Patrícia foi descoberta e teve que simular que apenas criava uma ilusão de distância:— Me deixe ir!— Insensata, mais à frente é o território do País da Serenidade Azul. Você quer morrer?Parecia que a cidade inteira estava dividida entre as forças deles dois, o que era conveniente, pois isso facilitava sua busca por Teófilo.Movida por um impulso, Patrícia apanhou algumas pedras do chão:— Desculpe, preciso ir.Ela disse, arremessando as pedras com força em direção ao drone, enquanto o operador se esquivava ágil.— Se jogar mais alguma, cortarei suas mãos!Patrícia jogou várias pedras sem acertar, restando apenas uma em sua mão. As pedras eram apenas uma distração, a última era a que ela investia toda sua força. Após um momento de reflexão, ela lançou com toda sua energia, um sorriso frio surgindo em seus lábios:— Adeus, grande pervertido.Com um "bang", o drone caiu ao chão e a tela escureceu.Matheus franziu o cenho. "Ela realmente teve coragem!"— Sr. Matheus, ela fugiu, deixe e
Patrícia ajudava uma mulher a se afastar com dificuldade, deixando um rastro serpenteante de água sob seus pés, com contrações a cada poucos minutos que deixavam seu rosto dolorosamente pálido. Como mulher, Patrícia entendia perfeitamente aquela sensação, suas duas primeiras gestações tinham sido prematuras, e os partos rápidos causaram muita dor a ela, mas isso não se comparava ao que a mulher enfrentava agora em um parto normal. Ela conhecia a situação atual e fazia o possível para se manter forte e auxiliar a outra mulher a se afastar. Até que encontraram uma loja destruída pela explosão, obviamente saqueada, de onde Patrícia arrancou dois pedaços de tecido rasgado para colocar sob a mulher. — Espere aqui um momento, eu já volto. Embora não houvesse mais suprimentos, felizmente ainda havia acesso à água. Ela aqueceu um pouco de água, ferveu ela e voltou com mais tecidos limpos. — Não temos condições melhores agora, aguente firme. Ela fez o possível para limpar a mulh
Gabriel olhou para Lucas: — Deixe isso comigo, vá buscar ajuda.— Seja cuidadoso, irmão. — Embora preocupado, Lucas tinha uma missão crítica a cumprir, então rapidamente fez suas recomendações e saiu.Gabriel e Kaué, inimigos mortais, se encontraram com raiva, e ambos sacaram suas armas.— Não vou deixar você escapar desta vez.— Ha, essa frase eu devolvo para você.Os irmãos e Teófilo se dividiram em grupos e começaram uma busca minuciosa pela cidade. Se Giovanna morresse dentro da cidade, independentemente de quem fosse a culpa, o povo do País da Lua Fria não deixaria barato.A situação política já estava caótica, e qualquer novo incidente poderia realmente desencadear um conflito internacional.Tiros foram disparados, e Matheus teve que voltar pelo caminho por onde veio.De repente, ele se lembrou de um detalhe: ao lado de um corpo esmagado, havia uma poça d'água.Quando criança, ele havia visto em favelas que mulheres grávidas perdiam líquido amniótico antes do parto! Se seguisse
Teófilo analisou friamente as intenções do outro lado. Caso o objetivo fosse sequestrar Giovanna, teriam levado ela imediatamente para outro local, e não a trazido aqui para dar à luz. Assim, se tornava evidente o propósito de ajudar Giovanna, o que indicava que estavam do mesmo lado. Teófilo se apresentou, chamando Giovanna por um nome falso:— Ana, você está aí dentro? Gabriela está chegando, e eu vou te salvar e te levar de volta. — Giovanna, emocionada, não foi a única afetada, Patrícia, que não esperava encontrar tão perto o homem que procurava, também se comoveu. — Fique tranquila, não sou uma ameaça. Vim para te salvar.Ao ouvir suas palavras, as pessoas dentro do lugar começaram a mover mesas e cadeiras, evidenciando que a aposta de Teófilo estava certa. Ele estava prestes a entrar quando uma mulher se jogou sobre ele, arrancando sua máscara e beijando-o.Teófilo estava prestes a afastá-la quando reconheceu o perfume que tanto ele tanto sentia falta."Não era um sonho!"Naqu
