Rosana olhou para Manuel, e de repente, com um movimento rápido, ficou na ponta dos pés e envolveu o pescoço dele com os braços. Ela o beijou suavemente perto dos lábios e, com um sorriso tímido, disse: — Obrigada, Sr. Manuel. Eu achei que não conseguiríamos passar o Dia dos Namorados juntos. Na verdade, até fiquei meio invejosa de ver os outros comemorando. Manuel sentiu um aperto no coração ao olhar para os olhos vermelhos de Rosana, com aquele rosto doce e inocente. Ele queria provocá-la um pouco, mas, como o bife havia acabado de ser feito, ele sabia que deveria aproveitá-lo enquanto ainda estava quente. Assim, se contenha, falou com a voz rouca e baixa: — Vai lavar as mãos. Vamos comer. Ah, e sobre as flores... Você gostou? Rosana, com os olhos cheios de pequenas lágrimas cintilantes, concordou com força: — Gostei. E, então, como um coelhinho apressado, ela correu para o banheiro para lavar as mãos. Ficando diante do espelho, Rosana olhou seu rosto corado e não pôd
Na verdade, Rosana não queria se embriagar. Ela queria viver aquele maravilhoso e feliz Dia dos Namorados com clareza, aproveitando cada segundo. Com os olhos brilhando de alegria, Rosana se levantou e, de forma decidida, foi até Manuel, se sentando em seu colo. Ela envolveu o pescoço dele com as mãos e o encarou com seus grandes olhos, cheios de sinceridade. — Sr. Manuel, este é o Dia dos Namorados mais feliz da minha vida. Eu me sinto tão feliz. Eu vou lembrar desse dia para sempre... Enquanto falava, sua voz se quebrou um pouco. Não pôde evitar pensar em um futuro em que, caso se afastasse de Manuel, talvez não encontrasse outro homem que fosse capaz de amá-la tanto quanto ele. Manuel, sentindo a proximidade de Rosana, percebeu a energia delicada dela e, ao mesmo tempo, a crescente paixão em seus próprios olhos. Seu beijo começou suave, tocando a testa de Rosana, depois o nariz, e, finalmente, seus lábios, explorando de forma lenta e tentadora. Rosana não resistiu e, ass
A Sra. Maria sentia que estava cada vez mais dependente de Joyce.Ela sorriu com um olhar cheio de apreço e disse:— Joyce, desta vez eu te devo muito. Se não fosse pelas suas visitas constantes, se não fosse por você estar ao meu lado e me salvar no momento em que desmaiei, eu muito provavelmente não teria sobrevivido. Eu realmente invejo seus pais, por terem uma filha tão maravilhosa como você.Joyce se apressou em responder:— Tia, se a senhora gosta de mim, então me adote como sua filha de criação!A Sra. Maria negou com a cabeça e respondeu:— Adotar você como minha filha de criação seria até um desperdício. Você, uma jovem tão excelente, deveria ser a dona da nossa família Marques! Me conte, Joyce, você ainda tem algum interesse por Manuel?Joyce corou ligeiramente, e com uma voz suave, respondeu:— Não adiantaria nada, tia. O coração de Manuel simplesmente não está em mim.A Sra. Maria corrigiu ela imediatamente:— Menina boba, você queria dizer que o coração de Manuel está com
Mas a Sra. Maria já havia tomado a palavra:— Olha só, onde é que você vai encontrar uma nora tão excelente e compreensiva quanto a Joyce? E você ainda não a valoriza! Manuel, vou te dizer uma coisa: nesse assunto de casamento, você vai ter que me obedecer. Se não, eu deixo de tomar meus remédios, não trato a minha doença, e vou morrer na sua frente!— Mãe! — Manuel interrompeu com uma voz severa. — O que é isso que a senhora está dizendo? O que tem a ver a sua saúde com a minha decisão sobre o casamento?A Sra. Maria, sabendo o quanto o filho era devoto, ficou ainda mais determinada e respondeu:— A questão do seu casamento é, sem dúvida, a coisa mais importante para mim. Enquanto isso não for resolvido, eu não vou conseguir ficar tranquila o suficiente para cuidar da minha saúde.Manuel ficou em silêncio por um momento, então se virou para Joyce e disse:— Vem comigo, vamos conversar.Joyce se levantou imediatamente e seguiu Manuel até fora do quarto.Manuel ficou parado no fim do co
Os olhos profundos de Manuel não demonstraram a menor emoção. Ele nem sequer olhou mais para Joyce e seguiu direto para o quarto.Sra. Maria, nervosa, perguntou:— E a Joyce? Vocês ficaram tanto tempo lá fora, será que brigaram de novo? Vou te avisando, se você deixar a Joyce ir embora, não vou te deixar em paz!Nesse momento, a voz de Joyce chegou, ela entrou sorrindo e se aproximou de Sra. Maria, chamando:— Mãe.Sra. Maria olhou Joyce, surpresa por um momento, mas logo sorriu e respondeu:— Vocês...Joyce respondeu, tranquila:— Sim, nós nos entendemos. O Manuel é tão obediente, como ele poderia contrariar a sua vontade?Sra. Maria, aliviada, disse:— Que bom, agora que vocês estão bem, fico mais tranquila. — Embora Sra. Maria pudesse perceber claramente que a expressão do filho não estava nada feliz, ela ainda tentou dar um conselho. — Manuel, um dia você vai me agradecer por ter escolhido uma nora tão boa para você.Manuel forçou um sorriso, curvando ligeiramente os lábios, e resp
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que