Luciana já dizia que, com o rosto de Patrícia, não havia homem no mundo que pudesse resistir, se ela assim desejasse. Os seres humanos são animais visuais, e a aparência sempre ocupa uma parte significativa nos critérios de escolha de um parceiro. Se apaixonar por alguém atraente é apenas uma questão de tempo.Antônio ficou hipnotizado. Atrás de Patrícia, uma grande catedral estava coberta de neve, e ela, leve como uma flor de cerejeira, sorriu para ele num instante, fazendo o coração de Antônio pular inexplicavelmente. Percebendo que isso não era um bom sinal, Antônio desviou o olhar para a caixa:— O que é isso?— Abra e veja.Era uma caixa de madeira, aparentemente simples, mas quando ele a abriu, seus olhos imediatamente se transformaram. Dentro da caixa, jazia tranquilamente uma flor de edelweiss, branca como a neve. Esta é uma flor que existe apenas em lendas, vivendo em altitudes tão elevadas que os seres humanos mal conseguem alcançar, e poucas pessoas sabem sobre ela, o
Patrícia pediu uma mesa cheia de pratos, muitos dos quais eram os favoritos de Antônio. Antônio ficou um pouco surpreso: — Como você sabe o que eu gosto? — Você não me disse que sua mãe é do sul? Supus que você gostaria dos pratos dessa região. Isso é difícil de adivinhar? — Patrícia controlou a conversa com precisão. Ela compartilhou abertamente suas experiências no exterior, falando sobre a aurora boreal, geleiras, desertos e o fundo do mar. — Alexandre, você já viu neve no deserto? É realmente lindo, só restam duas cores entre o céu e a terra. Ela falava das paisagens com a alegria de uma criança, até que o bife chegou e Patrícia fez uma pausa. — Desculpe, eu não tenho muitos amigos na Cidade A, falei demais para nosso primeiro encontro. Você não se importa, né? Antônio balançou a cabeça, embora já tivesse visto todas essas paisagens, as descrições vívidas de Patrícia de repente deram cor às suas lembranças cinzentas. — Não, é muito interessante. Patrícia mordeu
Patrícia chorava muito, sem conseguir parar. Originalmente, seu rosto era extremamente bonito, e a imagem de uma linda mulher em lágrimas era a mais comovente. O principal motivo estava bem à sua frente, Antônio parecia um pouco desconfortável, pois uma emoção assim, a menos que fosse um ator, ninguém conseguiria fingir: — Não chore mais, a morte não pode ser revertida, não se deixe abater tanto. Patrícia limpava as lágrimas com um lenço, murmurando desculpas. — Não foi minha intenção ser negativa, é só que ao pensar no meu amigo eu... — Antônio ofereceu alguns lenços a ela e disse algumas palavras de consolo, e o choro de Patrícia foi diminuindo, enquanto seus dedos acariciavam o mouse do bracelete. — Está bem, o futuro é longo. Vou usá-lo para ir a lugares mais distantes e cumprir nossa promessa. — Você disse que já teve um filho, então você já se casou, certo? Não seria inapropriado nos encontrarmos a sós? Os olhos de Patrícia ficaram ainda mais assustadores: — Não, o f
Teófilo estava com uma expressão fechada: — O que você disse? Se essas palavras viessem de outra pessoa, ele não acreditaria, afinal, Patrícia ainda estava em seus braços, carinhosa, esta manhã. Mas Fabiano não era tão entediante, ele definitivamente viu algo. — Adivinha o que eu vi hoje? — Fala logo. — Teófilo emanava um frio intenso. — Hoje não estou a fim de falar. — Então você não vai saber onde está Luciana. O barulho de Fabiano batendo na mesa ecoou: — Eu sabia que você, seu canalha, estava me escondendo algo. — Fala, o que você viu? — Eu te digo, você me diz onde ela está? — Combinado. Fabiano acessou as gravações das câmeras do restaurante. Patrícia não o escondeu, ela realmente estava indo encontrar um homem. Mas o rosto do homem nas gravações parecia totalmente desconhecido, e Patrícia estava estranha diante dele, ora sorrindo, ora chorando. Quando Teófilo a viu dando sobremesa ao homem, seu rosto ficou muito feio. Gabriel encolheu o pescoço,
