tempo, Denis viu que eu conhecia o Manuel e ficou visivelmente surpreso. Se o Manuel tivesse falado com ele em particular, Denis jamais teria ficado com a expressão que teve." Rosana levantou o olhar para o perfil sério de Manuel e perguntou: — Então não foi você quem fez o Denis recusar o caso do meu pai? Manuel respondeu calmamente: — Isso é realmente importante? — Claro que é! — Rosana percebeu que tinha entendido mal Manuel, e, se sentindo um pouco culpada, perguntou com certo desânimo. — Mas, então, por que você não me explicou isso ontem? Manuel deu um sorriso sem jeito e respondeu: — Se eu tivesse explicado, você acreditaria em mim? Rosana se virou, emburrada, e disse: — Você tem tanto poder, se quisesse me complicar, não seria nada difícil. Além disso, na história do Cristóvão, você também me deixou ser enganada por ele. Quem sabe o que você está querendo agora? Manuel riu com a atitude de Rosana, e com um gesto, virou o corpo dela de volta para si
Isabelly sorriu e fez um gesto de incentivo com as mãos, dizendo: — Sr. Manuel, boa sorte! Manuel não conseguia entender a mentalidade dessas crianças, tão estranha. Mas, por outro lado, era bom ver que Rosana tinha uma subordinada tão leal. Ele concordou e respondeu: — Então, cuide da Rosana para mim daqui pra frente. Em seguida, Manuel se apressou para sair, indo atrás de Rosana. O vermelho ainda não havia desaparecido do rosto de Rosana, que, irritada, deu um soco em Manuel, dizendo: — Tudo sua culpa! Ainda bem que quem viu foi a Isabelly, imagina se fosse outra pessoa, segunda-feira ninguém sabe o que iriam dizer de mim! Manuel segurou a mão de Rosana e a conduziu até o carro, sorrindo suavemente: — Você tem tanto medo que descubram nosso relacionamento? Ficar comigo te deixa tão constrangida? Rosana olhou para o homem ao volante e respondeu: — Então me diga, como você se sentiria se os outros começassem a dizer que você é meu ex-marido e que me sustento? Ro
Rosana sentiu como se tivesse voltado no tempo, talvez aos primeiros momentos do seu relacionamento, quando tudo era tão novo, tão tenso, mas ao mesmo tempo cheio de expectativa. Ela soltou um suspiro suave e perguntou: — Sr. Manuel, você sabe que dia é amanhã? Manuel sorriu levemente, mas logo ficou com um olhar curioso, e perguntou: — Que dia? Não é fim de semana amanhã? Rosana sentiu seu coração se apertar. “Então, Manuel não sabe que amanhã é o Dia dos Namorados? Eu pensei que ele estivesse se preparando para...” Enquanto Rosana ainda processava seus pensamentos, Manuel falou de forma casual: — Nunca celebrei o Dia dos Namorados antes. Se você souber o que fazer, pode organizar o dia para nós. Nesse instante, Rosana se sentiu como uma adolescente inexperiente, com o coração acelerado, quase como se fosse um pequeno cervo, indefeso e animado. Ela corou, e seus olhos, grandes e brilhantes como estrelas, estavam cheios de curiosidade e uma inocência encantadora. Pe
— Roda-gigante? — Manuel disse, com um tom de desgosto. — Você já tem idade para saber que essas coisas são entediantes. Viajar na roda-gigante é bem menos emocionante do que uma montanha-russa!Rosana deu um olhar para Manuel e respondeu:— Você não entende nada.Ela se lembrou de um livro que leu há algum tempo, que dizia que, quando a roda-gigante chegava ao topo, casais que faziam uma promessa de ficarem juntos para sempre podiam ver seus desejos se realizarem. Embora...Rosana sabia que ela e Manuel não eram exatamente um casal, e que o desejo que ela fizesse ali não se realizaria. Ainda assim, quem não precisa de um sonho? Mesmo que fosse uma ilusão. Justo naquele momento, o celular de Manuel tocou.Rosana olhou para a tela e viu o nome "Joyce" no visor. De repente, sua expressão de alegria se apagou, dando lugar a uma sombra de desconforto.Manuel, que inicialmente não queria atender a ligação de Joyce, hesitou. No entanto, Joyce insistiu, ligando várias vezes seguidas, até q
