Christopher — O que você está falando? — Eu sei quem a levou, reconheci um dos homens — Roman começou a falar — a máfia russa está com ela, a nossa luta foi só uma distração. — Como pode ter certeza? — Emily foi sequestrada pela minha família! Parti pra cima dele novamente, disposto a terminar o que havia iniciado no ringue. — Christopher! Christopher! Temos que ir embora — era o Ralf, me segurando e tirando de cima do Roman. — Logo esse lugar estará repleto de policiais, você quer ser pego? — Ralf, levaram a Emily! — Como assim, ela estava aqui? — ele perguntou, entendendo o meu desespero. — Fomos ingênuo em acreditar que ela não viria! — Roman interferiu. — CULPA SUA! SEU DESGRAÇADO! — Sim, pode até ser minha culpa. Mas, se quiser ter ao menos uma chance de encontrá-la viva, vai precisar de mim! — Vamos sair daqui — lancei um olhar furioso pra ele. — Vamos para a minha casa! Vamos precisar de uma equipe, eu vou reunir o meu pessoal e vamos rastreá-los.
Emily Minha cabeça doía absurdamente, e aos poucos as lembranças dos últimos acontecimentos foram voltando como raios que atingiram diretamente o meu coração. Olhei ao redor, aos poucos me acostumando com a escuridão do local. O cheiro de mofo e óleo queimado impregnava o ar, e a luz fraca de uma lâmpada pendurada no teto iluminava parcialmente o ambiente. Minhas mãos estavam amarradas firmemente atrás das costas, e meus tornozelos, igualmente presos, limitavam qualquer possibilidade de fuga. O pânico começou a tomar conta de mim, mas respirei fundo, tentando manter a calma. Eu precisava encontrar uma maneira de sair dali. O som de passos ecoou pelo galpão, aproximando-se. A porta de metal rangeu ao ser aberta, revelando dois homens corpulentos, vestindo roupas escuras. Um deles segurava um celular e, com um sotaque carregado, falou em russo antes de se dirigir a mim. — Ela acordou. Ótimo. — Ele disse em um inglês marcado pelo sotaque, aproximando-se com um sorriso frio. —
Christopher Emily olhava pra mim decepcionada. — Você é ele! Você é o Dragão! — Emily... Eu não queria... — Não queria o que? Me manipular? Brincar com os meus sentimentos? Fazer com o que eu me sentisse péssima sem saber quem era o pai do meu bebê, enquanto você sabia o tempo inteiro? — Emily... por favor... — eu queria me explicar, mas a dor estava me deixando tonto e fraco demais. — Por favor? — ela deu um sorriso cheio de amargura. Emily levantou e chamou um dos seguranças. — Ajudem-o, e chamem um médico. Eu não sei como ajudá-lo! — A ambulância já está a caminho. Com licença Sr. Donovan, irei pressionar a ferida para que não perca mais sangue. Ralf apareceu ofegante. — Roman fugiu! — É claro que fugiria, covarde. Emily se voltou para Ralf, ostentando uma indignação aceitável para a situação. — Você sabia? Pensando melhor, você é realmente um advogado? Não minta mais, eu vou descobrir a verdade. — Srta. Carter... — Ralf fez um gesto com a cabeça, resig
Emily — Para quê precisa de dinheiro, Emily? — Ele perguntou, seu tom misturando curiosidade e preocupação. Eu hesitei, meus olhos evitando os dele. Finalmente, suspirei e resolvi revelar a verdade. — Eu quero ir embora do país. Meu irmão está melhorando, e assim que ele tiver alta, planejo ir embora. — Ir embora? Por quê? — Ele perguntou, alarmado. — Preciso de um novo começo. Esse lugar... está cheio de memórias que não quero carregar para sempre. Quero um lugar onde eu possa criar meu filho em paz, longe de tudo isso. — Emily, não posso permitir... — Aqui não é lugar para conversarmos! Eu estou trabalhando, peça uma bebida ou vá embora. — Whisky. E querida, bebo esse bar inteiro, mas daqui eu não saio até que volte atrás em sua decisão. Coloquei o copo de whisky na frente dele, sentindo seu olhar fixo em mim. — Eu estou decidida, Christopher. Vou morar na Europa com o Daniel. — Minha voz saiu firme, apesar do turbilhão de emoções dentro de mim. Ele estreitou o
