O dia de Eduardo não foi nada fácil. Se levantou com as galinhas, saiu antes mesmo de clarear o dia, foi o primeiro a chegar na empresa e simplesmente ficou olhando para o nada. Ele não sabia que seria tão difícil conquistar sua esposa. Ouvindo de fora parece até cômico, pois a conquista deveria vir primeiro que o casamento, enfim.— Bom dia, senhor Schrmam! Chegou cedo. — Natan, seu assistente, falou entrando na sala. Ele não sabia que seu chefe já estava no ambiente, caso contrário não entraria sem bater.— Cheguei cedo. Se houver alguma reunião cancele todas, por favor.— Sim senhor. Posso remanejá-las do jeito que achar melhor?— Pode. — Logo em seguida virou para grande janela, isso foi o suficiente para Santana perceber que foi dispensado.O dia passou arrastado, ele resolveu algumas pendências, contudo o grande problema não foi resolvido, falta menos de um mês para lançar o produto e nada saiu do lugar. A questão com sua mulher e a empresa estão consumindo Eduardo. Pela primeir
— Alguém lembrou que tem um amigo! — Louis debochou quando entrou no apartamento de Evelin. Ela sorriu e o abraçou apertado. — Sentir sua falta. — Será? Tenho minhas dúvidas. — Comentou agarrando ela de lado e arrastando até o sofá. — Não diga isso, não entrei em contato porque precisava resolver algumas questões. — E resolveu? — Indagou com um sorriso travesso. — Sabe que sim, pelo menos parte dele — Está diferente. — Disse panalisando sua face relaxada. Ele nunca a viu assim, tão despreocupada. — Espero que um diferente bom. — riu — Agora, chega de falar de mim, vamos falar de você, primo. Eles entraram em uma conversa nostálgica e reflexiva. Quando menos esperam já é noite e bem tarde. Quando Louis resolveu ir embora, a porta da frente abriu. Eduardo encarou o homem à frente nem um pouco feliz. — Deve se lembrar do meu primo, Louis? — Ela perguntou entrando no meio dos dois. — Infelizmente! — Schramm respondeu puxando sua mulher até ele. Mesmo com raiva lhe deu u
— Algum problema, senhorita Ferreira? — O diretor perguntou sem entender a reação da jovem. — De forma alguma, senhor, achei que tinha visto uma pessoa conhecida. — Abaixou a cabeça sem graça. — É um imenso prazer recebê-lo em nossa humilde universidade, senhor Schramm. — A honra é toda minha, Aguiar. Acredite é um imenso prazer. — Terminou olhando para sua esposa. Alguns colegas que estavam na biblioteca não tiravam os olhos de Evelin, deixando a jovem muito mais incomodada. A mesma estava tão absorta em sua vergonha que não viu o — início que seu esposo chamava as pessoas. Engoliu seco quando ouviu seu nome, afinal Eduardo está chamando em ordem alfabética. Respirou fundo, levantou a cabeça e foi, subiu ao palco com graça e leveza, orgulhando Eduardo com sua atitude. — Parabéns, minha esposa, — entregou o certificado a ela — Tenho orgulho de você. — Agradeço, Edu, isso significa muito para mim, você aqui. — O pegando de surpresa o beijou na bochecha atraindo a atenção de todos,
— Você está me assustando, Eduardo. Estamos há vinte minutos aqui nessa praça e você não abriu a boca um minuto. — Tenho medo da sua reação, não quero que briguemos, estamos tão bem. — Confessou. — Mas se me esconde algo, as coisas não estão totalmente nos eixos. Então, desembucha, — Disse, encarando séria. Ele ainda não olhou nos olhos dela, apenas batucava no banco da praça com um galho seco, olhando as famílias rindo com seus filhos. Alguns garotos jogando bola no campinho murado com alambrados verdes descascados, alguns cachorros de rua se misturando com as pessoas pedindo comida e senhoras se exercitando. O dia está lindo e revigorante, não cinza e sem graça, como pode ficar para Eduardo se Evelin brigar com ele. — Quando jovem, conheci uma linda menina. Céus, ela era muito nova, mas me encantou de uma forma que nenhuma fez naquela época. Logo que nos separamos, prometi que a encontraria, porém, burro, esqueci de perguntar seu sobrenome, então foi muito difícil encontrá-la
