Acordei com Xandra me beijando, o que me fez sorrir.
- Bom dia. - disse ela mexendo nos meus cabelos. - Temos que descer.
- Eu quero dormir mais um pouco. - Disse sonolento. - Minha cabeça está doendo.
- Quentin já veio te ver duas vezes. - ela avisou.
Levantei sentindo uma forte pontada na cabeça.
Vesti uma roupa social, acendi uma vela da memória e desci.
Quando cheguei à sala de jantar recebi a melhor surpresa de todas, as sete damas-da-lua estavam em pé ao redor da mesa.
Elas vieram até mim me abraçando e me beijando e eu não soube como reagir. Estava difícil entender as tantas emoções que passaram por mim nas últimas vinte e quatro horas. Abracei cada uma o mais forte que pude.
Me sentei e elas fizeram o mesmo. Xandra ficou a minha esquerda seguida por Éris, Persefoni, Andrômeda e Júlia. Lissandra sentou a
Fui para meu escritório, encontrando Quentin junto com Guadiri e Rômulo.Assim que entrei eles se levantaram e fizeram reverência.- Senhores, eu serei breve. - falei sentando em minha cadeira. - Rômulo, como representante do povo, o que tem a dizer de tudo o que tem ocorrido?- Majestade, - cumprimentou respeitosamente. - O povo está cheio de esperança, e tem gostado muito do seu reinado. - Ele sorriu abertamente. - O senhor é o primeiro a se importar com o nosso culto e com a nossa natureza. E em relação aos navoritas também está tudo bem.- Que bom. - comemorei - Agora eu quero que você se encontre com Mary, uma das minhas damas-da-lua, e faça um levantamento do que o povo está precisando de mais básico.- Sim, majestade. - Ele fez uma reverência e saiu.- Guadiri, o ritual da lua-cheia será junto com meu casamento, e Quentin
A família toda estava indo para Vênus, menos meu irmão, que estava muito ocupado preparando seu próprio casamento.Eu estava muito nervosa por causa das coisas que Percy havia me falado, mas tentei não pensar em nada disso.Nick havia ficado em Solares com a sua mãe, mas meu tio Lucas, minha mãe, meu pai, minhas damas e as damas de minha mãe estavam indo.Conforme nos aproximávamos do destino eu ia ficando ainda mais nervosa.Jhonas nos recebeu junto com sua mãe, que era uma mulher bem bonita, mesmo que já estivesse indo para os seus cinquenta anos.Fiz uma reverência para Jhonas e abracei a mãe dele. Esperei que todos se cumprimentassem e então nós entramos.Jhonas nos levou até o salão onde já havia algumas pessoas sentadas a uma grande mesa. Eles se levantaram assim que entramos.- Espero que não se imp
Na manhã seguinte todos esperavam que Jhonas e eu passássemos um tempo juntos, mas ao invés disso eu pedi a minha mãe que preparasse tudo para irmos embora logo depois do café da manhã.Jhonas se despediu educadamente de mim, como sempre fazia, mas minha mãe percebeu que alguma coisa não estava certa.- Filha, o que aconteceu? - ela perguntou quando já estávamos no jatinho.Ela estava ao meu lado e os outros estavam um pouco distraídos demais para nos ouvir.- Jhonas e eu tivemos uma discussão. - contei - Ele falou mal do Percy e eu fiquei brava.- Ah. - ela compreendeu - Não o culpe filha. As pessoas costumam criticar o que não conhecem. E infelizmente Jhonas não é o único que pensa coisas ruins sobre o Percy.- É, mas comparar o meu irmão com o... - Parei de falar. - Esquece. Você tem razão.
