Manuel sabia que Natacha certamente levaria Rosana com ela. Ele deu um último olhar para as duas mulheres, mas não disse uma palavra e entrou no próprio carro.Ao ver o carro de Manuel se afastar, Rosana finalmente suspirou aliviada.Natacha, irritada, disse:— Foi o Manuel que te incomodou de novo? Rosa, me conta logo, qual é a situação entre vocês agora?Rosana respondeu calmamente:— Eu já não tenho mais nada a ver com ele. Ele veio me procurar para pedir que eu ajudasse com a limpeza da casa, mas eu recusei.— Vocês terminaram? — Natacha exalou aliviada. — Finalmente! Rosa, você não pode mais deixar que ele atrase sua vida. E ainda depois de terminarem, ele tem a audácia de querer que você cuide da casa dele? Acho que o Manuel só pode estar louco!Rosana não queria falar mais sobre Manuel; prolongar o assunto só deixaria seu coração mais pesado.Assim, ela mudou de assunto e perguntou:— Por que você veio me procurar hoje de repente?Natacha, animada, respondeu:— Eu encontrei um a
Rosana suspirou profundamente e disse:— Não me importa mais o que será do Manuel no futuro. Se ele terá uma vida boa ou ruim, isso já não me diz respeito. A única coisa que me importa agora é que o advogado que contratei consiga tirar meu pai da prisão o mais rápido possível.Natacha, um pouco decepcionada, comentou:— Eu até pensei em pedir ajuda ao meu paciente, mas, já que você encontrou um advogado, vamos deixar isso de lado. Mas, você sabia que ele tem um filho? É da nossa idade, e sempre vai visitá-lo no hospital. E dizem que o rapaz é solteiro. Outro dia, ele até me perguntou se eu conhecia alguma colega solteira para apresentar a ele.O garfo de Rosana parou no ar e o pedaço de comida caiu de volta no prato. Ela perguntou, sem rodeios:— Não me diga que você está pensando em me apresentar para ele?— Na verdade, sim! Você nem imagina, o filho dele é muito bonito, alto e é professor universitário. Acho que ele tem um ótimo perfil, você deveria ao menos considerar! — Incentivou
Assim, Natacha subiu as escadas junto com Rosana.Elas atravessaram a rua caótica, subiram a escadaria apertada e, por um corredor estreito, finalmente chegaram ao pequeno lar de Rosana. Apesar da confusão do lado de fora, a diferença era gritante ao entrarem; lá dentro, tudo parecia outro mundo.O pequeno espaço estava decorado com carinho por Rosana, que o mantinha limpo e organizado, de uma maneira que passava uma sensação de aconchego. Ainda assim, o ambiente apertado fez com que Natacha sentisse que Rosana estava se sacrificando demais.Rosana serviu a ela um copo de leite quente para aquecê-la. Com os olhos marejados, Natacha perguntou:— Esse advogado que você encontrou... Quanto ele cobra? Rosa, me diga, você está precisando muito de dinheiro agora?Rosana mordeu levemente os lábios antes de responder:— Os honorários dele são altos, sim, mas eu já consegui juntar quase tudo.— Não minta para mim! — Natacha se repreendeu. — Foi um descuido meu, eu deveria ter me preocupado mais
Isabelly piscou para Rosana, sorrindo com malícia:— Mas, sabe, eu adoro ver você e o Sr. Manuel juntos. Sempre parece que estou assistindo a um drama romântico! Sério, é bem como aquelas novelas!Rosana suspirou, um tanto sem jeito.Novela romântica?Para ela, a relação com Manuel estava mais para um drama cheio de sofrimento!Os colegas começaram a insistir para que Rosana ligasse para Manuel, mas ela apenas sorriu e desviou do assunto com elegância:— O Sr. Manuel tem um compromisso hoje à noite. E, além disso, essa é uma festa só do nosso departamento; com ele lá, nós não conseguiríamos relaxar e nos divertir tanto, certo?Assim, Rosana conseguiu evitar o constrangimento, embora refletisse em silêncio: “Preciso arrumar um momento para esclarecer com eles que Manuel e eu não estamos mais juntos. Melhor do que continuar sendo assunto para piadas.”Na hora de ir embora, Rosana e seus colegas seguiram para o buffet de frutos do mar perto da empresa. No entanto, como eram muitos e o lug
