Matheus não se importava com delicadezas, ele a carregou para o avião, ameaçando ela friamente antes que ela pudesse gritar:— Se você falar mais uma palavra, eu vou te jogar do avião.Patrícia se sentiu impotente.À medida que o avião decolava, Patrícia não sabia o que havia acontecido, mas ela entendia que Teófilo havia sido bem-sucedido.Matheus estava furioso, como um rojão prestes a explodir a qualquer momento. Nessas horas, ela percebia que era melhor manter distância para evitar problemas.Patrícia se encolheu, com o queixo apoiado nos joelhos e os olhos fechados, tentando dormir um pouco para minimizar sua presença ao máximo.Vendo a mulher encolhida, com a pele marcada por hematomas e sujeira, em uma aparência desleixada, Matheus sentiu uma pontada de algo.Sob o ar condicionado do avião, Patrícia sentiu frio.Matheus tirou seu próprio casaco e o colocou sobre ela, fazendo com que Patrícia se sentisse muito mais aquecida.Quando ela acordou novamente, o avião já estava quase p
Um som irritante ressoava ao seu redor, e Patrícia sequer queria olhar para trás. Percebendo sua relutância em ser levada à força, Matheus agarrou seu pulso e a arrastou consigo. — O que você está fazendo? Eu posso andar sozinha. Matheus a levou para o seu quarto principal, um espaço grande de cerca de duzentos metros quadrados. O chão estava coberto por um tapete longo e branco, e a decoração do quarto, tão opulenta quanto um palácio, era adornada com muitas pinturas famosas. Patrícia pensou que, dado o caráter de Matheus, certamente não eram suas obras, mas sim as obras-primas deixadas pelo presidente anterior. Ele soltou o pulso de Patrícia:— Minha casa é grande o suficiente. Vista o que quiser, coma o que quiser, contanto que não fuja e continue me tratando, está tudo bem!— Entendi. — Patrícia estava surpreendentemente dócil. — Vou tomar um banho, prepare a medicação.Depois desse incidente, ele confiava muito mais em Patrícia. Afinal, este era o seu lar, e ele não tinha d
Nos últimos dias, Patrícia já tinha batido em Matheus duas vezes! Matheus, se erguendo de um salto, lançou a ela um olhar glacial:— Júlia, está procurando a morte?— Quem mandou você ficar olhando!— E quem mandou você se vestir dessa forma!Enfurecida, Patrícia agarrou uma camisa dele, vestiu ela se cobrindo por completo, e então golpeou sua cabeça com força novamente:— Se deite, vou cuidar do seu cabelo, e se olhar novamente, eu te mato.— Tente só para ver! Eu que vou acabar com você.O ambiente se tornou constrangedor, e nenhum dos dois disse mais nada. Matheus começou a clarear a mente."O que estou fazendo? Essa mulher não disse que já era casada e tinha filhos? Como posso estar interessado em uma mulher casada?"Silenciosamente, Patrícia concluiu o tratamento. Matheus se apoiou na cama e começou a girar lentamente o pescoço, produzindo um som de estalos ósseos.— Aliás, eu costumava sofrer de dores de cabeça ocasionalmente, e desde que você começou a cuidar de mim, não tive m
Patrícia permaneceu imersa, perdida em pensamentos sobre Teófilo.De repente, uma voz surgiu atrás dela:— Você aprecia este tipo de roupa?Patrícia se virou, assustada, os olhos arregalados como os de um coelho.Os dedos frios levantaram seu rosto e um corpo ainda úmido se aproximou, o hálito quente do homem se espalhando por suas bochechas.Matheus comentou de repente:— Seu rosto pode ser comum, mas esses olhos são bastante expressivos.Os olhos, a única coisa em seu rosto que ela não poderia mudar, eram grandes e luminosos, realçados por cílios longos e espessos, que certamente embelezavam sua aparência ordinária.A proximidade deixou Patrícia nervosa, ela estendeu a mão, tentando afastá-lo, tocando seu peito desnudo.Sob a palma da mão, ela sentiu os músculos firmes do homem e, antes que pudesse reagir, Matheus a puxou pela cintura e a pressionou contra a prateleira do armário.— O que você está fazendo? — Perguntou Patrícia, irritada e olhando ele nos olhos com descontentamento.
