Meia hora depois, Rosana finalmente saiu do escritório de advocacia. Manuel desceu do carro, com o rosto assustador, aparecendo subitamente diante de Rosana. Ela se assustou e, em seguida, furiosa, perguntou: — Você está me seguindo? Os lábios finos de Manuel se abriram ligeiramente enquanto ele olhava para o próprio carro. — Entre no carro e a gente conversa. — Sr. Manuel, nós não temos mais nada, quantas vezes vou ter que repetir isso? Rosana, se lembrando das humilhações que sofreu de Sra. Maria e da noiva de Manuel, Joyce, sentiu uma onda de mágoa e amargura tomar conta de seu peito. Com os olhos vermelhos e cheios de lágrimas, ela respondeu com a voz emocionada: — Se você continuar me importunando, vou ter que falar com a sua mãe. Vamos ver quem está perseguindo quem! Após ouvir isso, os lábios pálidos de Manuel se curvaram em um sorriso frio. — Você acha que eu tenho medo de você? Rosana, realmente acredita que, só porque encontrou um novo advogado, seu pai
Rosana não esperava que Manuel fosse tão cruel. Ela não era o tipo de pessoa que chorava com facilidade, mas suas lágrimas simplesmente não paravam de cair. Entre soluços, ela disse:— Sim, eu errei! Meu erro foi ser cega! Segui um homem que já tem uma noiva e virei sua amante! Manuel, você é um canalha! Por que você não me contou que tinha uma noiva? Por que deixou sua mãe me humilhar dessa forma?Os olhos afiados de Manuel fitaram Rosana enquanto ele dizia:— Você está com ciúmes? Rosana, você tem o direito de me questionar sobre isso? Quem é você? Eu já disse, apenas eu decido quando isso aqui termina. A menos que eu me canse ou me entedie! Até lá, nem pense em acabar com o que temos!Assim que terminou de falar, Manuel agarrou os cabelos de Rosana, e seus lábios desceram sobre os dela. Rosana não conseguia mais suportar continuar com aquele homem, fazendo algo tão repulsivo, sabendo que ele tinha uma noiva. Desesperada, ela mordeu com força o lábio inferior de Manuel. Manuel ge
Rosana notou que o colar estava ficando solto, já que o usava há muito tempo. O fecho frequentemente se abria, e provavelmente, o colar tinha caído novamente perto de Manuel há pouco. Rosana se sentiu desconfortável com a ideia e, instintivamente, pensou em ir buscar o colar de volta. Mas, depois de tanto esforço para se afastar de Manuel, será que ela realmente deveria procurá-lo? Enquanto tomava banho, ela começou a falar consigo mesma:— De qualquer forma, foi aquela mulher que traiu primeiro, ela foi quem nos abandonou, tanto a mim quanto ao meu pai. Por que eu deveria continuar guardando algo que ela me deu?Durante todos esses anos, a mãe de Rosana nunca tinha voltado para vê-la nem uma vez. Pensando nisso, Rosana concluiu: "Se o colar se perdeu, que assim seja. Algo importante para mim... Minha mãe não tem mais nenhum significado."Com tristeza, Rosana deu um sorriso amargo. Depois de terminar o banho, ela foi preparar um pouco de macarrão, acrescentando um ovo e duas fatias
Rosana não queria nem mencionar Manuel; ela até suspeitava que a reputação dele fosse uma invenção da equipe de marketing do escritório de advocacia. Já faziam cinco anos, e Manuel não só não tinha ajudado Diego em nada, como ainda havia feito Rosana e a filha sofrerem daquele jeito.Rosana se perdeu em seus pensamentos. Sempre que pensava naquele homem, sentia uma estranha ansiedade no peito.Cristóvão a chamou, trazendo ela de volta à realidade:— Srta. Rosana?Rosana voltou subitamente ao presente e respondeu apressada:— Eu realmente não sei o que aconteceu. Talvez ele não tenha tanta experiência quanto o senhor.Cristóvão sabia que Rosana estava escondendo algo. Ela não estava sendo totalmente sincera.Com um leve sorriso, ele comentou:— O preço do Sr. Manuel é bem mais alto que o meu. Não me admira que a Srta. Rosana pareça tão... Pobre agora. Você deve ter gastado uma boa quantia com ele, não?Rosana assentiu, mas seus pensamentos eram bem diferentes: "Dinheiro, não gastei mui
