Felizmente, havia duas camadas de cobertores no chão, então Patrícia não se machucou com a queda. Ela estava extremamente irritada: "Que tipo de homem estranho é esse?" Seu mundo não incluía cuidado com os outros, nem respeito pelos mais velhos ou proteção às mulheres e crianças! Matheus deu um olhar para a mulher, cujos olhos estavam arregalados, e disse: — Apague a luz antes de dormir. Isso foi como jogar óleo no fogo. Patrícia não sabia como ele conseguia falar de maneira tão fria com uma temperatura de trinta e sete graus! Embora irritada, ela ainda apagou a luz. A voz fria de Matheus ecoou na escuridão da noite: — Sou bastante sensível, especialmente enquanto durmo. Se sentir qualquer perigo, não hesitarei em torcer o pescoço da pessoa. Espero que ainda esteja viva amanhã de manhã. Patrícia respondeu com sarcasmo: — Nossa, você é realmente incrível. Por que não tenta dormir de olhos abertos? — Hahaha. Patrícia se virou de costas para ele e se cobriu com o c
O quarto não era grande, e o ar se encontrava levemente úmido. Patrícia desviou o olhar e disse:— Você me sequestrou e estou usando as mesmas roupas há dias. Eu quero tomar um banho.— Então tome um banho. — Respondeu Matheus, de maneira direta.Patrícia franziu a testa:— Eu preciso de roupas limpas para trocar.Matheus, com casualidade, abriu o armário que Patrícia pretendia abrir. Dentro, havia apenas uma mala com algumas de suas roupas do dia a dia."Meu Deus, esse homem é realmente um líder nacional?"Patrícia pensou em Jorge, que consumia arroz de alta qualidade, bebia vinho centenário e cujo café diário provinha de grãos de uma árvore também centenária.As roupas que ele vestia, embora sem etiquetas de marca, foram desenhadas por um estilista renomado e possuía corte impecável.Patrícia examinou as roupas na mala, dois casacos, algumas camisetas e calças. Ele, então, jogou a ela casualmente uma camiseta amassada e um par de calças.— Por enquanto, vista isso.Patrícia se contev
Pouco depois, Matheus entrou apressado, acenando para ela:— Venha aqui, vamos trocar seus curativos.Patrícia estava muito obediente hoje, tendo preparado o medicamento logo cedo.— Tire sua roupa.— Você tira.— Você é realmente muito preguiçoso. — Reclamou Patrícia, enquanto seus dedos puxavam o zíper da jaqueta dele.Quando chegou à ferida em seu braço, ela notavelmente desacelerou suas ações, puxando delicadamente a manga com uma mão enquanto pressionava suavemente seu braço musculoso com a outra.Matheus tinha uma pele escura, e o contraste era particularmente acentuado quando os dedos de Patrícia tocavam sua pele."As mãos das mulheres são todas tão pequenas? Tão brancas?"O toque suave em seu braço fez Matheus pensar nas vezes em que ele brincava de dar tapinhas em seu traseiro, que também parecia bastante macio.Patrícia, alheia aos pensamentos dele, trocava seus curativos como de costume.Antes que ele pudesse aproveitar o momento, ela já havia envolvido habilidosamente a ata
Ainda estava escuro quando Matheus se levantou, e Patrícia, pensando nas roupas que deixou no banheiro, se preparava para entrar correndo a fim de pegá-las, quando percebeu que ele já havia trancado a porta.Ela certamente foi vista, e não esperava que Matheus despertasse tão cedo naquele dia.Embora Matheus fosse acostumado à rusticidade, ela não exporia suas peças íntimas tão pessoais na frente de um homem, se houvesse outra opção.Assim que Matheus fechou a porta, ele avistou os conjuntos de lingerie branca de renda, pendurados na prateleira, feitos de seda lisa com detalhes sutis de renda, exibindo uma delicadeza especial.Era a primeira vez que Matheus via as roupas íntimas de uma mulher, algo tão simples, mas que instantaneamente trouxe à sua mente a imagem dessas peças no corpo dela.A imagem da noite em que ele puxou as alças dela reapareceu em sua mente, mesmo tendo visto apenas parte do seio, já era o suficiente para alimentar muitas fantasias.Sua garganta secou, e ele engol
