Patrícia não sabia se devia se surpreender pelo fato de essa pessoa não só ter um faro quase canino, mas também um sexto sentido animal.

— Teófilo, o que eu tenho a ver com você? Nem diga que não estou escondendo alguém, porque, mesmo que estivesse, isso não te diz respeito.

Sua expressão fria fez Teófilo se recordar de muito tempo atrás, quando ela, cuidadosa, perguntou sobre seu relacionamento com Mariana. Ele, não querendo explicar, respondeu de forma parecida.

Agora, Patrícia devolvia a ela as mesmas palavras.

É, eles não tinham nada um com o outro.

Nem mesmo poderiam ser chamados de amantes.

A farra da noite era apenas algo que ele havia implorado.

Se tivesse que esclarecer, a verdade nua só machucaria profundamente Teófilo.

Ele não podia culpar ninguém, era assim que ele tinha tratado Patrícia antes, e isso realmente era um retorno justo.

Ela tocou seu rosto:

— Teófilo, enquanto eu ainda estiver interessada em você, se comporte. — Ela era como uma serpente ven