Por mais que eu encarasse o mapa não conseguia decifrar por onde Shomungo poderia atacar. Havia três rotas boas para o ataque se eles tomassem Mercúrio.Ao nordeste invadiriam Urano por terra durante a noite, pois a maior fraqueza deles era o seu desleixo em treinar e patrulhar na área por causa dos pântanos. Shomungo também poderia atacar Solares que fica ao noroeste, mas seria muito difícil, pois a guarda de lá era forte, porém um ataque aéreo seria eficaz durante o dia. Vênus ao sudoeste é a segunda melhor opção, o poder militar de Vênus é mínimo atualmente. No fundo do meu coração eu até queria que Shomungo acabasse com eles, mas havia muitas pessoas que não mereciam ser punidas por causa dos seus reis. E se eles atravessassem Vênus, poderiam chegar até mim. O ataque menos provável era ao reino de Marte, que fic
Já fazia um tempo que eu não me sentava no trono, um cadeirão de madeira rústica e nodosa dura demais, mas coberto de peles de cervos e lobos. Haviam esculpido nos apoios dos braços uma cabeça de coruja e uma cabeça de gato que deixavam o trono ornamentado demais para meu gosto, mas era assim que tinha que ser.Olhei para a longa mesa do conselho. Todos estavam sérios e preocupados, e não era para menos, estávamos falando de uma provável guerra.- Eu sei que Vênus, Marte e Urano vão querer atacar de imediato. – eu falei.- E seria um poderoso ataque majestade. - comentou Rômulo – Há alguma chance de eles perderem?- Sim, e vão. - Olhei para Éris, Melissa e Dionísia. Mesmo elas tendo abandonado seus reinos, ainda eram seus antigos lares. - Eu não farei nada até ter toda informação do meu inimigo
Eu estava muito nervosa para conhecer melhor as noivas do meu irmão e as "damas da lua", como ele chamava.Segurei bem firme a caixa que carregava o vestido da noiva. Eu queria entregar para ela pessoalmente, mas estava com um pouco de medo do que ela iria achar dele.Eu sempre me sentia insegura com as coisas que eu fazia.No avião estava eu, meu pai e Nick. Meu tio-avô Lucas e Camille ficaram em Solares, pois só viriam no dia do casamento.Meu irmão não veio nos receber, mas Lissandra estava na porta, conversando com a minha mãe quando eu cheguei.Ela me cumprimentou com um abraço, o que me surpreendeu um pouco, pois não era o costume.- É um grande prazer recebê-los. - ela disse com um sorriso sincero. - E como já estão todos aqui, vamos entrar. Eu vou mostrar o castelo a vocês.Nós a seguimos até o interior e fomos levadas
Eu queria muito passar um tempo só com a minha família, mas a tradição ditava que aquele dia seria só das mulheres. O bom era que no dia seguinte eu teria a Tori só para mim e de quebra acabaria com um inimigo interno. Saí do escritório junto de Quentin e os Águarasa encontrando meu pai e Nicholas no corredor. - Já te expulsaram? - brincou Quentin ficando mais relaxado ao ver meu pai. - O senhor é pai do noivo, venha com a gente. - Eu não me lembro dessas tradições. – comentou. Ele me parecia estressado e não havia me olhado nos olhos como sempre fazia. - As coisas aqui estão... Diferentes. - Algo não te agrada meu pai? - perguntei direto. - Fale logo. - Não é nada com você, eu só... - Bufou. - Sei lá. - Está frustrado porque seu filho fez mais em meses do que você fez em anos. - completou Quentin - Eu também estou orgulhoso dele. - É tocante seus dois pais babando em você Percy. - brincou Nick - É t
As quatro noivas do meu filho estavam muito curiosas com o passado dele e eu fiquei feliz em mostrar meu álbum de fotos para elas.A vida toda de Eduardo e Victoria estava documentada naquelas fotos e elas me traziam memórias muito felizes, mas também me deixavam deprimida, pois me faziam lembrar de que esse tempo nunca mais voltaria.A primeira foto do álbum era minha, com uma barriga enorme, que quase parecia que ia explodir. E era exatamente assim que eu me sentia naquela época, como se eu fosse explodir.Aquela foi uma fase difícil, em que eu mal conseguia dormir, andar ou respirar por causa da barriga. E isso por que eu ainda nem havia acabado de completar oito meses de gravidez.A próxima foto era dos dois em meus braços, quando haviam acabado de nascer, e com Felipe sentado na cama ao meu lado.Aquele dia havia sido o mais doloroso e assustador que eu já havia vivido, mas tamb&ea