"Quem poderia estar vindo a esta hora?" Ela não tinha amigos na Cidade A, nem esperava entregas ou encomendas. Ao verificar, se deparou com um rosto familiar. Era Teófilo. Ele havia conseguido encontrar o lugar, certamente possuindo um faro tão apurado quanto o de um cachorro. — Marcos, Teófilo está aqui. Vou lá fora ver o que ele quer. — Certo. Eles já tinham um acordo prévio, e certamente não seria por causa daquela questão sexual que ele a teria seguido até aqui, obviamente, algo havia acontecido. De qualquer forma, ele não lhe faria mal, isso ficaria claro assim que se encontrassem. Patrícia abriu a porta: — Como você... — Ela não terminou a frase quando Teófilo a abraçou fortemente, o calor do abraço do homem deixando ela um pouco atordoada. — O que aconteceu? — Paty, que bom que você está bem. Seu celular estava desligado, eu te procurei o dia todo. Patrícia de repente se lembrou que o celular que usava para se comunicar com Teófilo estava desligado durante
— Sim, é a casa temporária na Cidade A. — Você não está pensando em se mudar, está? Tudo aqui é do seu estilo, você escolheu os móveis pessoalmente, certo? Teófilo conhecia Patrícia melhor do que ninguém. Ela concordou: — Sim, a Cidade A é onde nasci e cresci, quero ter uma casa aqui. Foi por isso que ela investiu tanto em equipamentos médicos, também como precaução. Teófilo sentiu uma pontada de dor ao ouvir isso: — Paty, me desculpe. Originalmente, ela tinha uma casa, mas após a falência da família Bastos, a casa foi hipotecada e, mesmo tendo sido recomprada mais tarde, já não se sentia mais como seu lar. O lar de casados deles carregava muitas memórias ruins. Vila Montanha Dourada havia sido ocupada por Mariana, e o antigo apartamento pertencia a Roberto. Apenas esta casa foi comprada por ela, não pertencia a mais ninguém, tudo nela foi escolhido por suas próprias mãos. — Tudo isso já passou, vou fazer macarrão para você. Patrícia caminhou rapidamente em dire
No dia em que Patrícia Bastos recebeu o diagnóstico de câncer de estômago, Teófilo Amaral estava acompanhando sua “deusa” na consulta de saúde do filho dela.Nos corredores do hospital, Roberto Catelli segurava o relatório da biópsia, com um olhar sério:- Patrícia, os resultados dos exames saíram.
Em uma noite escura, ela retornou sozinha e melancólica ao banheiro.O vapor da água quente dissipou o seu frio, enquanto ela massageava os olhos inchados e entrava em um quarto. Ao abrir a porta, diante dela se revelou um quarto de criança acolhedor.Ela tocou suavemente o móbile, e a música suave
Ele desejava a morte de seu pai? Por quê?Associando isso ao colapso da família Bastos dois anos atrás, tudo começou a fazer sentido.Seria apenas uma coincidência?E se o colapso da família Bastos tivesse sido causado por ele? Mas, afinal, o que a família Bastos fez para merecer isso dele?Patrícia
Mariana trajava um elegante sobretudo branco feito de lã de cordeiro, e as pérolas brancas da Austrália penduradas em suas orelhas realçavam sua doçura e elegância.O xale em seu pescoço, valendo milhares, chamou a atenção da atendente, que se aproximou rapidamente:- Sra. Amaral, o Sr. Teófilo não
Patrícia ainda estava semi-curvada. Esse anel havia sido projetado por ele pessoalmente, de acordo com as preferências dela. Não era extravagante, mas tinha um design único, sendo a única peça no mundo.Desde o momento em que ele o colocou em seu dedo, Patrícia só o retirava para tomar banho, nunca
Juliana Silva partiu quando Patrícia tinha apenas 8 anos de idade. Era o dia do aniversário de João, e ela voltou para casa cheia de alegria, pronta para celebrar o aniversário de seu pai. No entanto, em vez disso, foi surpreendida por um acordo de divórcio de seus pais.Patrícia, desesperada para a