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Depois de umas duas cervejas e uma dose de caipirinha ela relaxou um pouco mais. 

Já estava curtindo o som e tudo. Amo pagode, principalmente os antigos. Boca Loca, Sorriso Maroto, Jeito Moleque, Exaltasamba. 

O DJ com toda certeza queria maltratar nossos corações, porque estava tocando "Que Situação" do Boka Loka. Gosto.

 Estava me balançando ao som da música e observando o local quando vejo um homem lindo que por onde passava atraia olhares, não faz o meu tipo porquê de cara percebi que tinha quase a minha idade. 

Me surpreendi quando o vi vindo em nossa direção, ele cumprimentou alguns homens próximos e depois piscou para minha amiga. 

Eu virei pra Carol que estava com o sorriso mais aberto do mundo.

_ Conhece?

Carol: Meu casinho.

_ Humm.

Veio em nossa direção a abraçando por trás. 

Xxx: E aí minha deusa, apresenta a amiga.

Carol: Thalita, doutora Thalita, esse é Vitor, Vitinho. Meu boy.

Vitor: Teu? Quando isso?

Cara escroto. Se já não gostei por causa da pouca idade, agora apagou o brilho depois das poucas palavras.

Dei um sorriso amarelo para ele por educação e disse meu nome.

_ Thalita. 

Vitor: Prazer gata. 

Ele veio me dar um beijo no rosto, porém não quis muita proximidade.

Me afastei e os deixei conversando, fiquei incomodada com os olhares que ele me lançava não respeitando a presença da minha amiga já que eles tinham um lance. Não gosto disso. 

Depois de um tempo lá conosco, alguns amigos de Vitor se aproximou, iniciei uma conversa com um dos amigos bem simpático, mas sempre distante. 

Tento abandonar a postura de advogada, mas ela não me abandona.

Era de madrugada quando um outro homem chegou acompanhado de uma mulher, ele era moreno e forte e ela linda, magrinha com os cabelos cacheados. Pelo jeito de conduzir, eles tinham muito amor envolvido.

Veio e falou primeiro com o Vitor. Esse cara deve ter algum conceito aqui porque até então, todos fizeram questão de bajula-lo. 

A menina olhou pra Carol e revirou os olhos. E depois olhou para mim.

Eu sorri, e meio que forçada ela também sorriu.

Xxx: Prazer Viviane.

_ Thalita. 

Viviane: Meu irmão que está colocando bebida na mesa? 

_ Se o seu irmão for o Vitor, também, eu já coloquei. Pode beber à vontade.

Viviane: Tá bom.

Ela pegou uma garrafa de cerveja e deu para o namorado ou marido não sei e lá mesmo do lado dele ficou.

Depois de muito insistir eu aceitei dançar uma música com o João, ele é muito simpático, se apresentou e tentou manter uma conversa agradável, mas a intenção dele eu já sabia, só não estava a fim.

Dancei duas músicas além, porque ele não era só bom de lábia, era também um pé de valsa e quando voltei Carol já não estava na mesa. 

Viviane: Foi pro puteiro. - Ela respondeu a minha pergunta silenciosa. - Ah, desculpa é sua amiga.

Notei o deboche na voz dela. 

_ Não se preocupa não querida. Não sou contra vida de ninguém, cada um sabe o que faz.

Sentei no meu lugar e lá fiquei cantando e esperando a minha amiga, já que não conhecia ninguém ali. 

Deu meia hora e a Carol não apareceu. 

Como já estava sem clima nenhum eu no meio desse pessoal desconhecido, peguei minha bolsa e sai. 

Merda viu! Não sei onde estou, nem como chegar no apartamento da Carol, e a vadia nem o celular atende. 

Comecei a andar nas ruas movimentadas que mais parecia um labirinto e com a cara no celular tentando um contato. 

Estava tão distraída que não percebi uma moto se aproximando.

Xxx: Aí colega.

_ Que susto!

 Era um dos caras que estava na mesa, não sei o nome, mas eu vi ele me lançar algumas encaradas. 

Xxx: Tá perdida?

_ Não se preocupe, eu já me acho.

Xxx: Bora ali, tem um irmão querendo trocar uma ideia contigo.

_ Não estou afim.

