DavidO sangue corre em minhas veias como fogo líquido. O campus da faculdade está lotado, mas nada ao meu redor faz sentido. Só uma coisa ocupa minha mente, a Lizandra. Desde que nos afastamos, a minha vida tem sido um caos absoluto. E hoje, pela primeira vez, estou disposto a cruzar qualquer linha para resolver isso de uma vez.Me encosto em uma coluna e destravo meu celular. Eu sou um Lambertini, e Lambertinis não aceitam perder. Invado discretamente o sistema do celular dela e descubro que ela está saindo com a Maia. Ela trocou mensagens com o Malta e ele está com a mãe, então vai ser mais fácil do que pensei. Ligo para Lucca sem hesitar.— Preciso que dirija para mim. Vou mandar a localização. Sem perguntas.— Entendido. — ele responde com firmeza.Entrego a chave do meu carro quando ele chega.— Apenas dirija, não importa o que aconteça.Minha respiração é pesada quando localizo Lizandra na calçada. O vento bagunça seu cabelo, e seu rosto iluminado pela conversa com Maia me deix
DavidEla está trémula, a respiração descompassada. Seus olhos se abrem, fixando-se em mim com uma mistura de raiva e desejo.— Se você parar, eu te mato! — Eu te odeio — sussurra, mas suas mãos apertam meus ombros, suas pernas se enroscam mais em mim.— E eu te amo, Liza. O suficiente para não te deixar escapar nunca mais,.As minhas roupas desaparecem com urgência, e a lingerie dela segue o mesmo caminho. Não há mais barreiras entre nós. Meu membr0 se esfrega contra a sua entrada molhada, arrancando um gemido desesperado de Lizandra. Ela se contorce, e afasta as pernas, até pensa em me desafiar, mas eu conheço cada ponto do seu corpo. Sei como fazê-la ceder.Entro nela com cuidado, deslizo lentamente, sentindo seu calor apertado me envolver. Um gemido bruto escapa dos meus lábios, o prazer beirando a insanidade.— Você é minha. — sussurro contra o seu ouvido.Começo a me movimentar, lento, saboreando cada sensação. Lizandra me acompanha, seus gemidos massageando a minha alma. Ela me
DanielDepois da aula, estou saindo quando presencio a cena, David captura Lizandra no meio da rua, a coloca no carro e parte em alta velocidade. Meu primeiro instinto é intervir, mas conheço aquele desgraçado bem o suficiente para saber que ele jamais machucaria a mulher que ama. Suspiro, encosto o carro e faço um gesto para Maia.— Precisa de carona? — pergunto, com um sorriso de canto.Ela hesita por um instante antes de dar de ombros e aceitar. Assim que entra no carro, pergunto o que aconteceu.— Ele tentou conversar, mas Lizandra não quis. O resto você viu. — Ela jogga o cabelo para trás, expondo a curva do pescoço. Meu olhar acompanha o movimento e um pensamento perigoso cruza a minha mente.— Vai pra casa? — questiono.— Preciso estudar. — ela responde, mas seu tom de voz tem uma provocação sutil.O convite sai naturalmente. Minha casa fica perto, e estudar na minha companhia parece uma ideia melhor. Quando chegamos, Maia se sente à vontade. Tomamos um suco na cozinha e depoi
Nina O ar fresco de Bariloche tocava meu rosto enquanto eu cruzava a avenida principal em direção ao hotel. Após uma manhã de compras rápidas, meus braços carregavam sacolas de roupas novas. As vitrines elegantes haviam me distraído mais do que eu esperava, mas pelo menos estava satisfeita com o que havia escolhido.Meu celular vibrou dentro da bolsa. Era o David.— Finalmente! — murmurei, pegando o aparelho.A mensagem dele era clara: "Leve a encomenda e entregue ao Santiago. Te mandei a localização."Suspirei com irritação. Esperava passar o dia em paz, sem lidar com nenhum amigo metido dele. David tinha contato com pessoas estranhas, algumas posso descrever como excêntricas, empresários arrogantes ou playboys entediados que se achavam o centro do universo. Já estava sem paciência para gente desse tipo.— Espero que esse Santiago não seja um velho barrigudo do pau pequeno que se acha um Don Juan — resmunguei para mim mesma.Subi para o quarto, peguei a tal "encomenda" e segui para
