Ainda estava escuro quando Matheus se levantou, e Patrícia, pensando nas roupas que deixou no banheiro, se preparava para entrar correndo a fim de pegá-las, quando percebeu que ele já havia trancado a porta.Ela certamente foi vista, e não esperava que Matheus despertasse tão cedo naquele dia.Embora Matheus fosse acostumado à rusticidade, ela não exporia suas peças íntimas tão pessoais na frente de um homem, se houvesse outra opção.Assim que Matheus fechou a porta, ele avistou os conjuntos de lingerie branca de renda, pendurados na prateleira, feitos de seda lisa com detalhes sutis de renda, exibindo uma delicadeza especial.Era a primeira vez que Matheus via as roupas íntimas de uma mulher, algo tão simples, mas que instantaneamente trouxe à sua mente a imagem dessas peças no corpo dela.A imagem da noite em que ele puxou as alças dela reapareceu em sua mente, mesmo tendo visto apenas parte do seio, já era o suficiente para alimentar muitas fantasias.Sua garganta secou, e ele engol
Nesse momento, o sangue de Patrícia parecia congelar em suas veias enquanto uma série de soluções possíveis atravessava sua mente. Ela não tinha certeza das suas chances numa luta desesperada, mesmo que conseguisse passar pela porta, provavelmente seria recebida de forma terrível pelas pessoas do lado de fora. Se censurava internamente por ter sido tão impaciente, por ter querido resolver tudo antes da grande batalha, para então deixar Matheus e voltar para o lado de Teófilo. Agora que foi descoberta, ela não sabia o que a esperava.Os dedos dela apertavam uma peça de roupa enquanto organizava suas palavras: "Ele vai acreditar em mim?" O que Matheus viu ao abrir a porta foi Patrícia usando sua camiseta curta, que mal cobria até suas coxas, protegendo apenas as partes essenciais. As pernas, sempre escondidas sob jeans, eram brancas e retas, até mais bonitas que as de muitas modelos. Ao contrário das dele, que eram cobertas por pelos pretos, a pele dela era tão clara que até a sola
Matheus observava a mulher em seus braços, cuja clavícula delicada e perfeitamente visível delineava o contorno de seu busto de forma evidente. Patrícia percebeu seu olhar e o empurrou com força. Rapidamente, ela pulou para a cama e se cobriu completamente com o cobertor. Os olhos de Matheus escureceram enquanto ele girava o polegar sobre a ponta do dedo indicador, sentindo um vazio à medida que ela se afastava. Observando seu corpo se encolher sob as cobertas, aquele sentimento inexplicável ressurgiu. Matheus desviou o olhar e disse: — Não é nada, só não mexa nas minhas coisas de novo. Não haverá uma próxima vez. Após dizer isso, ele saiu às pressas, e Patrícia murmurou para si mesma, chamando ele de louco. Só depois de confirmar que ele realmente tinha ido embora é que respirou aliviada, sentindo todos os músculos relaxarem. Ela notou então que ainda segurava a cueca dele e rapidamente a jogou para o lado. A porta do armário e a mala ainda estavam abertas, ele não
Patrícia foi descoberta e teve que simular que apenas criava uma ilusão de distância:— Me deixe ir!— Insensata, mais à frente é o território do País da Serenidade Azul. Você quer morrer?Parecia que a cidade inteira estava dividida entre as forças deles dois, o que era conveniente, pois isso facilitava sua busca por Teófilo.Movida por um impulso, Patrícia apanhou algumas pedras do chão:— Desculpe, preciso ir.Ela disse, arremessando as pedras com força em direção ao drone, enquanto o operador se esquivava ágil.— Se jogar mais alguma, cortarei suas mãos!Patrícia jogou várias pedras sem acertar, restando apenas uma em sua mão. As pedras eram apenas uma distração, a última era a que ela investia toda sua força. Após um momento de reflexão, ela lançou com toda sua energia, um sorriso frio surgindo em seus lábios:— Adeus, grande pervertido.Com um "bang", o drone caiu ao chão e a tela escureceu.Matheus franziu o cenho. "Ela realmente teve coragem!"— Sr. Matheus, ela fugiu, deixe e
