Christopher Emily voltou para casa com o Roman, eu queria ir até lá quebrar a cara dele e me resolver com ela. Meu sangue fervia só de imaginar os dois juntos por todo o fim de semana. Apertei o volante com força, meus dedos quase deixando marcas no couro. — Christopher, o que você pensa que vai fazer? — Eu tenho que falar com ela! — respondi, decidido. — Amanhã você fala com ela, você está com a cabeça quente, pode acabar fazendo besteira! — Ela é a mãe do meu filho tem que me respeitar! — eu ia descer do carro, mas Ralf agarrou o meu braço, me impedindo. — Ela acha que também pode ser do Dragão! O que você acha que ela vai fazer quando descobrir que a enganou? — Ralf, ela não pode descobrir. Assim que o bebê nascer, faremos um DNA e ela vai ter certeza que é meu. Assim a obrigo a largar o clube definitivamente e o Dragão poderá lutar em paz! Se Emily descobrir, não vai me perdoar... — Vamos embora Christopher! Emily já entrou e o Roman foi embora. Eu concordei
Emily Célia, a secretária do Christopher entrou de férias e eu fiquei no lugar dela. Agora ficando o dia todo juntos, Christopher não me dá um minuto de paz, e se eu não coloco limites, acabo passando mais tempo sentada em seu colo, do que na cadeira em minha sala. — Como está a minha secretária fatal? A pergunta dele, carregada de um tom provocador, me pegou de surpresa enquanto eu tentava me concentrar em um relatório importante. Christopher tinha essa habilidade irritante de quebrar minha concentração com um simples comentário. Levantei os olhos devagar, tentando disfarçar a irritação. Ele estava encostado no batente da porta do meu escritório, um sorriso malicioso nos lábios, os olhos azuis brilhando de divertimento. — Estou bem, obrigada. Trabalhando, como você pode ver — respondi, tentando me manter firme. Christopher entrou na sala sem ser convidado e se aproximou da minha mesa, seu perfume amadeirado preenchendo o ar ao seu redor. Ele se inclinou, apoiando as mãos n
Christopher Chamei Ralf para me levar pra casa, já que Emily foi embora mais cedo alegando dor de cabeça. Quando cheguei no estacionamento, Ralf estava andando de um lado para o outro e mexendo no cabelo. — Ralf, o que aconteceu. — Entre, senhor — ele abriu a porta do carro pra mim, estava furioso. Eu entrei no banco de trás e sentei. Ralf continuava mexendo no cabelo agitado. — Chega! O que está acontecendo? — Por que diabos você desafiou Roman para uma Batalha Mortal? Você se lembra da última vez Christopher? — Lembro — mais uma sombra no meu passado — ele merecia. — E você quase foi preso, se o Charles não tivesse dado um jeito! — Ele bufou de raiva e continuou. — Mas, por quê o Roman? — Ele usou um pretexto ridículo, para obrigar Emily a passar um final de semana com ele! — Você ficou louco! Quer matá-lo por estar com ciúmes? Quando Emily descobrir, ela nunca irá te perdoar, escute o que eu estou dizendo. Não acho que ela vai querer um... — Termina! Fale
Emily O grande dia chegou. O Dragão vai enfrentar o Roman, em uma luta até a morte, eu disse a todos que eu não iria trabalhar no clube essa noite, mas já planejei tudo, eu vou impedi-los de se matarem em um disputa sem sentido. Christopher insiste que eu vá jantar com ele, inclusive me deu um vestido especial para usar essa noite. É um vestido lindo de alcinha, em um tom de verde bem claro, o vestido é longo e ajustado ao corpo, coloquei uma sandália preta de tiras e optei por deixar o meu cabelo solto. A minha primeira tarefa será me livrar cedo de Christopher, mas pra minha sorte ele também parecia distante. Christopher me levou em um restaurante elegante no centro, o local era refinado, com iluminação baixa, que dava um ar intimista ao local. — Emily, nunca se esqueça o quanto eu te amo — Christopher segurou minha mão com força, seus olhos azuis refletindo a luz suave das velas. Eu forcei um sorriso e apertei sua mão de volta, tentando parecer presente. — Eu sei, C
