Confessando

Darlan

Arranco a mordaça e olho diretamente nos olhos dele, onde o pânico dança como uma chama prestes a ser apagada.

— De onde veio a ordem para espalhar terror em nome da máfia argentina? — minha voz é baixa, mas afiada.

— Quem mandou pegar David Lambertini?

O desgraçado está trêmulo, suando frio. O cheiro de medo é quase palpável.

— Frederico! Pelo amor de Deus, não precisa nada disso!

— Ele matou Kiron, o antigo líder da gangue, e assumiu o poder. Quer um Lambertini para ficar rico e poderoso. O sonho dele é a velha Lambertini, ele é completamente fascinado...

— As filhas — ele continua, a voz trêmula. — Ele soube que as meninas são virgens, lindas... quer ser o primeiro, por status, tomar o dinheiro deles e, com sorte, ainda se casar com uma delas para aproveitar a herança.

Minha mãe. Minhas irmãs. Crianças.

Viro lentamente para David. Ele está rígido, o rosto rubro, os olhos marejados de ódio. Respiro fundo, tentando manter o controle.

— Yan, estou no meu limite. Você falou da
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