Christopher Eu planejei me afastar de Emily completamente. Após finalizar essa campanha da Anastacia Romanova, vou encerrar o contrato com a marca. Não gosto dos clientes se metendo no meu trabalho, gosto de exercer total controle sobre todos os projetos que eu assino. Gosto de estar no controle! E Emily não está fora dos limites pra mim. Tinha planejado quitar todas as dívidas, e deixá-la em paz, como Ralf sugeriu, mas não é suficiente. Emily foi feita sob medida, para o meu prazer. Emily possui uma intensidade que me cativou desde o dia que eu a vi pela primeira vez com o seu sorriso grande, quando eu ganhei a luta, no seu primeiro dia de trabalho no clube. A convidei pra me fazer companhia, ela falava sobre si mesma com brilho nos olhos. Apesar de todas as adversidades que enfrentava, aquele sorriso grande estava lá, ela transmitia uma pureza indecente, se é possível descrever dessa forma. Um raio de sol, na noite sem fim da minha vida. Eu queria lutar contra o desejo que m
Emily Ao chegarmos ao evento, fiquei completamente impressionada. A quantidade de pessoas, o luxo e a presença massiva da imprensa eram avassaladores. Nunca havia visto algo assim tão de perto. O brilho das luzes, os flashes das câmeras e os murmúrios das conversas da alta sociedade me deixavam um pouco nervosa. Ao perceber a minha insegurança, Christopher passou um braço protetor em volta da minha cintura. O simples toque da sua mão, parecia atravessar pelo tecido fino do meu vestido, aquecendo o meu corpo e enviando ondas eletrizantes que se concentravam direto na minha intimidade. Christopher me encarou com os seus olhos azuis que lêem a alma, o semblante endurecido: — Por que diabos você está sem calcinha, Emily? — Você me fez uma promessa mais cedo e o dia já está acabando... — o provoquei. — Vai pagar caro pelo seu atrevimento! Pode apostar, Srta. Carter! — Estou ansiosa, chefe! Christopher disparou alguns xingamentos, mas se conteve quando uma jornalista s
Christopher — Me devolve o pen drive e acabamos com isso! — o homem tinha o sotaque carregado, que eu não consegui identificar. — Nunca! — sorri, debochando da audácia do homem, apesar dele ter uma arma apontada pra mim, eu não seria parado por isso. Rapidamente, o desarmei. O homem era bom no corpo a corpo, mas eu era melhor, óbvio. — Christopher, chega! Vai matá-lo! — Emily, entre no carro! AGORA, PORRA! Deixei o homem caído no chão, e entrei no carro, no banco do motorista. Avisei a equipe de segurança que estava saindo do estacionamento. — Christopher... — Não é o momento, Emily! Seguimos o restante do caminho em silêncio. Entrei na garagem de casa, e Emily continuava amuada. — Qual a porra do problema, mulher? — Quero ir pra minha casa... — Combinamos que você ficaria aqui essa noite! — respondi, impaciente. — Não, nós não combinamos. Você decidiu isso sozinho! — Farei qualquer coisa pra te proteger. — Dei a volta no carro e a ajudei a descer. — Se eu
Christopher Cheguei no meu apartamento, a porta estava entreaberta, saquei a minha arma e entrei com cuidado. — Já está ficando chato isso de você apontar a arma para mim, Christopher. — Jack, o que você quer? — Trago novas informações! Soube do seu pequeno incidente no coquetel de Victoria — Ele me entregou um tablet com fotos de Victoria e Anastacia juntas — Será a minha palavra contra a dela, aliás Victoria nunca negou que conhecia Anastacia Romanova — respondi impaciente, detesto perder tempo. — Victoria e Anastacia estão usando a sua empresa para o tráfico de mulheres! — O quê? — Exatamente, as garotas são sequestradas em diversos países, e chegam em Nova York com documentos falsos de modelo, daqui elas simplesmente desaparecem. — Isso é loucura — eu estava atordoado, sempre soube da ambição de Victoria, mas tráfico humano parecia demais, até mesmo para ela. — Se o plano de Victoria tivesse dado certo, amanhã mesmo Anastacia Romanova teria total controle d
