Ela o repreendeu seriamente, adotando um tom muito formal, mas internamente, elaborava estratégias para se aproximar ainda mais de Matheus.Durante esses dez dias, não conseguiu acessar o cerne da questão e sabia que precisava agir antes que fosse tarde demais.— Se você não confia em mim, pode mandar alguém me vigiar.— Não tenho motivos para desconfiar de você. Se quisesse me matar, já teria atingido meus pontos vitais. — Matheus respondeu com calma. — Então está decidido.Ele sorriu ao perceber o sorriso discreto no canto da boca de Patrícia:— É assim que você pretende preparar meus remédios?— Claro, você é meu paciente. Assim que você melhorar, poderei ir embora.Essas palavras caíram como um balde de água fria sobre ele. Matheus pensava que ela estaria mais envolvida neste encontro, mas percebeu que ela estava ansiosa para partir.— Está com saudades do seu homem?As memórias de quando se separou de Teófilo vieram à mente de Patrícia, e embora não estivessem separados por muito
Matheus estalou os dedos diante dela:— No que você está pensando tão intensamente?Patrícia se deu conta e olhou para Matheus, inventando uma desculpa:— Estava pensando em como sua identidade é tão prestigiosa.— Você descobriu?— Ouvi aquela pessoa te chamando de Presidente Matheus, e você pode entrar e sair livremente da Cidade da Pedra de Prata, além de ter seu próprio avião. Eu já havia adivinhado que este palácio era algum lugar especial. — Patrícia confessou, pois continuar fingindo seria muito idiota.Matheus, percebendo que ela estava tranquila, disse:— Saber quem eu sou não te assusta? As outras pessoas têm muito medo de mim.— Antes eu tinha medo, mas se você realmente quisesse me matar, não teria esperado até agora, então não tenho medo. Além disso, você não disse que me pagaria uma recompensa depois de me curar?"Não é à toa que ela tem sido mais amável comigo, é por causa do dinheiro."Matheus resmungou friamente:— Você gosta tanto assim de dinheiro?— No mundo, provav
Matheus então recuperou a consciência, mas não soltou a mão, seus olhos exibiam um brilho gélido, e sua voz soou baixa:— O que você estava tentando fazer?Patrícia, com uma expressão de quem se sentia injustiçada, ergueu a agulha de prata:— A agulha caiu ao lado da sua mão, eu estava apenas pegando.Foi então que Matheus soltou a mão:— Desculpe, foi um reflexo condicionado, você está bem? — Ao ver a marca vermelha evidente no pescoço de Patrícia, que claramente não parecia estar "bem", ele manifestou ainda mais culpa. — Não foi a minha intenção te machucar.— Entendo, terei mais cuidado da próxima vez. Você descansa, não vou incomodar você mais.Patrícia guardou a agulha de prata no kit de acupuntura e se dirigiu ao seu quarto.No momento em que fechou a porta, ela estava suando profusamente, ela quase morreu de susto, quase perdeu a vida nas mãos daquele homem.Ele era muito cauteloso com o anel, mas ela não estava sem recursos. A partir de amanhã, seria ela quem prepararia os medi
— Você ainda está olhando! — Patrícia lançou um travesseiro com força na cabeça dele.Matheus rapidamente desviou o olhar.— Desculpe, eu estava meio sonolento, esqueci que você estava nos meus braços.— Sai daqui.Matheus se levantou, e o rubor em seu rosto desapareceu rapidamente. Ele se apoiou na borda da cama e comentou:— Eu dormi muito bem ontem à noite.— Vai embora!Patrícia estava furiosa, quase cortando seus próprios dedos com uma faca para retirar o anel diretamente.Matheus passou a manhã inteira distraído, olhando ocasionalmente para os próprios dedos.— Presidente Matheus, há algum problema com sua mão? Você já olhou para ela umas cem vezes. — Perguntou Kaué, confuso.Matheus afastou os pensamentos irreais de sua mente:— Não é nada, vá arrumar algumas mulheres para mim.— Mulheres? Presidente Matheus, você finalmente mudou de ideia, afinal, um homem deve casar e ter filhos primeiro, isso é mais importante do que qualquer coisa. Você não é mais tão jovem, casar e ter filh
