Morrer como homem?

Don Vittorio

O cheiro do porão é sempre o mesmo. Ferro, suor e medo. Um perfume de desespero impregnado nas paredes de concreto, onde tantos desafortunados já conheceram a verdadeira justiça. Caminho lado a lado com Dilton, meu velho amigo e conselheiro, nas sombras dessa máfia que ainda pulsa nas veias argentinas, forte como uma maldição que nunca se apaga. O ambiente é escuro, úmido, mas meus olhos, acostumados à penumbra, enxergam muito além do que qualquer um gostaria de ver.

Hoje é o dia de Frederico. Esse desgraçado não faz ideia do inferno que o aguarda. No galpão, Darlan, Derick e David já o esperam, cada um com seu próprio demônio interior à flor da pele. David, frio como um general prestes a esmagar um inimigo. Darlan, impaciente como uma bomba-relógio prestes a explodir. E Derick... bem, Derick é uma entidade à parte, um anjo sádico que prefere brincar com suas presas antes de despachá-las para o inferno.

— Eles só começam quando eu chegar — digo a Dilton, minha voz soando
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