Patrícia sorriu: — Não, nós não voltamos. Marcos tinha uma expressão que parecia dizer "Você acha que eu sou fácil de enganar?". Patrícia deu de ombros: — Bom, não nos casamos de novo, mas houve contato íntimo. — Você é direta. — Sou uma mulher normal, ter necessidades físicas não é normal? — Patrícia mostrou um pouco de seu lado feminino e ingênuo diante de Marcos. Não era uma relação amorosa, mais como de irmãos. Ao longo do caminho, Marcos a ajudou muito, e ela já o considerava um membro da família em quem podia confiar. Ele disse que sua família havia morrido, e ela também não tinha família. — Ele realmente te deixou ir. — Não tinha como segurar, a situação de hoje não está sob o controle dele. — Patrícia se sentou ao lado de Marcos, cutucando o peito dele com o braço. — E você, nesta idade, não tem nenhum desejo físico? Como resolve isso? Marcos deu a ela um olhar de soslaio, e Patrícia ergueu as mãos em rendição. — Tudo bem, só estou perguntando, não vá
Deitada na grande cama de dois metros, sobre um colchão macio, Patrícia não conseguia sentir nem um pingo de sono, não sabia se era por animação ou agitação. Após vários dias compartilhando as refeições e a cama com Teófilo, ela já se acostumara ao abraço quente dele. Se revirando na cama por uma hora, não só estava sem sono, como sua mente parecia mais clara do que nunca. Envolvida em um casaco, Patrícia pegou as chaves e desceu diretamente para a garagem, onde um carro esportivo preto chamativo disparou pela estrada. Teófilo, depois de um dia inteiro resolvendo problemas, olhou para o relógio e massageou as têmporas antes de voltar ao quarto. Ao abrir a porta, percebeu de imediato um leve cheiro de álcool no ar. Havia alguém ali! Antes que ele pudesse agir, uma figura emergiu das sombras em sua direção. O aroma familiar invadiu suas narinas, e seus olhos se iluminaram com surpresa e alegria: — Patrícia... A mulher já estava selando seus lábios. "Meu Deus." Enquanto ain
Patrícia tomou um banho e se arrumou, caminhando até o guarda-roupa, onde todas as roupas eram novas e especialmente compradas para ela. Teófilo acordou e, ao se apoiar na beirada da cama, viu a mulher sentada à penteadeira se maquiando. Esse momento causou a ele uma ilusão, como se eles nunca tivessem se separado. Tudo estava como antes. Patrícia aplicava o blush no rosto, e no espelho surgiu outra pessoa, Teófilo a abraçou por trás. O calor fervente de seu peito veio de trás dela, e Teófilo mordeu levemente sua orelha: — Paty, você está se arrumando tão bonita, vai encontrar alguém? Ela não estava usando uma máscara, o que significava que iria se encontrar com alguém mostrando seu verdadeiro rosto. A maquiagem não era intensa, era a popular maquiagem natural da época, com pequenos brilhos sob os olhos, que lhe conferiam um ar encantador. Teófilo lembrava que ela não gostava desse tipo de maquiagem, por ser muito calculista. Patrícia terminou de aplicar o último to
Patrícia acelerou o carro e saiu dirigindo, enquanto Teófilo observava a placa do veículo. Ele havia dado a Patrícia muitas casas e carros anteriormente. Mas aquele carro esportivo não estava em seu nome. Patrícia raramente dirigia antes e, mesmo quando dirigia, preferia carros sedã discretos. Sua Paty mudou muito nos últimos anos. "Quem ela estaria encontrando hoje?" Teófilo suspirou, lamentando ter concordado tão facilmente. — Presidente Teófilo, todos estão esperando por você, é hora de irmos. — A voz de Gabriel veio de trás. Teófilo quase havia esquecido, ele também tinha muitos problemas para resolver. Ele limpou o batom do canto dos lábios com os dedos e, ao se virar, já tinha voltado ao normal: — Vamos. Patrícia estacionou o carro mais cedo, abaixou o visor e tirou a base da bolsa para retocar a maquiagem. Observando seu rosto perfeito no espelho, ela sorriu levemente. Pura e encantadora o suficiente. Tocando a pulseira em seu pulso, Patrícia sussurro