Matheus convocou urgentemente todos os especialistas militares para uma reunião que durou um dia inteiro. Apesar das várias análises de sua equipe de estratégia, o resultado era invariavelmente o mesmo: a derrota. A única opção que restava era aceitar a proposta do País da Serenidade Azul e cessar o ataque à Cidade da Pedra de Prata. Caso contrário, o País da Serenidade Azul e o País da Lua Fria uniriam forças para atacar o território do País C. Este era um desfecho que Matheus não queria aceitar.Nos últimos dias, Matheus esteve tão absorvido em suas tarefas que mal foi visto. Patrícia, após esperar alguns dias, começou a ficar inquieta, pois seu acesso a Matheus estava extremamente restrito, dificultando ela de acompanhar o cerne do trabalho dele. Quanto ao anel, nem se fala! Parecia que ele a havia completamente esquecido, deixando ela confinada no castelo enquanto ele estava ocupado.Sem progressos em sua missão, Patrícia não estava disposta a esperar mais. Quando tentou descer
Ela o repreendeu seriamente, adotando um tom muito formal, mas internamente, elaborava estratégias para se aproximar ainda mais de Matheus.Durante esses dez dias, não conseguiu acessar o cerne da questão e sabia que precisava agir antes que fosse tarde demais.— Se você não confia em mim, pode mandar alguém me vigiar.— Não tenho motivos para desconfiar de você. Se quisesse me matar, já teria atingido meus pontos vitais. — Matheus respondeu com calma. — Então está decidido.Ele sorriu ao perceber o sorriso discreto no canto da boca de Patrícia:— É assim que você pretende preparar meus remédios?— Claro, você é meu paciente. Assim que você melhorar, poderei ir embora.Essas palavras caíram como um balde de água fria sobre ele. Matheus pensava que ela estaria mais envolvida neste encontro, mas percebeu que ela estava ansiosa para partir.— Está com saudades do seu homem?As memórias de quando se separou de Teófilo vieram à mente de Patrícia, e embora não estivessem separados por muito
Matheus estalou os dedos diante dela:— No que você está pensando tão intensamente?Patrícia se deu conta e olhou para Matheus, inventando uma desculpa:— Estava pensando em como sua identidade é tão prestigiosa.— Você descobriu?— Ouvi aquela pessoa te chamando de Presidente Matheus, e você pode entrar e sair livremente da Cidade da Pedra de Prata, além de ter seu próprio avião. Eu já havia adivinhado que este palácio era algum lugar especial. — Patrícia confessou, pois continuar fingindo seria muito idiota.Matheus, percebendo que ela estava tranquila, disse:— Saber quem eu sou não te assusta? As outras pessoas têm muito medo de mim.— Antes eu tinha medo, mas se você realmente quisesse me matar, não teria esperado até agora, então não tenho medo. Além disso, você não disse que me pagaria uma recompensa depois de me curar?"Não é à toa que ela tem sido mais amável comigo, é por causa do dinheiro."Matheus resmungou friamente:— Você gosta tanto assim de dinheiro?— No mundo, provav
Matheus então recuperou a consciência, mas não soltou a mão, seus olhos exibiam um brilho gélido, e sua voz soou baixa:— O que você estava tentando fazer?Patrícia, com uma expressão de quem se sentia injustiçada, ergueu a agulha de prata:— A agulha caiu ao lado da sua mão, eu estava apenas pegando.Foi então que Matheus soltou a mão:— Desculpe, foi um reflexo condicionado, você está bem? — Ao ver a marca vermelha evidente no pescoço de Patrícia, que claramente não parecia estar "bem", ele manifestou ainda mais culpa. — Não foi a minha intenção te machucar.— Entendo, terei mais cuidado da próxima vez. Você descansa, não vou incomodar você mais.Patrícia guardou a agulha de prata no kit de acupuntura e se dirigiu ao seu quarto.No momento em que fechou a porta, ela estava suando profusamente, ela quase morreu de susto, quase perdeu a vida nas mãos daquele homem.Ele era muito cauteloso com o anel, mas ela não estava sem recursos. A partir de amanhã, seria ela quem prepararia os medi