Armando não só não soltou Rosana, mas suas mãos apertaram ainda mais a dela. Com um olhar sério, ele a questionou:— Por que você não responde à minha pergunta? Todo esse tempo, eu te dei meus sentimentos, você ao menos os valorizou? Se você realmente os valorizou, por que me enganou?Rosana, exausta, fechou os olhos e negou com a cabeça.— Eu não queria te enganar. Você se lembra do que aconteceu no carro? Eu estava prestes a te contar tudo, mas você não deixou. Lembra o que você disse naquele dia?Armando ficou surpreso. Ele se lembrou da cena no carro, quando ele pediu que Rosana não falasse sobre seu passado, com medo de se sentir inseguro e com ciúmes do ex-namorado dela.Mas Armando jamais imaginaria que a mulher que ele via como perfeita havia sido amante de outro homem.Rosana, com um tom frio, continuou:— Armando, na última vez eu até tentei te contar, porque achava que ainda éramos algo, um casal. Mas agora, não somos mais nada disso. Não preciso mais te contar tudo sobre o
No início, Rosana resistia ao beijo de Manuel, lutando contra ele, cheia de repulsa.Mas, com o tempo, Rosana queria que Armando a esquecesse, que parasse de colocar seu coração nela. Por isso, ela deixou de resistir e se entregou ao beijo de Manuel.“Eu já não sou mais pura. Não posso deixar que Armando, um homem tão inocente, sofra por minha causa.” Foi só muito tempo depois que Manuel a soltou.A obediência de Rosana deixou Manuel profundamente satisfeito.Principalmente agora, ela, com os lábios brilhando num tom avermelhado, os olhos levemente inchados e vermelhos, poderia despertar o desejo de qualquer homem.A maçã de Adão de Manuel se mexeu, e ele estendeu a mão, deslizando os dedos pelo rosto de Rosana, com um sorriso malicioso, dizendo:— Vou te ajudar com esse problema, já que você está tão comportada.Rosana, com a voz embargada, respondeu:— Seja gentil com ele. Armando é apenas alguém que não consegue aceitar isso agora, mas ele é uma boa pessoa.Nos olhos de Manuel, uma
— O que você quis dizer com isso? Que tipo de pessoa você acha que eu sou? Eu que posso estar com você, e você acha que não merece estar com ele? — Manuel perguntou, a voz suave, mas carregada de uma ironia sutil. — Então, na sua cabeça, eu sou pior do que aquele menino imaturo?Rosana se sentiu tomada pela culpa e pensou: "Por que eu estou dizendo isso para ele? Um homem tão frio e implacável como Manuel, como ele poderia entender o que estou sentindo?"Mas, antes que ela pudesse responder, o carro começou a se mexer lentamente.— Manuel, para onde você está me levando? — Rosana empurrou a porta do carro, nervosa. — Eu quero descer!Manuel, com sua típica calma, respondeu:— Fique tranquila, vou te levar a um lugar.Assim, vinte minutos depois, eles chegaram ao destino.— Cidade do jogo? — Rosana olhou para Manuel, confusa. — O que você está fazendo me trazendo aqui?Naquela noite, o ânimo de Rosana estava no fundo do poço, e ela não tinha nenhuma vontade de jogar. Mas Manuel, sem he
No coração de Rosana, algo parecia ter se instalado, como se uma pequena corça tivesse surgido. Ela se sentiu desorientada, tomada pela ansiedade.Porque, Rosana claramente viu a luz ardente nos olhos de Manuel uma chama intensa que exibia o desejo de um homem por uma mulher, algo que ela conhecia muito bem.Rosana deu um passo para trás, mas foi imediatamente puxada para perto, sendo envolvida pelos braços de Manuel. Manuel a cercou diante da máquina de pegar brinquedos, seu corpo alto se inclinando ligeiramente para baixo. Seus lábios finos se roçaram na orelha dela, e ele disse, baixinho:— Vou te ensinar a pegar os brinquedos.Então, com a mão grande de Manuel envolvendo a pequena mão de Rosana, ele pressionou os botões da máquina, enquanto seu peito forte se colava nas costas dela. Rosana podia até sentir a batida firme do coração de Manuel, como um eco profundo em sua própria alma.Ela teve a sensação de que uma corrente elétrica havia percorrido seu corpo.Rosana prendeu a res
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que
Quando Joaquim chegou em casa, já passava das onze da noite. A mansão estava estranhamente silenciosa, com apenas uma luz noturna acesa na sala de estar. Natacha estava sentada no sofá, parecendo estar esperando por ele o tempo todo. Joaquim tirou o casaco, afrouxou a gravata e falou com um leve tom de impaciência: - O divórcio não foi acordado ao meio-dia? Não vou te prejudicar no que diz respeito à propriedade. Você pode confiar nisso. Ele pensou que ela queria mais dinheiro. Natacha interrompeu ele, com uma voz rouca: - Joaquim, é por causa daquela mulher que você quer se divorciar de mim? Joaquim mudou sua expressão por um momento, mas logo voltou a sua calma de sempre. Ele não queria mais esconder isso dela, nem se dava ao trabalho de esconder. - Sim, tenho que dar a ela uma explicação, é o que devo a ela. – Admitiu Joaquim, com calma. - Só hoje percebi como você é hipócrita. Ao meio-dia, você se fez de vítima, me fez sentir culpada, me forçou a me divorciar. Talvez naqu