Emily Christopher e Daniel se sentaram à mesa do jantar, e se eu não os conhecesse bem diria que há uma rivalidade entre os dois. O meu irmão apesar de ser o caçula, sempre foi ciumento, me lembro como ele era controlador com a minha mãe, não é de se estranhar que tenha se incomodado com a presença do Christopher em nossas vidas. Tento conduzir o jantar da forma mais amena possível, mas o excesso de testosterona é uma realidade inegável, Christopher praticamente rosna as palavras, quando lhe perguntei o que achou do assado. Enquanto Daniel dá um sorriso que paira entre encabulado e chateado. — A comida estava excelente, Emily. Vou para o quarto e... Christopher, obrigado por nos hospedar tão gentilmente em sua casa. Christopher lançou um olhar enviesado para Daniel que se retirou despreocupadamente, espero que Daniel desapareça do nosso campo de visão para confrontar Christopher. — O que aconteceu com vocês dois? — encaro Christopher veemente, os seus olhos estão semicerrados
Christopher O grito de Emily soa como música para os meus ouvidos, e aquela escuridão que há anos eu escondi dentro de mim, por baixo de uma máscara de perfeccionismo e controle absoluto, definitivamente se foi. — Eu vou foder você, Emily! E depois de hoje você terá que escolher: ir embora ou casar-se comigo. — Está me pedindo em casamento, Sr. Donovan? Posso sentir a respiração de Emily próxima do meu rosto, ela ofega, enquanto o seu corpo já está completamente rendido em meus braços. Aprisiono as suas mãos atrás do seu corpo, enquanto continuo a lhe conceder permissões. — Estou te dando uma sentença! Não vai poder vacilar em sua decisão, terá o tempo que precisar para se decidir, mas se resolver ficar, vai ter que entender que ou eu vou controlar a sua vida completamente, ou a raiva será um tempero agridoce e permanente em nossa cama! Algo em meu olhar fez com que Emily recuasse, dando alguns passos atrás até se chocar com a parede. Coloquei as duas mãos espalmadas ao
Christopher Solto seu queixo e me afasto alguns passos, dando-lhe espaço para processar onde estamos e o que isso significa. Para Emily, essa é uma nova realidade; para mim, é um retorno a algo que nunca deixei completamente para trás. Tento não pensar em quanto isso me excita, em quanto a vulnerabilidade dela aqui, neste lugar, alimenta o lado mais perverso da minha alma. — O que aconteceu com você? — ela sussurra, uma súplica quase inaudível. — Isso é o que eu realmente sou, Emily. Precisa confiar em mim e se perder na escuridão junto comigo. Eu vou estar aqui, observando cada momento em que você cede. Porque, no fim, você vai se render. — A última sentença escapa dos meus lábios como uma promessa, uma sentença inevitável. Emily está suspensa, vulnerável e rendida ao jogo que começou sem entender as regras. E enquanto observo seu corpo estremecer de ansiedade e medo, sei que o Dragão finalmente voltou para reivindicar o que sempre foi dele: controle absoluto.Em um canto do gal
Christopher Solto os ganchos que mantinham Emily suspensa, o som metálico ecoando pelo galpão enquanto a deixo novamente no chão. Suas pernas vacilam ao toque do concreto frio, e eu a seguro com firmeza, mas com uma delicadeza que contradiz o ambiente ao nosso redor. Ela parece tão frágil, quase como uma boneca prestes a se quebrar, e, por um momento, o contraste entre a brutalidade do lugar e a suavidade dela me envolve em um sentimento de possessividade avassaladora.Com cuidado, coloco-a deitada no chão, posicionando-a com precisão, como se cada movimento fosse parte de uma coreografia calculada. Suas mãos, ainda algemadas, são unidas por um fecho de couro, e eu as prendo em um terceiro gancho no chão, mantendo seus braços esticados acima da cabeça. Ela está à mercê de cada um dos meus toques, de cada uma das minhas intenções, sem saber o que esperar.Emily respira fundo, tentando se adaptar à nova posição, seus sentidos ainda mais aguçados pela privação da visão. Seus lábios tre