Xxx: Na boa mesmo, sem papo furado. Irmão se interessou, tava só esperando tu sair pra te dar o papo, quase te perco de vista. 

_ Eu não te conheço, como vou ali contigo. 

Xxx: O cara que quer te dar o papo é o irmão do Vitor. Tava contigo a noite toda.

Me tranquilizou? Não. Mas eu estava perdida, e se conhecia o Vitor poderia me levar a Carol. 

_ Tá ok, mas é pra me levar pra casa.

Xxx: Jaé, sobe aí.

Subi na garupa da moto e ele seguiu como um louco cortando as ruas da favela. 

Fiquei morrendo de medo, porque além do vento frio açoitar meus braços, estava sem capacete.

Algumas ruas e vielas depois ele entrou num beco escuro que só passava um carro por vez, não havia mais espaço e quase no final dela tinha um homem todo de preto parado acompanhado de outros homens. Ele estava com um copo na mão e conversando com o acompanhante da Viviane, parou quando ouviu o barulho da moto. 

Ele virou o rosto seríssimo. 

Meu Deus, quanto tempo que um cara não chama minha atenção só pelo olhar. 

Tinha mais três ali e eu espero do fundo do meu coração que seja ele.

Xxx: Aí ela Vini. 

O  serinho se afastou do carro cumprimentou os três caras e eles subiram nas suas motos e partiram. 

Vini: Perdida na minha casa? 

Eu estava sem resposta. Que homem gostoso.

Vini: O gato comeu tua língua? 

_ Estou apenas absorvendo o momento e tentando entender em qual momento eu estive em sua casa.

Vini: Minha comunidade, minha casa.

_ A sim, sua casa. - Respondi ainda entorpecida pelo seu olhar. 

Vini: Curtiu o pagode? 

_ Gostei.

Ele se aproximou de mim roçando seu nariz em minha pele e deu um cheiro no meu pescoço.

Vini: Eu também gostei. - Ele deu uma pequena sugada no meu pescoço. - E muito.

Sua mão segurou firme em minha cintura e para me derrubar de vez passou a língua no meu lábio inferior.

Vini: Parece deliciosa. 

Estava explodindo por dentro e não ia esperar o jogo de sedução dele. O empurrei contra o carro e segurei no seu pescoço com as duas mãos. Puxei sua boca até a minha, porque além de forte ele era uns bons centímetros mais alto que eu.

Ele riu antes de sugar meus lábios e me atacar com um beijo que jurava que estava saindo faíscas. 

De forma abrupta nos virou e agora quem estava sendo prensada contra o carro era eu. 

Vini: Bora ali. 

_ Demorou.

Entramos desesperados no carro e ele foi cortando pelas ruas. Até chegar numa casa. Não reparei o lugar, não era isso que me interessava. 

Assim que abriu a porta eu o empurrei no sofá. 

Vini: Filha da p**a, tu é uma bruxa.

Afoita, tirei meu macaquinho ficando apenas de calcinha de renda azul royal. Tenho uma coleção delas.

Continuei de salto e andei sensualmente até ele para que me admirasse e entendesse a mulher que teria o prazer de conhecer hoje. Joguei meu cabelo para trás e permiti apreciasse meu corpo. 

Usando de toda sensualidade rebolei meu quadril lentamente e virei de costas, sentando no seu membro remexendo devagar.

Sua mão forte segurou um punhado do meu cabelo, fazendo a minha pele arrepiar assim que sussurrou em meu ouvido.

Vini: Cachorra gostosa, tá me atiçando né filha da p**a.

Ele nos fez levantar com o corpo colado, depois me afastou alguns centímetros e tirou a camisa e então pude ter o vislumbre daquele corpo malhado. 

Eu automaticamente me ajoelhei diante dele que riu.

Vini: É uma putinha por natureza. 

Novamente segurou em meu cabelo e me conduziu até seu membro. 

Vini: Que boca é essa? Ahhhh caralho.

Ele acha que está no comando da situação, só dei um gostinho do que vai ser nossa noite, porque eu realmente quero que aconteça. 

Não sou santa como já disse, tenho minhas relações, mas meu foco sempre foi e sempre vai ser minha carreira.

E vamos combinar que um homem desse te querendo não dá para ficar imune, não é?

Nos acabamos durante o restante da madrugada e o início da manhã.

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