Joyce, no entanto, permanecia na sala de enfermagem, e Manuel não conseguia afastá-la. Ela precisava garantir que, ao acordar, Sra. Maria fosse encontrar sua imagem em primeiro plano. Enquanto Joyce mantivesse Sra. Maria ao seu lado, ela acreditava que não havia como Manuel não se casar com ela. ... Do outro lado, Rosana não teve uma boa noite de sono. Finalmente, a manhã chegou, mas Manuel ainda não havia voltado. Rosana baixou os cílios, melancólica. “O que eu estou pensando? A mãe de Manuel acabou de ter um problema, e eu ainda estou esperando que ele volte para passar o feriado comigo?” Apesar de se convencer o tempo todo, Rosana se sentia mal e decepcionada. Afinal, a expectativa que ela tinha ontem era muito grande, e a decepção agora era proporcional. Para tentar desviar sua mente, embora fosse domingo, Rosana foi trabalhar. No setor de editoria de revistas, não havia ninguém. Todos tinham ido comemorar o Dia dos Namorados. Rosana ligou o computador e suspi
Rosana olhou para Manuel, e de repente, com um movimento rápido, ficou na ponta dos pés e envolveu o pescoço dele com os braços. Ela o beijou suavemente perto dos lábios e, com um sorriso tímido, disse: — Obrigada, Sr. Manuel. Eu achei que não conseguiríamos passar o Dia dos Namorados juntos. Na verdade, até fiquei meio invejosa de ver os outros comemorando. Manuel sentiu um aperto no coração ao olhar para os olhos vermelhos de Rosana, com aquele rosto doce e inocente. Ele queria provocá-la um pouco, mas, como o bife havia acabado de ser feito, ele sabia que deveria aproveitá-lo enquanto ainda estava quente. Assim, se contenha, falou com a voz rouca e baixa: — Vai lavar as mãos. Vamos comer. Ah, e sobre as flores... Você gostou? Rosana, com os olhos cheios de pequenas lágrimas cintilantes, concordou com força: — Gostei. E, então, como um coelhinho apressado, ela correu para o banheiro para lavar as mãos. Ficando diante do espelho, Rosana olhou seu rosto corado e não pôd
Na verdade, Rosana não queria se embriagar. Ela queria viver aquele maravilhoso e feliz Dia dos Namorados com clareza, aproveitando cada segundo. Com os olhos brilhando de alegria, Rosana se levantou e, de forma decidida, foi até Manuel, se sentando em seu colo. Ela envolveu o pescoço dele com as mãos e o encarou com seus grandes olhos, cheios de sinceridade. — Sr. Manuel, este é o Dia dos Namorados mais feliz da minha vida. Eu me sinto tão feliz. Eu vou lembrar desse dia para sempre... Enquanto falava, sua voz se quebrou um pouco. Não pôde evitar pensar em um futuro em que, caso se afastasse de Manuel, talvez não encontrasse outro homem que fosse capaz de amá-la tanto quanto ele. Manuel, sentindo a proximidade de Rosana, percebeu a energia delicada dela e, ao mesmo tempo, a crescente paixão em seus próprios olhos. Seu beijo começou suave, tocando a testa de Rosana, depois o nariz, e, finalmente, seus lábios, explorando de forma lenta e tentadora. Rosana não resistiu e, ass
A Sra. Maria sentia que estava cada vez mais dependente de Joyce.Ela sorriu com um olhar cheio de apreço e disse:— Joyce, desta vez eu te devo muito. Se não fosse pelas suas visitas constantes, se não fosse por você estar ao meu lado e me salvar no momento em que desmaiei, eu muito provavelmente não teria sobrevivido. Eu realmente invejo seus pais, por terem uma filha tão maravilhosa como você.Joyce se apressou em responder:— Tia, se a senhora gosta de mim, então me adote como sua filha de criação!A Sra. Maria negou com a cabeça e respondeu:— Adotar você como minha filha de criação seria até um desperdício. Você, uma jovem tão excelente, deveria ser a dona da nossa família Marques! Me conte, Joyce, você ainda tem algum interesse por Manuel?Joyce corou ligeiramente, e com uma voz suave, respondeu:— Não adiantaria nada, tia. O coração de Manuel simplesmente não está em mim.A Sra. Maria corrigiu ela imediatamente:— Menina boba, você queria dizer que o coração de Manuel está com