O detetive Marcus Fernandes estava no hospital, focado em desvendar o mistério. O homem conseguiu ver Andressa, por isso não teve como evitá-lo, ela queria... A morena se sentou em um dos bancos do corredor e aguardou a aproximação do investigador. O homem seguiu em sua direção e parou na sua frente. Os dois se encararam, o investigador sempre com seu olhar inconfundível e profundo.Andressa não se intimidou com ele.
— Você deve imaginar o porquê de eu estar aqui.
Ela nada respondeu e ele se sentou ao seu lado.
— Dois acidentes em menos de dois dias… Imagina a loucura que está na delegacia. Estão falando até sobre a "maldi&cced
Jean observava Andressa dormindo, apesar de tudo o que acontecia, naquele momento ela estava tão serena, parecendo tão tranquila. Ele gostava de olhar para ela e vê-la daquela maneira, alheia a todas preocupações, devia ter sido assim sempre. Um sorriso se formou nos lábios dele, permitiu-se alegrar, apesar de tudo.Logo recobrou a noção de seus problemas, imensos problemas. Ficou pensativo por alguns instantes. Levantou-se, beijou Andressa carinhosamente e saiu daquele quarto, não deixando de lançar para ela mais um olhar apaixonado. Fechando a porta sua expressão se converteu em tristeza, eram tantos segredos guardados... Deixou o hospital. Procuraria Erick para avisar, mas estava com pressa. Seguiu até o estacionamento, pegou seu carro e partiu.
Erick examinava Andressa enquanto a moça ainda dormia, os remédios ainda faziam efeito. O médico mostrava extremo cuidado, não queria que ela acordasse. O último procedimento foi medir sua pressão. Felizmente tudo estava normal. Após examiná-la, ele ainda ficou olhando para ela. Sentiu seu peito pesar por uma súbita aflição. Se ela soubesse... Erick deu um beijo na testa da adormecida e deixou o quarto.Andressa continuou a dormir profundamente, até uma de suas memórias esquecidas invadirem seus sonhos. A jovem passou a se recordar do dia da intensa e última briga que seu marido tivera com Tiffany. A morena também estava na casa, assim como o doutor. A senhora Lee havia instruído os dois a ficarem de olho na ladra. Os amigos conversavam na sala, indecisos sobre o que fazer, a discussão do lado de fora piorava. Eles decidiram que seria me
Três dias se passaram e a única notícia positiva que tinham era que Caique seguia em uma recuperação estável e em poucos dias sairia da UTI, daí poderia receber visitas. Andressa estava em dúvida se deveria visitá-lo e perguntar sobre como se livrar para sempre da perseguição de Tiffany. Desde a morte de Fabrício tudo se manteve mais tranquilo, mas ela sentia que não seria assim por muito tempo. Ela também falou com a enfermeira Dayse, que prometeu fazer uma corrente de oração para que fosse protegida, mas a morena não achou que seria o suficiente.Andressa gastou seus últimos três dias buscando maneiras de como se ver livre do espírito. Com um amuleto conseguiu mantê-la afastada, pelo menos foi o que acreditou. Em breve o corpo da morta seria incinerado e de acordo com suas pesquisas, isso já era o suficiente para mandar uma alma penada rebelde direto para o inferno. Tudo o que tinha agora era que esperar.Andressa, apesar de se sentir paranóica, já estava c
Cruzou a entrada. Apavorado, Jean abriu a porta de seu carro, sairia dali para nunca mais voltar. Entrou no automóvel e com suas mãos trêmulas tentou dar partida. Foi surpreendido. Às suas costas uma tremenda força que passou a sufocá-lo pelo pescoço. Desesperado, o rapaz abriu a porta de seu carro novamente, precisava sair, mas não seria tão fácil livrar-se daquela força sobre-humana.A luta foi breve, porém intensa, sem dar chances para o rapaz acreditar que se libertaria. Debatia-se dentro do carro, a buzina ecoou de maneira insistente para o vazio, até que, de repente, toda a força o libertou. Jean ainda confuso ficou a olhar para os cantos, se perguntando o por quê, mas desistiu de querer entender o motivo e deu partida com o carro. Era a chance que precisava. MESES ATRÁS— Não importa! Ela sempre estará aqui para me atormentar, ameaçar minha família, ameaçar a todos que eu amo. — Dentro do carro, Jean desabafou aos seus amigos e foi além. — Tiffany é capaz de tudo. Ela não é apenas ladra, é também uma assassina. Foi ela quem matou a madrasta. A mulher se fosse ao tribunal ferraria por completo com a vida do pai dela, tinha importantes provas guardadas. Era desse testemunho que promotoria estava precisando para deixar aquele maldito atrás das grades por longos anos. — Jean explicou a todos que estavam dentro de seu carro, indecisos sobre o que fazer a partir dali. A solução para o problema nãConfrontando o Passado
Permanecia parada, na expectativa, sentindo-se preparada para encarar qualquer desafio que pudesse surgir diante de si. Tinha seu coração apertado, a cada segundo se sentia mais aflita com aquele suspense. Mas naquele momento não se dava mais chances de temer. Andressa assumiu uma postura forte, decidida e cheia de coragem, com isso seus olhos estavam fixos, olhando na direção do ruído que se ouvia naquela floresta, se fosse algo que a pusesse em perigo, iria enfrentar, estava certa de que o faria.Ela pôde identificar. Pareciam passos de uma única pessoa. Aguardou mais alguns segundos e viu Erick surgir por entre as árvores. Ele chegava apressado e muito apreensivo. Inevitavelmente a morena se sentiu aliviada, com a ajuda dele conseguiria levar Jean para longe daquela floresta. Por aquele breve momento Andressa conseguiu se esquecer de Ti
Estava exausto, mas por fim conseguia deixar aquela floresta em companhia de seu amigo.— Conseguimos! Agora só precisamos chegar até o carro. Como está se sentindo, Andressa? — Erick ainda não tinha percebido a ausência da amiga. Passaram-se alguns segundos... Não obtendo respostas, ele olhou para trás. Desesperou-se.— Andressa! — Olhou para aquela floresta na esperança de avistá-la, ninguém viu. Esperou para ver se a morena surgia, isso não ocorreu.— Droga! — Sentiu um péssimo pressentimento.A criatura se aproximava cada vez mais de Andressa, que não recuava e tampouco desviava seu olhar. Algo arranhou seu rosto no lado esquerdo, ela passou a mão sobre o ferimento recém aberto e percebeu que sangrava. A criatura se aproximou mais três passos e parou diante a ela.— Está poderosa, não é? O que pretende fazer agora? Me matar? — Ainda encarava a criatura. Era a hora de começar a segunda parte do plano. Foi surpreendida, Tiffany desapareceu
Um pouco mais de uma semana havia se passado. A preocupação dos amigos já quase não existia, todos se sentiam livres do espírito vingativo. Boas notícias também surgiam, como a recuperação rápida de Jean, que só mantinha o pulso esquerdo imobilizado e naquele dia receberia alta; a saída de Caíque da UTI para um quarto normal havia acontecido, o psicólogo, além de tudo, mostrava uma boa aceitação de sua nova realidade, estava vivo. Andressa se mostrava como a mais tranquila. Com o corpo de Tiffany cremado, ela mais do que ninguém acreditava que a perseguição havia chegado ao fim, a parte principal de seu plano havia se completado. Ela, enxergando e livre de um fantasma, poderia agora retomar sua vida comum, seu sogro estava trabalhando para livrar a todos de serem envolvidos na investigação. O assassinato de Tiffany seguiria como um