Emily Acordei com uma leve dor de cabeça e o corpo ainda um pouco cansado. A luz do sol entrava pelas frestas da cortina, iluminando o quarto com um brilho suave. Virei-me na cama, esperando encontrar Christopher ao meu lado, mas a cama estava vazia. Revirei-me debaixo das cobertas, tentando relembrar os eventos da noite anterior. A memória voltou rapidamente: Christopher invadindo meu espaço, com uma intensidade quase selvagem, sem gentileza, sem carinho. O vazio que senti depois não era apenas físico. Ele parecia um estranho. Levantei-me, enrolando o lençol ao redor do corpo, e saí do quarto. Encontrei Christopher na cozinha, concentrado no preparo do café da manhã. A visão dele, tão doméstico e tranquilo, contrastava brutalmente com o homem que esteve comigo na noite passada. — Bom dia — murmurei, sentindo um nó de ansiedade se formar no estômago. — Bom dia, Emily — ele respondeu, sem levantar os olhos. — Christopher, você viu a Victoria ontem à noite? — tentei manter a
Christopher O dia amanheceu cinzento, talvez refletindo o meu estado de espírito. Sentia-me culpado e ansiava por uma desculpa para ver Emily. Quando soube que o clube iria reabrir, fui até a casa dela para avisá-la pessoalmente. Emily gostava do Dragão e se entregou a ele mais uma vez. Sentia-me estranho, afinal, ela estava ficando comigo em ambos os casos, mas Emily não sabia que eu era o Dragão. E se ela ficasse com outro homem? Um sentimento esmagador apertou meu peito, e senti o ar faltar ao pensar em outro homem tocando a minha mulher. Minha mulher! Sorri comigo mesmo. Que ideia absurda. Sou um fodido, acusado de assassinato, incapaz de oferecer uma vida decente para Emily. Sempre haverá a sombra de um criminoso pairando sobre minha cabeça. — Ralf, providencie algumas cópias desses documentos. Incluí as alterações que preciso que você faça! Elas têm que parecer verdadeiras. — Sim, senhor! Entrei na empresa, sentindo a tensão no ar. Anastacia Romanova já estava me ag
Emily — O que você quer comigo, Christopher? — entro no escritório e ele aperta um botão trancando a porta. Fechadura automática, mas que droga! Olhei para a sua mesa perfeitamente arrumada e as lembranças da primeira vez que ele me tocou, vieram a mente. Assim como, a forma que ele me humilhou depois de tudo. Esse bastardo não fará o que quer comigo, não hoje! — Destrave essa porta — falei devagar, buscando pelo meu auto controle. — Esse seu vestido facilita muito as coisas, Emily... — Nem pense nisso, Christopher! Não vou ser objeto de desejo do meu chefe! — Você não é um objeto, mas sem dúvida eu te desejo! — Foi isso que você foi fazer, quando me trancou na sua casa para ir ver a Victoria? — apontei para os papéis na mesa, me referindo ao contrato de Anastacia. Eu precisava mudar de assunto urgente! — Não, Emily! O meu assunto com Victoria é outro, um que não lhe diz respeito — é assim que tudo acaba, com o Christopher sendo um babaca como sempre. Balancei a
Emily Eu estava em casa desfrutando de uma xícara de chá, quando o meu celular tocou, um número desconhecido. — Alô? — Alô, você é Emily? — A voz tinha um sotaque forte, claramente russo. — Sim, sou eu. Quem está falando? — Meu nome é Roman. Eu sou novo na cidade. Vi seu anúncio na internet e me disseram que você é uma excelente professora de inglês. — Ah, certo. Como posso ajudar você, Roman? — Eu preciso aprender inglês rapidamente para negócios. Estou disposto a pagar muito bem pelas aulas particulares. Quanto você cobra normalmente? Eu franzi a testa, surpresa pela oferta inesperada de dinheiro. — Bem, minhas taxas variam dependendo da necessidade e da frequência das aulas, mas podemos discutir isso em mais detalhes. Pode me contar um pouco mais sobre o que você precisa? — Claro. — Sua voz era calma e segura. — Eu acabei de me mudar para cá para expandir meus negócios. Tenho várias reuniões e negociações importantes e preciso melhorar meu inglês o mais rápido