Christopher Emily quer ir embora do país, mas eu não vou permitir. Custe o que quiser. — Já fui tolerante demais com os seus caprichos, entenda de uma vez por todas Emily, você me pertence! Eu a segurei com firmeza, minhas mãos apertando seus ombros enquanto ela se debatia. Suas lágrimas não me comoveram; pelo contrário, apenas fortaleciam minha determinação. Emily precisava entender que eu não estava brincando. Ela implorava para que eu a deixasse ir, sua voz trêmula e cheia de medo, mas eu não podia ceder. — Christopher, por favor, me deixe ir! — ela suplicava, mas sua resistência só aumentava minha frustração. Sem mais palavras, a arrastei para fora do clube, ignorando os olhares curiosos. Ela tentou resistir, mas eu era muito mais forte. No carro, ela continuou a protestar, mas eu estava decidido. Minhas mãos apertavam o volante com força enquanto dirigia rapidamente para minha mansão. Ao chegarmos, puxei Emily para fora do carro com uma força que a fez cambalear. Os
Emily— Ralf, que bom que chegou, ele está descontrolado! — O que aconteceu aqui, Sr. Donovan? — Ralf praticamente passou por cima do homem que continuava caído no chão.Christopher fez a sua melhor cara de paisagem, e voltou a ajeitar aquela gravata. Aquelas mãos! Como eu desejava aquela mão grande agarrando o meu pescoço. Respirei fundo, tentando afugentar os pensamentos safados que estava tendo, isso com certeza, era por conta dos hormônios da gravidez.— Vamos, Emily! — pensei em dizer não, mas ele me lançou um olhar daqueles que deixavam as minhas pernas moles.Tirei o avental, dei a volta no balcão e fiz sinal para o gerente avisando que estava indo embora. Não queria que Christopher fizesse uma cena, além do mais Melissa não tirava os olhos dele, o que já estava me deixando bastante irritada.— Respondendo a sua pergunta, eu não tenho medo de você. Só quero ficar longe!Christopher me deu um sorriso torto e passou um braço protetor em volta da minha cintura, fazendo uma leve p
Christopher Eu respirei fundo tentando encontrar as palavras, nunca foi fácil falar sobre isso, me servi de mais whisky para criar coragem. — Emily, você tem que entender que minha vida nunca foi simples. Cresci em um lar onde a violência era a regra, não a exceção. Meu pai era um tirano. Ele batia na minha mãe, em mim, e no meu irmão Charles como se fôssemos criminosos. Eu era apenas uma criança, tinha cinco anos quando minha mãe fugiu para salvar a própria vida. Ela nos deixou para trás, abandonados à mercê do nosso pai. — Ela não denunciou ele? — Emily perguntou, com os olhos arregalados. — Meu pai é policial, hoje está aposentado, mas ele sempre foi muito cuidadoso, tinha uma reputação acima de qualquer suspeita. Ele a prendia em casa até que os hematomas desaparecessem. — Christopher, isso é horrível... — Depois que minha mãe nos deixou, a violência só piorou. Meu pai descontava toda a sua raiva e frustração em nós. Eu cresci com uma raiva imensa dentro de mim, uma se
Emily Acordei com a claridade do sol atravessando a cortina verde musgo que pendia do teto até o chão, tateei a cama ao redor procurando pelo corpo musculoso de Christopher, mas ele não estava lá. Abri os olhos, e vi as nossas roupas no chão e sorri com a lembrança. Me levantei da cama, cobrindo o meu corpo com o lençol, olhei para o meu reflexo no espelho, o cabelo parecia uma juba de leão, completamente bagunçado, a forma selvagem que Christopher me possuiu, deixou marcas em meu corpo, deslizei os meus dedos pelos meus seios parcialmente expostos e quase soltei um gemido ao recordar da sua boca quente passando por ali, me sugando com precisão, me fazendo enlouquecer sob o seu corpo. — Já levantou, querida. Eu queria te surpreender com um delicioso café na cama... Me virei sobressaltada pela presença de Christopher no quarto. Ele estava perfeito apenas com uma calça de moletom, o cabelo úmido deixando uma mecha caído sobre os olhos, ele depositou a bandeja sobre uma escrivaninha