Toque sutil

Darlan

A noite está fresca, e o vento que sopra pela orla parece trazer uma promessa de algo que ainda não sei definir. Paro o meu carro em frente à lanchonete movimentada. As luzes amarelas do lugar criam um contraste suave com a escuridão da rua. Desligo o motor, deixando o barulho do movimento urbano preencher meus ouvidos.

É quando a vejo. Lizandra. Ela passa direto e vai até o balcão, com os cabelos ainda um pouco úmidos caindo sobre os ombros. Seu rosto carrega uma expressão pesada, e mesmo na penumbra percebo o brilho recente das lágrimas em seus olhos. Algo dentro de mim se contrai.

Ela não me vê se aproximando. Sento ao seu lado com naturalidade, como se aquilo fosse algo corriqueiro.

— Não sabia que você pilotava — comento, tentando suavizar a tensão evidente em seu corpo.

Ela se vira, surpresa ao me ver.

— Darlan? O que você está fazendo aqui?

Dou de ombros, mantendo o tom leve.

— Eu estava naquela mesa. E achei que talvez você precisasse de companhia.

Ela estreita os olho
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