— Já analisou os documentos que pedi, Evelin? — Alessandra perguntou quando se dirigia à sua sala.— Sim, já estão em sua mesa. Coloquei também, algumas sugestões.— Certo, darei uma olhada. — Respondeu com um sorriso discreto. Evelin está há uma semana trabalhando, seu coração está tão em paz. Parece que agora tudo está nos eixos. É a sua segunda casa.— As coisas está estranhas com os chefões lá em cima. — Ouviu Huilse comentando com sua outra colega. Não deu palpite, mas ficou curioso em descobrir o que está acontecendo. Há alguns dias que vem notando seu esposo estranho, perguntou a ele o que estava acontecendo, mas haviam combinado de deixar qualquer assunto do trabalho na empresa. Então, deixou para lá, mas a curiosidade e o forte instinto de ajudá-lo a incomodava intensamente.— Como assim mulher, seja clara? — Maria pediu ansiosa. Ela também está curiosa, Evelin constatou rindo.— Não sei dizer ao certo, mas é algum produto tecnológico com problema. Parece que a empresa pode s
Depois de passar quase meia hora tranquilizando a todos os seus funcionários, Eduardo foi para sua sala ansioso, e com muita vontade de agarrar sua esposa. Mesmo sabendo que não é hora e nem lugar, não deixou de pensar que seria uma ideia excepcional. Ao entrar na sala a viu sentada no sofá, com os pés para cima e os olhos fechados. A visão mais linda que já presenciou. Seu coração inflou de felicidade e contentamento. Antes achava que era feliz, mas estava totalmente enganado. Ele não vivia a terça metade da felicidade. Parecia que não existia nada antes dela chegar em sua vida. — Vai ficar me olhando a quanto tempo? — Ela indagou ainda com os olhos fechados, porém com um sorriso maroto. — Nem sei. A verdade é, que não me canso de te olhar. Você é a minha obra de arte preferida. — Que esposo galante eu tenho. — Evelin levantou e foi até ele. — É apenas a verdade, esposa. — A puxou para seus braços com força e tomou seus lábios em um beijo arrebatador, que continha muita saudades
Depois de tomar café com seu mais novo amigo, Rafael, Evelin pediu o contato dele e foi para casa. Chegou quase nove horas, tomou um banho rápido, pegou seus equipamentos e começou o seu trabalho. Ana chegou e abriu a porta. Ela já havia autorizado a entrada dela, e informou que a porta estaria aberta. A programadora experiente olhava a mulher do seu chefe trabalhando, e ficou impressionada, de como ela é rápida e sabe o que está fazendo. Às 13h00 p.m. metade do código estava feito, ela olhou pra moça sorrindo, e muito empolgada. — Você está com fome— Evelin Indagou fechando o notebook. — Para falar a verdade sim, mas não se preocupe com isso, o senhor Schramm já providenciou o nosso almoço, deve está chegando. — Ótimo, pois estou faminta. À noite Eduardo e Evelin jantavam em um silêncio reconfortante, no entanto, ele percebeu uma certa estranheza nela. — Aconteceu algo, minha linda? Me parece tão pensativa. — Terminou olhando-a carinhosamente. Ela pensou em lhe falar
Evelin voltou para seu setor na empresa, o administrativo, uma semana depois. Não que não tenha concluído o trabalho a tempo, mas, pelo fato de ser ela a construir o código, teve que supervisionar tudo de perto. O lançamento foi um sucesso como previsto. Em comemoração, a empresa dará uma festa, todos os funcionários estão convidados. — Bom dia, Evelin! — Sua chefe Alessandra saudou quando ela bateu na porta do escritório. — Bom dia, senhora! — sorriu — Aqui está o relatório que me pediu. — Obrigada. — Fitou curiosa — Sério? Vai me fazer perguntar? — Sobre o quê? — Já conversou com seus colegas? Precisa resolver esse clima chato. — Quem não me dirige a palavra são eles. — bufou — Com todo respeito, Alessandra, mas não sou obrigada a dividir tudo da minha vida com meus colegas de trabalho, assim como eles não fazem, tenho todo direito. Evelin voltou a sua mesa, tentando focar nos papéis em sua mesa, com sua visão periférica conseguia ver Julia Carlos e Huilse a olh