Acendo um cigarro entendiado enquanto olhava distraído pela janela do meu vazio e desarrumado apartamento. Olho em volta e suspiro desanimado pela falta do que fazer.
Depois do meu último caso resolvi me dar alguns dias de folga e ficar em casa sem fazer nada! Estava cansado de ficar no QG olhando para um bando de puxa saco bajulando o chefe por uma porra de uma vaga que ainda nem tinha sido anunciada. Pensando bem, ficar aqui contando teias de aranhas nas paredes também não foi uma escolha muito inteligente da minha parte!
Na verdade, minha cabeça não estava no lugar depois da minha última missão. Ver aquela linda garotinha morta dentro de uma banheira afogada deixaria qualquer um desestabilizado. Na época da guerra eu cheguei a ver parceiros que se diziam irmãos de sangue matando uns aos outros para se protegerem, mas nunca imaginei uma mãe matar sua única filha para chamar atenção do ex marido que já estava tendo um caso com outra pessoa. Isso para mim foi extremamente difícil.
Quando assumi o caso da pequena Angel que havia desaparecido assustando toda sua família, vizinhos e principalmente seus pais, imaginei que ela assim como outras crianças estava brincando de se esconder e logo, logo, eu a encontraria debaixo da sua cama sorrindo, a entregaria sã e salva para sua mãe e voltaria finalmente para delegacia com mais um caso resolvido.
Mais não foi isso que aconteceu!
Depois de cinco dias de procura e muitas dores de cabeça sem pistas exatas, encontrei no meio das minhas investigações, uma casa de veraneio afastada da cidade que sua família costumava frequentar para festas e descanso durante as ferias. No inicio não quis acreditar que Angel, uma garotinha franzina de cinco anos de idade, andaria mais de 100 quilômetros, atravessaria um lago imenso só para brincar de se esconder.
_ Calebe deixa de loucura, isso é perda de tempo _ Meu parceiro de campo Natanael reclamava enquanto eu remexia nos papeis em cima da minha mesa procurando endereço da bendita casa que estava a minutos aqui.
Ele não sabia de porra nenhuma. Era um novato que veio do interior do Kansas para trabalhar como corretor de imoveis. Chegou aqui com bastante facilidade por que seu irmão que era chefe de policia bastante famoso em suas áreas, praticamente o obrigou a seguir esta carreira ao qual ele deixava claro dia e noite que não fazia com o mínimo gosto.
_ Cala boca Natanael e fecha a porra da sua boca que você hoje está me irritando_ Finalizei me levantando, pegando minha jaqueta e indo até a sala do chefe.
Silas era um delegado muito respeitado e famoso na cidade de Atlanta. Seus casos eram resolvidos pelos melhores policias e equipes que ele possuía. Tenho ele como meu mentor e mestre desde que entrei aqui, na verdade ele é como um pai que nunca tive.
_ Espero que seja importante Calebe, hoje isso aqui só não vira puteiro por que os bregas custa mais barato _ Sua voz grave ecoa pela sala enquanto encosto a porta antes que meu parceiro entre e estrague a porra toda com sua falta de coragem.
Me aproximo dele calmamente e amostro os papeis
_ Eu sei onde está a menina!
_ Angel? A garotinha desaparecida? _Ele me olha com esperanças e eu aceno que sim
_, Na verdade não tenho 100% de certeza, mais preciso que imprima uma ordem de busca neste endereço _ lê mostro o papel e ele pega analisando cada letra.
Os minutos voam e Silas fica encarando o papel me deixando nervoso, mais logo minha aflição acaba quando ele baixa o papel me encarando sorrindo.
_ Conheço o endereço, já tive um caso de ocultação de cadáver naquele lugar. Mais o que te fez chegar a essa conclusão?
_ Não sei chame de intuição, sei lá, mas algo nesta historia não esta se encaixando
_ já tem algum suspeito?
_ Infelizmente sim!
_ Quem seria nosso suspeito?
_ Suspeita! É a mãe, ela é a única que mostra um falso desespero e sempre me dava pistas falsas.
_ E o pai?
_ Esse é o único que está desesperado de verdade. Sua namorada disse que a mulher ligou transtornada ameaçando que se ele não voltasse pra casa ela iria fazer uma besteira grande com a menina.
_ Deus! Como ela pode? _ Ele exclama horrorizado passando as mãos pelo rosto largo e moreno.
Silas é casado a mais de 50 anos com a sua primeira namorada e tem três filhos que já casaram e tomaram seus rumos. Sei que casos assim o abalam bastante até por que Angel tinha a idade de sua primeira neta, a pequena Amora.
_ Eu só espero que a menina esteja bem, ela não merece pagar pelo erro de ninguém _ admiti nervoso e ele acenou com a cabeça.
Ele mexeu em seu velho computador e depois foi em direção a velha copiadora…
Depois de mais cinco horas de buscas pela mata com a equipe cansada, eu a tinha achado e Céus! Aquela cena mexeu com meu psicológico de verdade: Angel estava submersa em uma banheira velha e suja. Seus lindos cabelos loiros estavam sujos de terra e sangue, sua boca tinha um pequeno corte e em seu pescoço tinha marcas de estrangulamento.