O rosto delicado e pálido de Rosana ficou marcado por um traço de raiva contida, e ela disse:— Manuel, não fale dessa forma! Você acha que todo mundo é tão desonrado quanto você? O Sr. Cristóvão não é esse tipo de pessoa!Os olhos de Manuel também se encheram de raiva enquanto ele olhava ao redor com desprezo:— Então é isso? Você me deixou para viver aqui? Que decadência!Rosana respondeu friamente:— Eu não vejo onde está a decadência nisso. Eu vivo do meu próprio trabalho, ganho meu dinheiro e, mesmo que agora eu esteja passando por dificuldades, o meu futuro será melhor. Sr. Manuel, se você veio aqui hoje apenas para zombar de mim, parabéns, conseguiu o que queria. No momento, só posso pagar por um lugar assim. Está satisfeito?Manuel franziu o cenho e, do bolso das calças, tirou um colar que Rosana havia esquecido em sua casa. Ele disse:— Eu não vim para rir de você, vim para devolver isso. Você disse que era uma lembrança de sua mãe.O coração de Rosana apertou naquele instante
Manuel foi para o banheiro tomar banho, e Rosana de repente se lembrou de algo. Ela disse:— Ah, eu não tenho toalha nova aqui. Vou descer para comprar uma toalha para você.Do banheiro, a voz grave do homem apareceu:— Pode usar a sua toalha mesmo.Rosana ficou levemente surpresa. "Manuel não era obcecado por limpeza? Será que ele estava fingindo esse tempo todo?"Enquanto caminhava em direção à sala de estar, Rosana murmurou discretamente:— Que estranho!Pouco tempo depois, o assistente de Manuel, Cláudio, chegou.— Srta. Rosana, aqui estão as roupas do Sr. Manuel. Eu trouxe duas trocas novas para ele.Cláudio era uma das poucas pessoas que sabiam da relação entre Rosana e Manuel.Ainda assim, Rosana se sentiu extremamente constrangida. Afinal, a relação dela com Manuel era algo que, quem sabia, entendia bem.Por isso, Rosana sempre sentia como se estivesse sendo despida diante das pessoas que os conheciam.Ela recebeu as roupas de maneira constrangida e agradeceu a Cláudio.Cláudio
Rosana estava extremamente frustrada. Ela não queria ter passado o dia todo tentando se distanciar de Manuel, apenas para acabar envolvida com ele novamente à noite.Pensando um pouco, Rosana disse:— Então você pode pegar um caminho alternativo para casa. Não é como se só tivesse uma estrada para chegar lá.Manuel deu a ela um olhar de lado e respondeu:— Pegar outro caminho? Fala como se fosse fácil. Você tem ideia de quanto tempo eu vou perder fazendo isso? Rosana, se eu não tivesse vindo te entregar os colares, nada disso estaria acontecendo!Rosana, furiosa, encarou Manuel e rebateu:— Eu sabia! Dizem por aí e é verdade: advogados têm que calcular tudo nos mínimos detalhes! É simplesmente ridículo!— E você não me aguentou por cinco anos? — Manuel olhou para ela, com um brilho melancólico no olhar. — O que foi? Só de passar uma noite comigo você já não suporta?Rosana respirou fundo, contendo o impulso de jogar Manuel no chão e dar uma boa surra nele.Logo depois, Manuel, como se
Rosana, com os punhos cerrados de raiva, respondeu entre dentes:— Manuel, você não tem vergonha?No entanto, antes que pudesse reagir, Manuel avançou de repente, segurando os braços de Rosana e prendendo eles atrás de suas costas. Em um movimento rápido, ele se inclinou e a beijou profundamente. Quando Rosana começou a resistir, ouviu a fria ameaça de Manuel, sussurrada em seu ouvido:— Rosana, se você ousar me morder de novo... Tenta só pra ver o que acontece!Por algum motivo, mesmo depois de ter se separado de Manuel, Rosana ainda tinha medo dele. Era como se aquele temor estivesse enraizado profundamente em seu ser, gravado em seus ossos desde o início. Agora, enquanto ele a segurava firmemente contra seu corpo e a beijava com intensidade, Rosana se sentia dominada.— Você consegue morar em um lugar como este, ouvindo esses sons o tempo todo, mas eu não consigo. — Murmurou Manuel, com a voz abafada pelos beijos, enquanto explorava os lábios macios de Rosana.Ao longo dos anos, R