Esses princípios ele entendeu, Patrícia certamente não poderia não perceber. Durante todos esses dias atravessando a selva, Patrícia não se mostrou uma mulher frágil. A morte de Suzana na época a deixou muito triste, ela certamente não mataria Antônio de forma tão simples. — O que exatamente a Sra. Patrícia quer fazer? Teófilo falou pesadamente: — Ela quer que Antônio se apaixone por ela, que entregue seu coração de bom grado e depois o jogue fora, fazendo ele sofrer e passar por toda a dor que Suzana sentiu antes de morrer! Gabriel ficou alarmado, somente Teófilo a conhecia tão bem. — Então a Sra. Patrícia quer ver Antônio. Ela quer que ele se apaixone por ela. Você não tem medo que eles...? Teófilo franziu o rosto: — Você deixaria um inimigo tocar em você? Veja, ao sair, Paty também segurou a manga dele, mas não tocou em seus dedos. Era certo que Patrícia o odiava a cada momento e que não poderiam desenvolver sentimentos um pelo outro. Mas ao pensar que ela esta
Patrícia puxou a manga de Antônio e correu até seu carro esportivo, ligou o motor e saiu em alta velocidade. Essa sequência de ações deixou Antônio confuso: — O que você está fazendo? Patrícia, sem saber de onde tirou um grampo, prendeu rapidamente o cabelo com uma mão enquanto mantinha a outra no volante, colocando o dedo nos lábios e fazendo um gesto de silêncio: — Não pergunte, só corra. O carro acelerava, e Patrícia já não tinha mais a aparência recatada de antes. Ela dirigiu a toda velocidade para a Rua das Estrelas, indo muito rápido, uma velocidade que contrastava com seu jeito habitual. Na Rua das Estrelas, havia poucos carros e a circulação não era restrita, permitindo que o carro esportivo mostrasse todo seu potencial. Quando um carro na pista oposta tentou ultrapassá-la e quase bateu, Patrícia não diminuiu a velocidade, forçando o outro carro a recuar. No instante em que os três carros se aproximaram, a pessoa do carro oposto ficou paralisada de medo, mas P
No restaurante à beira-mar, Patrícia lembrou de seu passado. Essas memórias, que antes estavam apenas em documentos, agora ganhavam vida através de suas palavras. Quando Patrícia falava com emoção, seus olhos ficavam ligeiramente vermelhos, mas ela se recusava a deixar as lágrimas caírem.— Alexandre, obrigada por me ouvir. Passei muitos anos sozinha, sem família e sem amigos. Às vezes, quero conversar com alguém e não consigo encontrar ninguém, por isso sempre acabo procurando você para bater papo. Você deve achar que sou um incômodo.Antônio finalmente entendeu por que ela sempre tinha tanto a dizer, na verdade, ela é Patrícia. Ao pensar nas mensagens que trocou com ela no passado, percebeu que sempre foi frio. Talvez, para ela, ele fosse seu único consolo.— Não se preocupe. — Disse ele, tomando um gole de café amargo. Há tantas pessoas infelizes neste mundo.— A propósito, você nunca me falou sobre sua vida. Considerando sua idade, você deve estar casado, certo?Antônio balanç
Mansão da Oásis.O mordomo trouxe pessoas para receber na porta logo pela manhã e ficou um pouco surpreso ao ver quem desceu do carro. Afinal, uma médica tão renomada como Maitê deveria estar acompanhada de um assistente ou motorista, mas no carro havia apenas uma mulher. Ela tinha uma aparência comum, mas exalava uma aura que a tornava bastante incomum. — Você é a Maitê? — Por que, não pareço? — Patrícia fechou a porta do carro. — Não, não, só estou um pouco surpreso. Você se deu ao trabalho de vir até aqui para atender a Srta. Mariana, é realmente uma honra para nós. Patrícia estava desinteressada em suas formalidades: — Onde está a paciente? — Venha por aqui, por favor. Embora a Mansão da Oásis fosse grande, parecia especialmente desolada sob a intensa neve. Atualmente, na geração deles, apenas Mariana restava, e Mariana não era a filha biológica da família Freitas. Rodrigo tinha sofrido um grande golpe. Ele acabou adotando alguém de parentesco lateral, afinal, Mar