Na manhã seguinte todos esperavam que Jhonas e eu passássemos um tempo juntos, mas ao invés disso eu pedi a minha mãe que preparasse tudo para irmos embora logo depois do café da manhã.
Jhonas se despediu educadamente de mim, como sempre fazia, mas minha mãe percebeu que alguma coisa não estava certa.
- Filha, o que aconteceu? - ela perguntou quando já estávamos no jatinho.
Ela estava ao meu lado e os outros estavam um pouco distraídos demais para nos ouvir.
- Jhonas e eu tivemos uma discussão. - contei - Ele falou mal do Percy e eu fiquei brava.
- Ah. - ela compreendeu - Não o culpe filha. As pessoas costumam criticar o que não conhecem. E infelizmente Jhonas não é o único que pensa coisas ruins sobre o Percy.
- É, mas comparar o meu irmão com o... - Parei de falar. - Esquece. Você tem razão.
Por mais que eu encarasse o mapa não conseguia decifrar por onde Shomungo poderia atacar. Havia três rotas boas para o ataque se eles tomassem Mercúrio.Ao nordeste invadiriam Urano por terra durante a noite, pois a maior fraqueza deles era o seu desleixo em treinar e patrulhar na área por causa dos pântanos. Shomungo também poderia atacar Solares que fica ao noroeste, mas seria muito difícil, pois a guarda de lá era forte, porém um ataque aéreo seria eficaz durante o dia. Vênus ao sudoeste é a segunda melhor opção, o poder militar de Vênus é mínimo atualmente. No fundo do meu coração eu até queria que Shomungo acabasse com eles, mas havia muitas pessoas que não mereciam ser punidas por causa dos seus reis. E se eles atravessassem Vênus, poderiam chegar até mim. O ataque menos provável era ao reino de Marte, que fic
Já fazia um tempo que eu não me sentava no trono, um cadeirão de madeira rústica e nodosa dura demais, mas coberto de peles de cervos e lobos. Haviam esculpido nos apoios dos braços uma cabeça de coruja e uma cabeça de gato que deixavam o trono ornamentado demais para meu gosto, mas era assim que tinha que ser.Olhei para a longa mesa do conselho. Todos estavam sérios e preocupados, e não era para menos, estávamos falando de uma provável guerra.- Eu sei que Vênus, Marte e Urano vão querer atacar de imediato. – eu falei.- E seria um poderoso ataque majestade. - comentou Rômulo – Há alguma chance de eles perderem?- Sim, e vão. - Olhei para Éris, Melissa e Dionísia. Mesmo elas tendo abandonado seus reinos, ainda eram seus antigos lares. - Eu não farei nada até ter toda informação do meu inimigo
Eu estava muito nervosa para conhecer melhor as noivas do meu irmão e as "damas da lua", como ele chamava.Segurei bem firme a caixa que carregava o vestido da noiva. Eu queria entregar para ela pessoalmente, mas estava com um pouco de medo do que ela iria achar dele.Eu sempre me sentia insegura com as coisas que eu fazia.No avião estava eu, meu pai e Nick. Meu tio-avô Lucas e Camille ficaram em Solares, pois só viriam no dia do casamento.Meu irmão não veio nos receber, mas Lissandra estava na porta, conversando com a minha mãe quando eu cheguei.Ela me cumprimentou com um abraço, o que me surpreendeu um pouco, pois não era o costume.- É um grande prazer recebê-los. - ela disse com um sorriso sincero. - E como já estão todos aqui, vamos entrar. Eu vou mostrar o castelo a vocês.Nós a seguimos até o interior e fomos levadas
Eu queria muito passar um tempo só com a minha família, mas a tradição ditava que aquele dia seria só das mulheres. O bom era que no dia seguinte eu teria a Tori só para mim e de quebra acabaria com um inimigo interno. Saí do escritório junto de Quentin e os Águarasa encontrando meu pai e Nicholas no corredor. - Já te expulsaram? - brincou Quentin ficando mais relaxado ao ver meu pai. - O senhor é pai do noivo, venha com a gente. - Eu não me lembro dessas tradições. – comentou. Ele me parecia estressado e não havia me olhado nos olhos como sempre fazia. - As coisas aqui estão... Diferentes. - Algo não te agrada meu pai? - perguntei direto. - Fale logo. - Não é nada com você, eu só... - Bufou. - Sei lá. - Está frustrado porque seu filho fez mais em meses do que você fez em anos. - completou Quentin - Eu também estou orgulhoso dele. - É tocante seus dois pais babando em você Percy. - brincou Nick - É t