Patrícia se sentia um tanto impotente naquele instante, toda a atenção de Teófilo se concentrava nela e em Matheus. Para ele, as questões de Estado ou quaisquer disputas pareciam irrelevantes, sua mente estava ocupada com a ideia de que os dois precisavam estar juntos.— Não é isso que está em jogo, Teófilo. Você pode me ajudar? Se eu conseguir o anel, volto, e ele não descobrirá quem eu sou.Ao ouvir o apelo delicado de Patrícia, Teófilo teria concordado se fosse qualquer outra coisa.No entanto, o que Patrícia propunha era um desafio à sua dignidade masculina:— Impossível, não permitirei que você enfrente mais riscos. Matheus representa o maior perigo. Você deve vir comigo agora, não deve se envolver nisso!— Então você não concorda? — A voz de Patrícia ficou fria. — Se você não pode apoiar minha carreira, então não temos motivos para ficarmos juntos...Teófilo sorriu amargamente:— Paty, não use isso para me pressionar.— Teófilo, se lembra de quando foi levado às pressas para a s
A primeira coisa que Patrícia fez ao sair foi cobrir com terra as marcas de líquido amniótico que ainda restavam no chão, as últimas pegadas pararam no cruzamento.Quando Matheus seguiu os vestígios até lá, descobriu que as marcas terminavam ali.Franzindo a testa em busca de mais pistas, ele ouviu um ruído sutil vindo de um beco ao lado. Se aproximou cuidadosamente com a arma em punho, passo a passo.Patrícia, sentada atrás de uma lixeira com os olhos vidrados, soltou um grito agudo ao perceber alguém se aproximando:— Não venha aqui!Ela ainda segurava uma pedra, que lançou ferozmente contra Matheus. Ele desviou, se esquivando com movimentos ágeis e elegantes.Matheus olhou para ela de cima para baixo:— Finalmente te encontrei!Patrícia então focou seus olhos:— É você.Instintivamente, ela tentou fugir, mas Matheus a agarrou pelo pescoço e, no segundo seguinte, a carregava sobre o ombro, como de costume.— Desgraçado, me solta, eu não quero voltar!— Se mexer de novo, atiro em você
Matheus não se importava com delicadezas, ele a carregou para o avião, ameaçando ela friamente antes que ela pudesse gritar:— Se você falar mais uma palavra, eu vou te jogar do avião.Patrícia se sentiu impotente.À medida que o avião decolava, Patrícia não sabia o que havia acontecido, mas ela entendia que Teófilo havia sido bem-sucedido.Matheus estava furioso, como um rojão prestes a explodir a qualquer momento. Nessas horas, ela percebia que era melhor manter distância para evitar problemas.Patrícia se encolheu, com o queixo apoiado nos joelhos e os olhos fechados, tentando dormir um pouco para minimizar sua presença ao máximo.Vendo a mulher encolhida, com a pele marcada por hematomas e sujeira, em uma aparência desleixada, Matheus sentiu uma pontada de algo.Sob o ar condicionado do avião, Patrícia sentiu frio.Matheus tirou seu próprio casaco e o colocou sobre ela, fazendo com que Patrícia se sentisse muito mais aquecida.Quando ela acordou novamente, o avião já estava quase p
Um som irritante ressoava ao seu redor, e Patrícia sequer queria olhar para trás. Percebendo sua relutância em ser levada à força, Matheus agarrou seu pulso e a arrastou consigo. — O que você está fazendo? Eu posso andar sozinha. Matheus a levou para o seu quarto principal, um espaço grande de cerca de duzentos metros quadrados. O chão estava coberto por um tapete longo e branco, e a decoração do quarto, tão opulenta quanto um palácio, era adornada com muitas pinturas famosas. Patrícia pensou que, dado o caráter de Matheus, certamente não eram suas obras, mas sim as obras-primas deixadas pelo presidente anterior. Ele soltou o pulso de Patrícia:— Minha casa é grande o suficiente. Vista o que quiser, coma o que quiser, contanto que não fuja e continue me tratando, está tudo bem!— Entendi. — Patrícia estava surpreendentemente dócil. — Vou tomar um banho, prepare a medicação.Depois desse incidente, ele confiava muito mais em Patrícia. Afinal, este era o seu lar, e ele não tinha d