Não tive coragem de falar nada no momento, a única coisa que consegui expressar foi minha insana raiva. Sai apressado até onde sua mãe estava com cara de desdém e dei ordem de prisão a Vadia.
_ Senhora Nolan Ferris Você esta presa por homicídio, ocultação de cadáver, e espancamento de incapaz _ Ela sorriu diabolicamente
_ Meu pai é delegado desta cidade seu idiota, você acha que ficarei muito tempo presa?
Meu sangue ferveu e naquele momento perdi minha total razão. A empurrei até o carro mais próximo e apertei com força as algemas em seus pulsos e seus gritos naquela hora de dor foram musica para meus ouvidos.
_ Seu pai poderia ser a presidência da América, sua desgraçada, você matou uma garotinha inocente da maneira mais terrível que consegui-o e não importa o que aconteça, eu me certificarei que o buraco pra onde a senhora vai, de lá você só sairá pra debaixo da terra...
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_ Preciso que Volte Calebe
_ Ainda não estou disponível. Silas, eu preciso...
_ De quê? Cigarros? Mais bebidas fortes? Isso não é um pedido, temos um caso importante e esse é exclusivamente seu!
_ Do que se trata desta vez?
_ Acho que esse nome vai ajudar você a se lembrar: El Miaclo Bandeno...
Minha pele se arrepiou e apertei o telefone em meus dedos, senti meu coração palpitar tão forte que minha boca doeu quando eu rangi com força os dentes um no outro, fechei os olhos procurando minha paz que eu havia perdidos em minutos...
_ Só me de um momento, cinco minutos estarei ai...
Pego minha jaqueta, visto uma calça e calço rapidamente, calço minhas botas. Vou na frente do espelho e ajeito de qualquer jeito meus cabelos, os prendendo com um pedaço qualquer de elástico que achei no pacote velho do pão., Na verdade preciso cortar essa barba, estou anos-luz mais velho do que eu realmente sou. Abro o armário da cozinha e pego meu quite especial: Minha Clock, meu distintivo, e meu colete. Algo me diz que precisarei muito dele esta noite...Pego as chaves da minha Baby e saiu ligeiro trancando o apartamento.Enquanto ando até a garagem do Prédio, Sinto uma sensação de estar sendo observado, o que me deixa ainda mais em alerta. Ando devagar e com cautela até o sub Solo onde guardo minha moto e não ouso olhar para trás para não levantar suspeitas.Um ... Dois ... Três ... Bingo! Os dois primeiros passos são minhas botas em contraste com o chão de concreto e de quem é o terceiro passo? Pego o celular e disfarçadamente paro para olhar no visor o reflexo de quem está me
Entro bruscamente na sala e ela não faz nem questão de levantar a cabeça para saber quem é. Jogo com força os papeis em cima da mesa para chamar sua atenção e Arrasto uma cadeira virando de frente para ela. Recebo sua atenção e vejo seus olhos vermelhos e cansados. Dor! Isso que consigo ver pelas suas íris pretas intensas me encarando. Encaro os papeis na minha frente e vejo varias perguntas que tenho que fazer, mais desta vez vou pular o protocolo chato e ir logo ao assunto. Tiro o pirulito da boca para sentir seu sabor e percebo que ela continua me encarando. Leio atentamente sua ficha e vejo que é estudante de medicina, e tem 19 aninhos. Céus, uma criança!Uma criança linda, dona de belas curvas, de boa família e uma criação diferenciada... Porra, lá vai eu de novo pensando com a outra cabeça, acabo rindo da minha piada interna e jogo os papeis na mesa novamente sem querer a assustando._ Alicia Rocha, 19 anos, mora em Atlanta desde que nasceu, sempre viveu e morou com seus pais e
Acordei de um longo cochilo e percebi que eu ainda estava sozinha naquela sala. Lá fora o sol já raiava e eu tinha perdido a noção do tempo. Me endireito na cadeira dura que acabei adormecendo e sinto meus ossos estralarem. Ótimo! Estou toda quebrada e dolorida. Sem falar do meu pé que está latejando um pouco e essa maldita dor de cabeça não passa!Depois que o Calebe saiu eu acabei chorando mais uma vez. Deixar minha faculdade e meus amigos não é algo que eu tinha em mente no momento. Eu achava que nessas horas os amigos eram a nossa maior força. Na verdade acho que eu realmente precisava deles.Senti um cheiro estranho de cigarro mentolado e sorri com a lembrança do Calebe colocando a camisa em mim. Pego o tecido com uma das mãos e levo lentamente até meu nariz inspirando aquele cheiro forte de homem. Seus olhos verdes cintilantes vem em minha mente. Seu corpo é forte e mesmo debaixo daquela roupa pude ver suas divisórias. Devo ficar longe de Calebe, seu corpo inteiro esta escrito "
