Matriarca

Liana Lambertini

O silêncio da casa me inquieta. Mas não é um silêncio qualquer. É pesado, quase opressor, como se estivesse prestes a ser rompido por uma tragédia anunciada. Um presságio. Meus instintos gritam, avisando-me de que algo está errado. Meus olhos percorrem os corredores, a sala, os lustres brilhando sob a luz amarelada da noite.

Vittorio e os meninos ainda não voltaram. Isso me consome. A noite avança e eles continuam lá fora, vulneráveis a um mundo onde qualquer erro custa vidas. Apreensiva, ando de um lado para o outro, meus dedos inquietos alisando a barra do vestido. A mesa de jantar ainda está posta. Eu mesma levei a comida para Vittorio e Dilton mais cedo, no escritório, mas eles mal tocaram nos pratos antes de saírem apressados.

Nenhum dos dois me disse o que estava acontecendo, mas eu vi nos olhos do meu marido. Vi no jeito que segurou minha mão por um segundo a mais antes de partir, como se quisesse me dizer algo e não conseguisse. Vi no olhar de Dilton, que evit
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