Derick HornO cheiro de café forte se mistura ao leve odor de metal e óleo das armas que estão sendo desmontadas no balcão da minha empresa. Meus olhos analisam cada detalhe do ambiente, atentos a qualquer movimento suspeito. A segurança é a base do meu trabalho, e qualquer descuido pode ser fatal. Estou organizando os últimos detalhes de um contrato quando a porta se abre e Nara entra.Ela anda com firmeza, a postura ereta e os olhos afiados. Jovem, nascida na máfia, treinada para isso desde o berço. Agora será responsável pela segurança da peste da minha irmã. Raíssa pode não ser resistente, mas não significa que sempre aceita tudo. E qualquer um que tente se aproximar dela sem permissão vai descobrir isso da pior forma possível.— Derick, estou aqui para receber as instruções sobre a escolta de Raíssa. — A voz dela é direta, sem rodeios.Cruzo os braços e encosto no balcão, observando-a com atenção. Nara tem um porte atraente, corpo bem delineado e um ar de confiança que a torna a
Lizandra O destino tem um jeito cruel de brincar com a gente. Um dia, estamos firmes, decididas, donas de nós mesmas. No outro, uma simples mensagem pode fazer o mundo girar tão rápido que mal conseguimos respirar.Estou em casa quando o telefone toca. Minha mãe.— Filha, marquei uma consulta para você com uma médica de confiança. Trabalhamos juntas no hospital. Ela é excelente. Achei que você gostaria que eu acompanhasse essa primeira etapa.Meu coração dispara. Não sei o que me emociona mais, saber que minha mãe quer estar ao meu lado ou o fato de que finalmente tudo isso está se tornando real.— Mãe, obrigada! Sim, pode marcar o pré-natal. Eu quero muito.Desligo e me pego sorrindo. Imagino um pequeno ser nos meus braços, seu cheiro doce, seus dedos segurando os meus. Um amor inexplicável me envolve, e de repente, me sinto mais forte. Me arrumo rapidamente e sigo para a faculdade.Aula assistida, anotações feitas, está na hora de ir para casa. Mas antes, passo na biblioteca para p
DavidFingir que não estou aqui? Nem pensar. Lizandra pode tentar me ignorar, mas sabe que não sou do tipo que se deixa de lado tão facilmente.— Lizandra.Nada. Nem um olhar.— Me acompanhe.Ela revira os olhos, pegando os livros como se eu fosse um incômodo passageiro.— David, me deixa em paz.Me inclino ligeiramente, deixando minha voz baixa, mas firme.— Não quer mesmo discutir aqui. Sabe que precisa de silêncio na biblioteca.Vejo a fúria crescer nos olhos dela. O ódio. E, ainda assim, aquele arrepio involuntário que denuncia o que ela não quer admitir. Ela segura os livros com força, os dedos apertados nas capas, e me encara. Sei que venci essa.— Pisa leve. — Provoco, deixando um sorriso sarcástico escapar.Ela anda na minha frente, pisando firme, contrariada, enquanto a sigo até uma das salas reservadas. Assim que a porta se fecha, ela se vira, a raiva brilhando em seus olhos.— O que você quer, David? Não é o bastante ter me feito de idi0ta? Agora quer brincar mais um pouco?
David O cheiro de metal e desinfetante toma conta do ambiente assim que atravesso a porta reforçada do subsolo 2 do Sexy Night Club. Não importa quantas vezes eu venha aqui, o contraste entre o caos do club e a precisão cirúrgica do laboratório sempre me pega de surpresa. Tudo brilha em ordem impecável, bancadas limpas, instrumentos organizados com a meticulosidade de um relojoeiro e uma temperatura rigidamente controlada. Os bips constantes das balanças de precisão se misturam ao leve zumbido dos ventiladores industriais.O subsolo 1, logo acima de mim, é o verdadeiro arsenal da organização, um estoque meticulosamente guardado de armas e drogas. Aquela parte é um inferno de munições e pacotes selados, o tipo de lugar onde qualquer passo em falso pode custar caro.Coloco uma cápsula na cafeteira da copa, observando o líquido negro e fumegante preencher meu copo. Estou concentrado no aroma amargo quando escuto o som da porta se abrindo. Helena entra sem perceber a minha presença, a te