Nesse momento, o sangue de Patrícia parecia congelar em suas veias enquanto uma série de soluções possíveis atravessava sua mente. Ela não tinha certeza das suas chances numa luta desesperada, mesmo que conseguisse passar pela porta, provavelmente seria recebida de forma terrível pelas pessoas do lado de fora. Se censurava internamente por ter sido tão impaciente, por ter querido resolver tudo antes da grande batalha, para então deixar Matheus e voltar para o lado de Teófilo. Agora que foi descoberta, ela não sabia o que a esperava.Os dedos dela apertavam uma peça de roupa enquanto organizava suas palavras: "Ele vai acreditar em mim?" O que Matheus viu ao abrir a porta foi Patrícia usando sua camiseta curta, que mal cobria até suas coxas, protegendo apenas as partes essenciais. As pernas, sempre escondidas sob jeans, eram brancas e retas, até mais bonitas que as de muitas modelos. Ao contrário das dele, que eram cobertas por pelos pretos, a pele dela era tão clara que até a sola
Matheus observava a mulher em seus braços, cuja clavícula delicada e perfeitamente visível delineava o contorno de seu busto de forma evidente. Patrícia percebeu seu olhar e o empurrou com força. Rapidamente, ela pulou para a cama e se cobriu completamente com o cobertor. Os olhos de Matheus escureceram enquanto ele girava o polegar sobre a ponta do dedo indicador, sentindo um vazio à medida que ela se afastava. Observando seu corpo se encolher sob as cobertas, aquele sentimento inexplicável ressurgiu. Matheus desviou o olhar e disse: — Não é nada, só não mexa nas minhas coisas de novo. Não haverá uma próxima vez. Após dizer isso, ele saiu às pressas, e Patrícia murmurou para si mesma, chamando ele de louco. Só depois de confirmar que ele realmente tinha ido embora é que respirou aliviada, sentindo todos os músculos relaxarem. Ela notou então que ainda segurava a cueca dele e rapidamente a jogou para o lado. A porta do armário e a mala ainda estavam abertas, ele não
Patrícia foi descoberta e teve que simular que apenas criava uma ilusão de distância:— Me deixe ir!— Insensata, mais à frente é o território do País da Serenidade Azul. Você quer morrer?Parecia que a cidade inteira estava dividida entre as forças deles dois, o que era conveniente, pois isso facilitava sua busca por Teófilo.Movida por um impulso, Patrícia apanhou algumas pedras do chão:— Desculpe, preciso ir.Ela disse, arremessando as pedras com força em direção ao drone, enquanto o operador se esquivava ágil.— Se jogar mais alguma, cortarei suas mãos!Patrícia jogou várias pedras sem acertar, restando apenas uma em sua mão. As pedras eram apenas uma distração, a última era a que ela investia toda sua força. Após um momento de reflexão, ela lançou com toda sua energia, um sorriso frio surgindo em seus lábios:— Adeus, grande pervertido.Com um "bang", o drone caiu ao chão e a tela escureceu.Matheus franziu o cenho. "Ela realmente teve coragem!"— Sr. Matheus, ela fugiu, deixe e
Patrícia ajudava uma mulher a se afastar com dificuldade, deixando um rastro serpenteante de água sob seus pés, com contrações a cada poucos minutos que deixavam seu rosto dolorosamente pálido. Como mulher, Patrícia entendia perfeitamente aquela sensação, suas duas primeiras gestações tinham sido prematuras, e os partos rápidos causaram muita dor a ela, mas isso não se comparava ao que a mulher enfrentava agora em um parto normal. Ela conhecia a situação atual e fazia o possível para se manter forte e auxiliar a outra mulher a se afastar. Até que encontraram uma loja destruída pela explosão, obviamente saqueada, de onde Patrícia arrancou dois pedaços de tecido rasgado para colocar sob a mulher. — Espere aqui um momento, eu já volto. Embora não houvesse mais suprimentos, felizmente ainda havia acesso à água. Ela aqueceu um pouco de água, ferveu ela e voltou com mais tecidos limpos. — Não temos condições melhores agora, aguente firme. Ela fez o possível para limpar a mulh