Insegurança

Lizandra Hurst

Eu finjo que não o vejo, mas é impossível ignorar David Lambertini. Ele está encostado no carro dele, a arrogância estampada no rosto, como se o mundo fosse dele. E talvez seja. Pelo menos o meu mundo está perigosamente girando em torno dele ultimamente.

— Estou de saída, Lizandra. Quer uma carona? — a voz dele é casual, mas carrega aquela confiança insuportável.

Nem olho para ele direito enquanto respondo:

— Não, obrigada. Prefiro ir andando.

Minha resposta é ríspida, como sempre. Não sei por que ele insiste. Aliás, sei sim. Ele está acostumado a conquistar tudo e todos. Só que eu não vou ceder. Não posso.

Só que quando eu menos espero, ele já está no carro, dirigindo devagar ao meu lado. Baixa o vidro e me encara com aqueles olhos azuis que parecem ver através de mim.

— Entra no carro, Lizandra.

— Já disse que não quero carona, David.

Mas ele sai do carro, me pega pelo braço e, antes que eu possa me soltar, me puxa para perto e me beija. Eu deveria ter gritado, ter me
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