A mulher à sua frente, ele já havia visto seis anos atrás, para ser exato, ele havia visto muitas fotos dela e sabia tudo sobre sua vida. Quão talentosa ela era, quantos prêmios havia ganhado na infância, quantas pessoas a haviam perseguido quando cresceu, e como desistiu de seu futuro para se casar cedo com um homem. No entanto, foi abandonada pelo marido e vivia em grande tristeza todos os dias. Eles já se encontraram duas vezes, mas naquela época seu rosto estava escondido nas sombras. Na primeira vez que a viu, ela estava usando uma camisola, grávida e sem forças, caída no tapete, enquanto ele apontava uma arma para seu peito. Ela é Patrícia, uma das pessoas que ele já teve como alvo para assassinar. Uma pessoa há muito enterrada pelo tempo de repente aparece diante dele, e Antônio está um tanto surpreso. — Você é... Patrícia jogou o cabelo para trás da orelha, com um sorriso confiante e gracioso no rosto: — Ainda não me apresentei, meu sobrenome é Bastos. Patrí
Luciana já dizia que, com o rosto de Patrícia, não havia homem no mundo que pudesse resistir, se ela assim desejasse. Os seres humanos são animais visuais, e a aparência sempre ocupa uma parte significativa nos critérios de escolha de um parceiro. Se apaixonar por alguém atraente é apenas uma questão de tempo.Antônio ficou hipnotizado. Atrás de Patrícia, uma grande catedral estava coberta de neve, e ela, leve como uma flor de cerejeira, sorriu para ele num instante, fazendo o coração de Antônio pular inexplicavelmente. Percebendo que isso não era um bom sinal, Antônio desviou o olhar para a caixa:— O que é isso?— Abra e veja.Era uma caixa de madeira, aparentemente simples, mas quando ele a abriu, seus olhos imediatamente se transformaram. Dentro da caixa, jazia tranquilamente uma flor de edelweiss, branca como a neve. Esta é uma flor que existe apenas em lendas, vivendo em altitudes tão elevadas que os seres humanos mal conseguem alcançar, e poucas pessoas sabem sobre ela, o
Patrícia pediu uma mesa cheia de pratos, muitos dos quais eram os favoritos de Antônio. Antônio ficou um pouco surpreso: — Como você sabe o que eu gosto? — Você não me disse que sua mãe é do sul? Supus que você gostaria dos pratos dessa região. Isso é difícil de adivinhar? — Patrícia controlou a conversa com precisão. Ela compartilhou abertamente suas experiências no exterior, falando sobre a aurora boreal, geleiras, desertos e o fundo do mar. — Alexandre, você já viu neve no deserto? É realmente lindo, só restam duas cores entre o céu e a terra. Ela falava das paisagens com a alegria de uma criança, até que o bife chegou e Patrícia fez uma pausa. — Desculpe, eu não tenho muitos amigos na Cidade A, falei demais para nosso primeiro encontro. Você não se importa, né? Antônio balançou a cabeça, embora já tivesse visto todas essas paisagens, as descrições vívidas de Patrícia de repente deram cor às suas lembranças cinzentas. — Não, é muito interessante. Patrícia mordeu
Patrícia chorava muito, sem conseguir parar. Originalmente, seu rosto era extremamente bonito, e a imagem de uma linda mulher em lágrimas era a mais comovente. O principal motivo estava bem à sua frente, Antônio parecia um pouco desconfortável, pois uma emoção assim, a menos que fosse um ator, ninguém conseguiria fingir: — Não chore mais, a morte não pode ser revertida, não se deixe abater tanto. Patrícia limpava as lágrimas com um lenço, murmurando desculpas. — Não foi minha intenção ser negativa, é só que ao pensar no meu amigo eu... — Antônio ofereceu alguns lenços a ela e disse algumas palavras de consolo, e o choro de Patrícia foi diminuindo, enquanto seus dedos acariciavam o mouse do bracelete. — Está bem, o futuro é longo. Vou usá-lo para ir a lugares mais distantes e cumprir nossa promessa. — Você disse que já teve um filho, então você já se casou, certo? Não seria inapropriado nos encontrarmos a sós? Os olhos de Patrícia ficaram ainda mais assustadores: — Não, o f