Christopher Minha mão continua explorando, pressionando levemente, provocando-a a cada segundo. Emily arqueia as costas, seu corpo inteiro respondendo ao meu toque com uma urgência quase dolorosa. Suas pernas se movem involuntariamente, buscando mais, ansiando pelo contato que a mente dela não consegue mais controlar. — Você vai sentir cada segundo disso, Emily — prometo, abaixando-me até meus lábios estarem perto dos seus, mas sem tocá-los. — E vai lembrar que ninguém, além de mim, pode te fazer se sentir assim. Ela tenta se aproximar, seus lábios buscando os meus, mas recuo levemente, mantendo o jogo de provocações. Quero que ela implore, que se renda ao prazer que está à beira de transbordar. A cada carícia, seus gemidos se tornam mais frequentes, seu corpo treme sob o meu, incapaz de lidar com a intensidade do que está sentindo. Quando finalmente meus dedos se afastam, Emily solta um gemido frustrado, como se a ausência do toque fosse insuportável. Eu a encaro por um mome
Christopher Ainda ofegante, Emily me encara, exausta, mas entregue, e por um instante, sinto algo além do desejo; é uma cumplicidade inesperada, uma ligação que transcende a luxúria e toca as partes mais sombrias de nossas almas. Sem dizer uma palavra, a ajudo a se levantar, a delicadeza dos meus movimentos contrastando com a intensidade do que acabamos de viver. Encontro uma manta dobrada em um canto do galpão, um tecido que parece deslocado neste lugar brutal, mas que agora se torna um refúgio temporário para o corpo fragilizado de Emily. Envolvo-a cuidadosamente, cobrindo seu corpo com a suavidade que só eu conheço, protegendo-a do frio e da vulnerabilidade exposta. — Venha, vamos para casa — murmuro, minha voz suave, mas firme, enquanto a carrego em meus braços. Ela não resiste, simplesmente se aninha contra mim, seu corpo mole e relaxado, exausta de todas as formas possíveis. Caminho com ela até o carro, cada passo ecoando na escuridão do galpão, enquanto a mantenho segura e
Christopher — Você precisa controlar isso, porra — resmungo, sentindo o peso da responsabilidade se avolumar nos meus ombros. Mas ao invés de respostas, tudo o que consigo é mais um gole, mais um passo na linha tênue entre quem eu sou e quem eu temo me tornar. No fundo, sei que preciso ser mais forte. Por mim. Por ela. E por tudo o que estamos construindo, mesmo que essa construção seja feita em cima de ruínas.Fico ali, perdido no reflexo turvo do copo vazio, observando o rosto de um homem que luta com seus próprios demônios. A sala está quieta, mas há uma tensão no ar, um peso que não pertence só a mim. Mesmo com o álcool correndo em minhas veias, sinto que não estou sozinho. Há algo, ou alguém, me observando das sombras.Em um movimento rápido, movido pelo instinto que nunca me abandonou, salto para o escuro e agarro o intruso pelo pescoço. Meus dedos apertam com firmeza, sentindo a pulsação acelerada sob a pele. Ouço um engasgo abafado, e quando os olhos se ajustam à penumbra, pe
Christopher — São três trabalhos, Christopher. Três operações que vamos executar juntos. E quanto às informações sobre aquela operação que te derrubou, eu sei mais do que você imagina. Mas cabe a você decidir se isso vale o risco. Se quiser saber, vai ter que se comprometer até o fim — ele diz, a voz carregada de um desafio que ressoa no silêncio da sala. A raiva borbulha dentro de mim, e por um instante, o desejo de esmagar o garoto contra a parede e arrancar a verdade à força é quase incontrolável. Me aproximo de Daniel, e ele, pela primeira vez, parece perceber que a linha entre provocação e perigo está mais tênue do que nunca. — Se você estiver mentindo para mim sobre o que sabe, Daniel, eu juro que te mato com as minhas próprias mãos. Não pense nem por um segundo que eu vou hesitar. — Minha voz sai baixa, mas carregada de uma ameaça real, e eu vejo o leve tremor em seu olhar antes de ele compor novamente aquela máscara de confiança. Daniel engole em seco, mas não recua. Ele