Christopher Emily estava linda no jantar, com um vestido verde da cor dos seus olhos. Eu queria aproveitar a noite ao máximo com Emily, não sei o que vai acontecer com a luta de hoje. — Você está bem? — perguntei, tentando esconder minha própria ansiedade. — Estou um pouco cansada... Enquanto jantávamos, conversamos sobre tudo e nada, rindo de memórias passadas e compartilhando esperanças para o futuro. Mas no fundo da minha mente, a luta iminente nunca desaparecia completamente. Emily era meu porto seguro, e eu queria protegê-la de tudo, inclusive da incerteza que pairava sobre mim. — Eu te amo, Emily — murmurei, parando para olhar profundamente em seus olhos. Deixei tudo preparado para caso o pior aconteça, Emily e o meu filho possam viver tranquilamente. Depois do jantar, Emily estava cansada e a levei para casa. Precisava me preparar para a luta, então voltei para a mansão. — Christopher, você não deveria ir — Ralf estava aflito. — Não posso fugir disso — falei
Christopher — O que você está falando? — Eu sei quem a levou, reconheci um dos homens — Roman começou a falar — a máfia russa está com ela, a nossa luta foi só uma distração. — Como pode ter certeza? — Emily foi sequestrada pela minha família! Parti pra cima dele novamente, disposto a terminar o que havia iniciado no ringue. — Christopher! Christopher! Temos que ir embora — era o Ralf, me segurando e tirando de cima do Roman. — Logo esse lugar estará repleto de policiais, você quer ser pego? — Ralf, levaram a Emily! — Como assim, ela estava aqui? — ele perguntou, entendendo o meu desespero. — Fomos ingênuo em acreditar que ela não viria! — Roman interferiu. — CULPA SUA! SEU DESGRAÇADO! — Sim, pode até ser minha culpa. Mas, se quiser ter ao menos uma chance de encontrá-la viva, vai precisar de mim! — Vamos sair daqui — lancei um olhar furioso pra ele. — Vamos para a minha casa! Vamos precisar de uma equipe, eu vou reunir o meu pessoal e vamos rastreá-los.
Emily Minha cabeça doía absurdamente, e aos poucos as lembranças dos últimos acontecimentos foram voltando como raios que atingiram diretamente o meu coração. Olhei ao redor, aos poucos me acostumando com a escuridão do local. O cheiro de mofo e óleo queimado impregnava o ar, e a luz fraca de uma lâmpada pendurada no teto iluminava parcialmente o ambiente. Minhas mãos estavam amarradas firmemente atrás das costas, e meus tornozelos, igualmente presos, limitavam qualquer possibilidade de fuga. O pânico começou a tomar conta de mim, mas respirei fundo, tentando manter a calma. Eu precisava encontrar uma maneira de sair dali. O som de passos ecoou pelo galpão, aproximando-se. A porta de metal rangeu ao ser aberta, revelando dois homens corpulentos, vestindo roupas escuras. Um deles segurava um celular e, com um sotaque carregado, falou em russo antes de se dirigir a mim. — Ela acordou. Ótimo. — Ele disse em um inglês marcado pelo sotaque, aproximando-se com um sorriso frio. —
Christopher Emily olhava pra mim decepcionada. — Você é ele! Você é o Dragão! — Emily... Eu não queria... — Não queria o que? Me manipular? Brincar com os meus sentimentos? Fazer com o que eu me sentisse péssima sem saber quem era o pai do meu bebê, enquanto você sabia o tempo inteiro? — Emily... por favor... — eu queria me explicar, mas a dor estava me deixando tonto e fraco demais. — Por favor? — ela deu um sorriso cheio de amargura. Emily levantou e chamou um dos seguranças. — Ajudem-o, e chamem um médico. Eu não sei como ajudá-lo! — A ambulância já está a caminho. Com licença Sr. Donovan, irei pressionar a ferida para que não perca mais sangue. Ralf apareceu ofegante. — Roman fugiu! — É claro que fugiria, covarde. Emily se voltou para Ralf, ostentando uma indignação aceitável para a situação. — Você sabia? Pensando melhor, você é realmente um advogado? Não minta mais, eu vou descobrir a verdade. — Srta. Carter... — Ralf fez um gesto com a cabeça, resig