Christopher — Me devolve o pen drive e acabamos com isso! — o homem tinha o sotaque carregado, que eu não consegui identificar. — Nunca! — sorri, debochando da audácia do homem, apesar dele ter uma arma apontada pra mim, eu não seria parado por isso. Rapidamente, o desarmei. O homem era bom no corpo a corpo, mas eu era melhor, óbvio. — Christopher, chega! Vai matá-lo! — Emily, entre no carro! AGORA, PORRA! Deixei o homem caído no chão, e entrei no carro, no banco do motorista. Avisei a equipe de segurança que estava saindo do estacionamento. — Christopher... — Não é o momento, Emily! Seguimos o restante do caminho em silêncio. Entrei na garagem de casa, e Emily continuava amuada. — Qual a porra do problema, mulher? — Quero ir pra minha casa... — Combinamos que você ficaria aqui essa noite! — respondi, impaciente. — Não, nós não combinamos. Você decidiu isso sozinho! — Farei qualquer coisa pra te proteger. — Dei a volta no carro e a ajudei a descer. — Se eu
Christopher Cheguei no meu apartamento, a porta estava entreaberta, saquei a minha arma e entrei com cuidado. — Já está ficando chato isso de você apontar a arma para mim, Christopher. — Jack, o que você quer? — Trago novas informações! Soube do seu pequeno incidente no coquetel de Victoria — Ele me entregou um tablet com fotos de Victoria e Anastacia juntas — Será a minha palavra contra a dela, aliás Victoria nunca negou que conhecia Anastacia Romanova — respondi impaciente, detesto perder tempo. — Victoria e Anastacia estão usando a sua empresa para o tráfico de mulheres! — O quê? — Exatamente, as garotas são sequestradas em diversos países, e chegam em Nova York com documentos falsos de modelo, daqui elas simplesmente desaparecem. — Isso é loucura — eu estava atordoado, sempre soube da ambição de Victoria, mas tráfico humano parecia demais, até mesmo para ela. — Se o plano de Victoria tivesse dado certo, amanhã mesmo Anastacia Romanova teria total controle d
Emily Acordei com uma leve dor de cabeça e o corpo ainda um pouco cansado. A luz do sol entrava pelas frestas da cortina, iluminando o quarto com um brilho suave. Virei-me na cama, esperando encontrar Christopher ao meu lado, mas a cama estava vazia. Revirei-me debaixo das cobertas, tentando relembrar os eventos da noite anterior. A memória voltou rapidamente: Christopher invadindo meu espaço, com uma intensidade quase selvagem, sem gentileza, sem carinho. O vazio que senti depois não era apenas físico. Ele parecia um estranho. Levantei-me, enrolando o lençol ao redor do corpo, e saí do quarto. Encontrei Christopher na cozinha, concentrado no preparo do café da manhã. A visão dele, tão doméstico e tranquilo, contrastava brutalmente com o homem que esteve comigo na noite passada. — Bom dia — murmurei, sentindo um nó de ansiedade se formar no estômago. — Bom dia, Emily — ele respondeu, sem levantar os olhos. — Christopher, você viu a Victoria ontem à noite? — tentei manter a
Christopher O dia amanheceu cinzento, talvez refletindo o meu estado de espírito. Sentia-me culpado e ansiava por uma desculpa para ver Emily. Quando soube que o clube iria reabrir, fui até a casa dela para avisá-la pessoalmente. Emily gostava do Dragão e se entregou a ele mais uma vez. Sentia-me estranho, afinal, ela estava ficando comigo em ambos os casos, mas Emily não sabia que eu era o Dragão. E se ela ficasse com outro homem? Um sentimento esmagador apertou meu peito, e senti o ar faltar ao pensar em outro homem tocando a minha mulher. Minha mulher! Sorri comigo mesmo. Que ideia absurda. Sou um fodido, acusado de assassinato, incapaz de oferecer uma vida decente para Emily. Sempre haverá a sombra de um criminoso pairando sobre minha cabeça. — Ralf, providencie algumas cópias desses documentos. Incluí as alterações que preciso que você faça! Elas têm que parecer verdadeiras. — Sim, senhor! Entrei na empresa, sentindo a tensão no ar. Anastacia Romanova já estava me ag