Patrícia ajudava uma mulher a se afastar com dificuldade, deixando um rastro serpenteante de água sob seus pés, com contrações a cada poucos minutos que deixavam seu rosto dolorosamente pálido. Como mulher, Patrícia entendia perfeitamente aquela sensação, suas duas primeiras gestações tinham sido prematuras, e os partos rápidos causaram muita dor a ela, mas isso não se comparava ao que a mulher enfrentava agora em um parto normal. Ela conhecia a situação atual e fazia o possível para se manter forte e auxiliar a outra mulher a se afastar. Até que encontraram uma loja destruída pela explosão, obviamente saqueada, de onde Patrícia arrancou dois pedaços de tecido rasgado para colocar sob a mulher. — Espere aqui um momento, eu já volto. Embora não houvesse mais suprimentos, felizmente ainda havia acesso à água. Ela aqueceu um pouco de água, ferveu ela e voltou com mais tecidos limpos. — Não temos condições melhores agora, aguente firme. Ela fez o possível para limpar a mulh
Gabriel olhou para Lucas: — Deixe isso comigo, vá buscar ajuda.— Seja cuidadoso, irmão. — Embora preocupado, Lucas tinha uma missão crítica a cumprir, então rapidamente fez suas recomendações e saiu.Gabriel e Kaué, inimigos mortais, se encontraram com raiva, e ambos sacaram suas armas.— Não vou deixar você escapar desta vez.— Ha, essa frase eu devolvo para você.Os irmãos e Teófilo se dividiram em grupos e começaram uma busca minuciosa pela cidade. Se Giovanna morresse dentro da cidade, independentemente de quem fosse a culpa, o povo do País da Lua Fria não deixaria barato.A situação política já estava caótica, e qualquer novo incidente poderia realmente desencadear um conflito internacional.Tiros foram disparados, e Matheus teve que voltar pelo caminho por onde veio.De repente, ele se lembrou de um detalhe: ao lado de um corpo esmagado, havia uma poça d'água.Quando criança, ele havia visto em favelas que mulheres grávidas perdiam líquido amniótico antes do parto! Se seguisse
Teófilo analisou friamente as intenções do outro lado. Caso o objetivo fosse sequestrar Giovanna, teriam levado ela imediatamente para outro local, e não a trazido aqui para dar à luz. Assim, se tornava evidente o propósito de ajudar Giovanna, o que indicava que estavam do mesmo lado. Teófilo se apresentou, chamando Giovanna por um nome falso:— Ana, você está aí dentro? Gabriela está chegando, e eu vou te salvar e te levar de volta. — Giovanna, emocionada, não foi a única afetada, Patrícia, que não esperava encontrar tão perto o homem que procurava, também se comoveu. — Fique tranquila, não sou uma ameaça. Vim para te salvar.Ao ouvir suas palavras, as pessoas dentro do lugar começaram a mover mesas e cadeiras, evidenciando que a aposta de Teófilo estava certa. Ele estava prestes a entrar quando uma mulher se jogou sobre ele, arrancando sua máscara e beijando-o.Teófilo estava prestes a afastá-la quando reconheceu o perfume que tanto ele tanto sentia falta."Não era um sonho!"Naqu
Patrícia se sentia um tanto impotente naquele instante, toda a atenção de Teófilo se concentrava nela e em Matheus. Para ele, as questões de Estado ou quaisquer disputas pareciam irrelevantes, sua mente estava ocupada com a ideia de que os dois precisavam estar juntos.— Não é isso que está em jogo, Teófilo. Você pode me ajudar? Se eu conseguir o anel, volto, e ele não descobrirá quem eu sou.Ao ouvir o apelo delicado de Patrícia, Teófilo teria concordado se fosse qualquer outra coisa.No entanto, o que Patrícia propunha era um desafio à sua dignidade masculina:— Impossível, não permitirei que você enfrente mais riscos. Matheus representa o maior perigo. Você deve vir comigo agora, não deve se envolver nisso!— Então você não concorda? — A voz de Patrícia ficou fria. — Se você não pode apoiar minha carreira, então não temos motivos para ficarmos juntos...Teófilo sorriu amargamente:— Paty, não use isso para me pressionar.— Teófilo, se lembra de quando foi levado às pressas para a s