Rosana escondeu o constrangimento no fundo dos olhos e disse com calma:— Eu já terminei com ele.A mesa de jantar ficou em completo silêncio; até mesmo o som da respiração parecia mais audível.Os colegas de trabalho se entreolharam, visivelmente desconfortáveis; alguns lançaram olhares para Isabelly, reprovando ela por ter falado demais.— Rosa, não tem problema. Esse tipo de homem, que sai por aí atrás de amante, não te faria feliz.— Exatamente! Gente como nós e gente como o Sr. Manuel são muito diferentes. Você merece alguém que só tenha você no coração....Todos tentavam consolar Rosana. Ela, no entanto, sentia uma vergonha crescente.“Se meus colegas soubessem que a verdadeira namorada de Manuel é Joyce e que eu e ele temos apenas aquele tipo de relação... Será que eles me desprezariam?”— Certo, eu vou guardar o que vocês disseram! Vamos comer logo, estou morrendo de fome.Rosana forçou um leve sorriso, claramente querendo mudar de assunto, e começou a comer o prato à sua fren
Joyce rapidamente seguiu Manuel. Ela sentia que, embora ele ainda fosse frio com ela, pelo menos, agora ele aceitava jantar a seu lado. Para Joyce, isso já era um progresso."Não vai demorar muito até que eu consiga fazer com que Manuel goste de mim."Com esse pensamento, ela ficou animada e sugeriu:— Manuel, tem um parque aqui perto. Que tal darmos uma volta? Olha quantos casais passeando por lá.Manuel respondeu calmamente:— Tive um dia de trabalho pesado e não quero caminhar. Vou te levar para casa, já está tarde.Joyce ficou visivelmente desapontada.Assim, Manuel a levou até a entrada do condomínio.— Manuel, você não quer subir para minha casa? — Pediu Joyce, em tom manhoso. — Sobe um pouquinho para descansar. Ah, eu tenho um empregado que é ótimo em massagens! Vou pedir para ele te ajudar, já que você está tão cansado do trabalho.Para Manuel, Joyce era absurdamente irritante. Com a testa franzida, ele disse:— Não, está muito tarde. Não vou subir.Sem alternativa, Joyce desis
Rosana então se lembrou de que, dias atrás, uma vizinha realmente comentara que alguém havia passado em seu apartamento para atualizar os dados dos moradores, mas ela nunca estava em casa.— Tudo bem, me dê só um instante!Ela rapidamente vestiu um casaco por cima do pijama e foi abrir a porta.Assim que a porta se abriu, um grupo de homens com aparência suspeita invadiu o apartamento. Por último, entrou Pedro, com as mãos nos bolsos e uma expressão de triunfo, observando o ambiente com satisfação.Rosana ficou imediatamente tensa e perguntou, atônita:— Como é que é você?Pedro deu um sorriso, dizendo:— Lembra do que eu te disse, Rosana? Eu falei que, mais cedo ou mais tarde, você ia implorar chorando para mim!Enfurecida, Rosana gritou:— É melhor você sair agora! Do contrário, vamos ver quem vai implorar a quem!Pedro soltou uma risada sarcástica e, semicerrando os olhos, respondeu:— Você realmente acha que tem força para me enfrentar? Vou te contar: esses meus amigos aqui são tod
Todos olharam assustados para a porta.Manuel estava parado ali, usando um sobretudo preto, o rosto frio e implacável. Ele os encarou e disse:— Soltem ela agora mesmo e saiam daqui, todos vocês!Pedro sempre desprezou Manuel. Estava a um passo de finalmente levar Rosana para a cama, mas Manuel apareceu de repente e interrompeu seus planos. Fora de si, Pedro soltou Rosana e avançou em direção a Manuel.— Ora, Sr. Manuel apareceu! — Provocou Pedro. — Agora também gosta de frequentar lugares como este? Ou será que não sabe que as mulheres aqui são todas prostitutas? O que houve, Sr. Manuel? Também gosta desse tipo de mulher?Assim que Pedro terminou de falar, uma faísca de ódio surgiu nos olhos de Manuel. Sem hesitar, ele agarrou Pedro pelo colarinho e o puxou para perto, dando dois tapas estrondosos nele, um de cada lado do rosto.— Você! Manuel, como ousa me bater? — Pedro gritou, enfurecido. — Não pense que eu não sei das coisas que você fez. Naquela época, você...Antes que Pedro pud