Emily — O que você quer comigo, Christopher? — entro no escritório e ele aperta um botão trancando a porta. Fechadura automática, mas que droga! Olhei para a sua mesa perfeitamente arrumada e as lembranças da primeira vez que ele me tocou, vieram a mente. Assim como, a forma que ele me humilhou depois de tudo. Esse bastardo não fará o que quer comigo, não hoje! — Destrave essa porta — falei devagar, buscando pelo meu auto controle. — Esse seu vestido facilita muito as coisas, Emily... — Nem pense nisso, Christopher! Não vou ser objeto de desejo do meu chefe! — Você não é um objeto, mas sem dúvida eu te desejo! — Foi isso que você foi fazer, quando me trancou na sua casa para ir ver a Victoria? — apontei para os papéis na mesa, me referindo ao contrato de Anastacia. Eu precisava mudar de assunto urgente! — Não, Emily! O meu assunto com Victoria é outro, um que não lhe diz respeito — é assim que tudo acaba, com o Christopher sendo um babaca como sempre. Balancei a
Emily Eu estava em casa desfrutando de uma xícara de chá, quando o meu celular tocou, um número desconhecido. — Alô? — Alô, você é Emily? — A voz tinha um sotaque forte, claramente russo. — Sim, sou eu. Quem está falando? — Meu nome é Roman. Eu sou novo na cidade. Vi seu anúncio na internet e me disseram que você é uma excelente professora de inglês. — Ah, certo. Como posso ajudar você, Roman? — Eu preciso aprender inglês rapidamente para negócios. Estou disposto a pagar muito bem pelas aulas particulares. Quanto você cobra normalmente? Eu franzi a testa, surpresa pela oferta inesperada de dinheiro. — Bem, minhas taxas variam dependendo da necessidade e da frequência das aulas, mas podemos discutir isso em mais detalhes. Pode me contar um pouco mais sobre o que você precisa? — Claro. — Sua voz era calma e segura. — Eu acabei de me mudar para cá para expandir meus negócios. Tenho várias reuniões e negociações importantes e preciso melhorar meu inglês o mais rápido
Christopher Eu estava entretido com os ajustes para o evento da marca de Anastacia Romanova, quando vi Emily entrar. Meu olhar foi imediatamente atraído por ela, ela exalava confiança e sensualidade. Seus olhos verdes estavam realçados pela maquiagem e o cabelo preso em um penteado complicado, a deixava com cara de mulher fatal. Não havia um macho na minha empresa que não estava babando pela minha mulher. A encurralei em um dos corredores e a beijei, deixando claro a quem ela pertencia. — Preciso retocar meu batom — disse ela, afastando-se com uma indiferença que me atingiu como um soco. Porra! Que caralho essa mulher pensa que está fazendo? Fiquei ali, parado, tentando entender o que havia acontecido. A tristeza se instalou quando percebi que estava perdendo-a. Emily estava se afastando, e eu não sabia como lidar com isso. Sem saber como processar a situação, fui até o galpão de treino. Precisava descarregar minha frustração. Cada soco no saco de pancadas era uma tentativa
Emily — Olá, Emily — o sol finalmente havia aparecido e Roman estava com uma camiseta branca, calça jeans desbotada e botas de couro como sempre, ele era mais forte do que eu havia imaginado. — Roman — o cumprimentei animada — Pronto para mais uma aula? — Sim, pensei de ficarmos na área externa hoje. Gosta? — Ótima idéia, o dia está tão bonito. Bom, preciso te dizer que amanhã eu não vou vim, será o coquetel de lançamento de uma marca russa. Você deve conhecer, se chama Anastacia Romanova. — Conheço, inclusive fui convidado para esse evento. — Os seus negócios envolvem moda e essas coisas? — perguntei, curiosa. — Definitivamente, não! — ele respondeu rindo. Pensei por um momento. Christopher! Com certeza, ele sabe que eu tenho me encontrado com Roman, isso explicaria o seu humor insuportável durante toda a semana. — Você pensa em ir? — perguntei, xingando Christopher mentalmente de todos os palavrões que eu conheço. — Quer que eu lhe acompanhe? — Roman colocou a