As quatro noivas do meu filho estavam muito curiosas com o passado dele e eu fiquei feliz em mostrar meu álbum de fotos para elas.A vida toda de Eduardo e Victoria estava documentada naquelas fotos e elas me traziam memórias muito felizes, mas também me deixavam deprimida, pois me faziam lembrar de que esse tempo nunca mais voltaria.A primeira foto do álbum era minha, com uma barriga enorme, que quase parecia que ia explodir. E era exatamente assim que eu me sentia naquela época, como se eu fosse explodir.Aquela foi uma fase difícil, em que eu mal conseguia dormir, andar ou respirar por causa da barriga. E isso por que eu ainda nem havia acabado de completar oito meses de gravidez.A próxima foto era dos dois em meus braços, quando haviam acabado de nascer, e com Felipe sentado na cama ao meu lado.Aquele dia havia sido o mais doloroso e assustador que eu já havia vivido, mas tamb&ea
O jantar havia sido delicioso, minhas esposas e as damas-da-lua encheram minha mãe e minha irmã de perguntas.Minha mãe estava bem animada. Ela mordeu um pedaço de pavão assado com batatas e cebola e sorriu.Meu pai e Nick quase não disseram uma palavra, mas também sorriram e se divertiram. Era estranho como, mesmo sabendo de uma guerra, a gente se agarra a cada momento de felicidade.Depois do jantar Xandra ficou falando por horas de como tinha sido o dia dela e eu falei como tinha sido o meu de forma resumida, depois disso ela apagou e eu apenas cochilei.Encarei a lua cheia no meio do céu me sentindo feliz e animado.Coloquei minha roupa de treinamento: uma blusa preta, uma calça de camuflagem marrom, coturnos altos, minha faca serrilhada na cintura e uma bolsa com kit básico de sobrevivência.Saí pela varanda carregando outras duas bolsas. Atravessei at&ea
- Eu não consigo Percy! - gritou Tori agarrada ao tronco da árvore. - Estou escorregando!- Trave com as coxas e os pés, e puxe com os braços e empurre com as pernas. - falei do alto do galho. - É facinho. Imagine como se você fosse uma minhoca.- Uma minhoca?! – reclamou - Quando eu chegar aí, eu vou te mostrar o facinho na sua cara.Ela estava ensopa de suor.Havíamos deixado os quadricíclos na entrada da floresta e caminhado por um bom tempo. Tori não havia reclamado até que viu uma cobra enorme, levou um susto e caiu, machucando a palma da mão direita. Fiz a limpeza do machucado e curativo, mas depois disso ela não parou de reclamar.- Vai Tori. - disse motivando-a. - Se você subir aqui eu te dou uma banana para comer.Na academia Tori havia mostrado que tinha uma mira boa e ainda estava em forma para uma luta, já que às ve
Os dois primeiros dias que passei em Lunaris me trouxeram tantas informações que minha cabeça parecia que ia explodir.Vi o reino quase inteiro, aprendi várias coisas, conheci melhor as minhas cunhadas e descobri mais sobre o meu irmão. Também descobri que estávamos numa situação ainda mais perigosa do que eu imaginava. Muitas coisas estavam acontecendo sem que ninguém sequer percebesse. Isso sem contar com o fato de que eu e meu irmão quase fomos mortos, o que me deixou um tanto traumatizada.Mas, por mais que eu tivesse descoberto tudo isso, ainda havia muitas coisas para serem reveladas.Um pouco mais tarde, depois que voltei do meu dia com o meu irmão, minha mãe apareceu no meu quarto.- Oi filha, está tudo bem? - ela perguntou hesitante antes de entrar.- Está sim. - eu menti.A verdade era que eu estava assustada e também mui