Um aviso! Aquela merda toda significava um aviso para Alicia e de quem estivesse do seu lado, nesse caso, era eu! Não a queriam por perto e muito menos viva, e agora, eu tinha certeza que a coisa era mais seria do que eu pensava._ Alguém a levem para dentro _ Grito enquanto me levanto com ela ainda chorando em meus braços_ Já chamaram os bombeiros? _ Silas perguntou puxando o celular do bolso da calça_ Não quero que toquem no carro, preciso saber quem fez isso _ Aviso a todos e Verônica acena pegando ela dos meus braços.Olho para Alicia que parece ter entrado em algum estado de choque. Ela realmente ficou abalada com o que viu agora, também não é pra menos, a garota já sofreu demais perdendo os pais e agora mais que nunca, ela precisa de um pouco de paz.Entro na delegacia, pego o primeiro extintor que vejo e corro para apagar aquele inferno de fogo. Destruo o lacre de segurança e logo direciono para o carro.A espuma logo controla o fogo e consegue amenizar as chamas. Me aproxim
Não era a porra de uma miragem, ou algo do tipo, ele realmente estava bem ali na minha frente me encarando com um sorriso sujo, vitorioso, enquanto sua arma estava apontada pra minha cara._ Ora, ora, ora quanto Tempo policial Calebe, sabe que até senti sua falta?_ Não sei se dou risada pela sua imprudência Jack, ou pela sua maior burrice _ O encaro enquanto o vejo sorrindo, ele não estava nervoso, muito pelo contrário, estava a vontade._ Tenho motivos para estar aqui e acredite, são bastante importante!_ Deixa eu advinha é a garota não é? _ Ele guarda a arma dentro da calça enquanto se encosta em um carro preto, passa os dedos pelos cabelos e volta a me olhar_ Ela é importante para muitas pessoas, e acredite policial, você não vai querer ficar no nosso caminho, essas pessoas são bastante influentes._ Querem mata-lá é isso?_ Vai muito mais alem disso Calebe, quer um conselho? Desista do caso, siga em frente e esqueça a garota, ela de qualquer jeito já esta morta_ E se eu não qu
O único som no momento aqui é das gotas fortes de chuva caindo no grande guarda chuva que eu estou segurando para me proteger da tempestade. Meus pés se afundam na terra fofa, fazendo minha sapatilha se atolar na terra molhada. O silencio é mortal e chega a ser perturbador, por alguns segundos me sinto até naqueles filme de terror baratos e sem graça.Levanto os olhos lentamente e vejo as pessoas de preto andando lado a lado. Todos agarrados uns aos outros andando de cabeça baixa, enquanto vão acompanhando os dois grandes caixões que estão na frente com os corpos dos meus pais. Pessoas que eu nunca vi vieram para o enterro. Talvez investidores, empresários, acionistas. Amigos, conhecidos, colegas do escritório vieram dizer seu ultimo adeus.Eu, com toda certeza não estava pronta para isso, eu não estava pronta para este momento e acho que nunca vou superar esta imagem. Cadeiras de ferros foram colocadas enterradas no barro grosso para acomodar muita gente e acho que não darão conta pa
Se já não bastava os surtos repentinos de ciumes da Verônica, agora eu tinha que aturar um idiota babaca dizendo que iria levar Alicia de mim!Nem por cima do meu cadáver! Não hoje e nem dia nenhum Destravo a arma mostrando que eu não estava para brincadeira e escondo Alicia atrás de mim!_ Acho melhor você dar meia volta, ela não vai a lugar nenhum, muito menos com você _ Ameaço o encarando e ele me encara serio ainda mostrando o distintivo que para mim não valia de merda nenhuma_ Ela tem que vim comigo Policial, segundo informações ela corre perigo de vida, temos como protege-lá _ Ele fala colocando as mãos para trás fazendo menção de pegar algo em seu bolso e eu atiro contra o chão fazendo um grande buraco. Assustado ele cai tremendo de medo. E bem, deveria mesmo ter medo de mim._ Esta maluco? _ Tente de novo e o próximo será bem na sua bunda _ Digo me aproximando e ele se levanta correndo. Covarde! Observo ele se afastar enquanto sinto as mãos de Alicia pegar em minha mãos e s
Sem que eu tivesse tempo para pensar na resposta, Calebe me beijou.. E que beijo!!!! Um beijo que revelava toda má intenção dele para comigo.. Sem interromper o beijo, me encostou na parede, segurando meus pulsos acima da minha cabeça. Sua língua deslizava para minha orelha, e eu gemia com esse gesto. De forma inesperada, ele me virou, fazendo com que eu ficasse de costas para ele.Eu já não estava mais com medo de nada. Estava muito excitada, molhada, quente.. Sentia meu rosto pegar fogo. Ele me soltou, e segurou firmemente os meus seios, passando a língua na minha nuca e pescoço. Me entreguei, precisava de mais.. Comecei a pressionar contra ele, e senti algo grande, muito grande, e duro! Nesse momento fiquei paralisada. Nunca havia sentido tanto tesão como naquele momento, muito pelo contrário, tinha medo de doer. Ele segurou meu quadril com cuidado e me abraçou por trás..Comecei a falar que eu não tinha tanta experiência, que era praticamente a minha primeira vez entre outras cois