Cauã, com uma expressão séria, advertiu: — De qualquer maneira, se mantenha vigilante. — Entendido. Acendendo um cigarro, Cauã contemplou as estrelas e comentou: — O presidente Matheus tem estado irritado nos últimos dias, tente acalmá-lo para evitar que ele tenha outra crise. — Entendi. Antes mesmo de terminar o cigarro, a última mulher foi convidada a se retirar. Cauã apagou o cigarro e trocou um olhar com Kaué: — Isso terminou rapidamente, não é? Após as mulheres serem levadas, eles entraram na sala. A gola de Matheus estava desabotoada, mostrando marcas claras de batom. Porém, seu semblante estava tão sombrio quanto um céu nublado: — Quem vocês estão trazendo? Ele não sentia nada além de nojo. — Presidente Matheus, do que você realmente gosta? Seja específico para que possamos procurar para você. — Mulheres casadas que já tenham filhos! Kaué, sem alternativas, questionou: — Elas também precisam ter conhecimentos de medicina? — Seria ideal. Parecia
Após o incidente da manhã, Patrícia instintivamente se afastou do abraço do homem, criando uma distância segura entre eles. — Mantenha distância de mim. Essa reação desagradou Matheus: — Eu sou portador de alguma doença contagiosa? Patrícia, segurando o nariz, arranjou uma desculpa: — O aroma do seu perfume é quase asfixiante. Matheus observou a marca de batom em sua camisa, havia saído com tanta pressa que esquecera de trocá-la. Patrícia parecia bastante satisfeita, se esse homem tinha desejos insatisfeitos, que os descontasse em outra pessoa, pelo menos ela não correria o risco de ser alvo de suas investidas. Ela cruzou os braços e advertiu: — É saudável satisfazer esses desejos ocasionalmente, mas não exagere, cuidado para não acabar com problemas renais e prostatite crônica, entendeu? Matheus apertou os dentes: — Como você sabe que eu me entrego aos prazeres excessivamente? — Olhe, as marcas de batom em você são de três marcas e tons diferentes, você definit
Toda essa sequência de ações ocorreu num instante. Quando Patrícia percebeu, já estava deitada sob Matheus. O olhar dele para ela era excessivamente explícito, revelando o desejo contido."O que há com ele? Ele não desabafou com outra mulher recentemente?"Patrícia, tentando acalmar seus nervos, falou com uma voz o mais estável possível:— O que você está fazendo?Ela tentou mover a mão, mas Matheus segurou ela firmemente, sem dar sinais de soltá-la, e até apertou mais, com a borda do anel pressionando a delicada pele dela.— Se eu disser que posso te dar muito dinheiro, e você apenas precisar aceitar um pedido meu, aceitaria?— Que pedido? — Patrícia pressentiu que não seria nada bom.Matheus lambeu os lábios e sussurrou em seu ouvido:— Passe a noite comigo.— Você está sonhando! — Patrícia levantou a mão para dar a ela um tapa. — Nem pense nisso, seu canalha!Antes que sua mão alcançasse o rosto dele, ele agarrou seu pulso. Agora, as duas mãos de Patrícia estavam acima de sua cabeç
Patrícia sabia que as coisas estavam tomando um rumo incontrolável e não toleraria tamanha insolência de Matheus. No instante em que Matheus estava prestes a tocar sua pele, ela dobrou os joelhos e deu a ela uma forte joelhada no abdômen, aproveitando o momento de dor dele para empurrá-lo para longe com um chute. Ela saltou da cama em pânico, agarrou rapidamente uma garrafa de vinho tinto, sem se importar com o ano ou o mês em que foi engarrafada, e bateu ela com força na mesa, derramando vinho por todo o lado. Com a ponta afiada da garrafa apontada para seu próprio pescoço, ela gritou ameaçadoramente:— Não se aproxime!Tudo aconteceu num piscar de olhos. Matheus sabia que Patrícia tinha um temperamento difícil, mas não esperava que ela reagisse tão ferozmente.— Não seja impulsiva, eu não vou tocar em você, coloque a garrafa de vinho no chão.Patrícia não acreditava nas palavras de um homem excitado e respondeu friamente:— Eu estou te avisando, se você tentar me tocar novamente, e