DAVID
Não dava para negar minha alegria, eu estava tão feliz por finalmente conseguir ver minha mãe! Voltar para Dover me trouxe lembranças dos erros que cometi e hoje vejo que minha vida mudou para melhor.
Fiquei em alerta por Aleck quando olhou para Lía. Sabia que ele era bem persistente quando queria algo ou alguém, e vi em seu olhar e no jeito de se expressar que ele desejou Lía. Eu não fazia parte do grupo, apesar de andar com eles às vezes. E apesar de tudo, ele sempre teve respeito por mim e pelas pessoas que eu amava. Saí de Dover em busca de mudanças e renovação em minha vida, queria algo além da vida que eu levava e das poucas oportunidades que tive.
Nunca fui preso, apesar de ter sido o chefe da gangue Dark Soul; não usava drogas, pois sabia o que elas faziam com o organismo, entretanto vendia para as pessoas que também sabiam
THALÍA— Vou precisar de uma ajudinha com o zíper... Acho que está emperrado. — falei fazendo charme, enquanto subia as escadas. Ele, sem pensar duas vezes, tirou a camisa e veio correndo em minha direção, me pegando de surpresa pela cintura.— Vou fazer bem mais que ajudar você com um zíper... — disse ele sussurrando no meu ouvido, me deixando completamente arrepiada, e me puxou para ficar mais junto ao seu corpo, já com o seu membro duro e seus olhos me queimando de puro desejo.— Acho que não vamos chegar a tempo no banheiro para tomar um banho... — eu falei passando a mão de leve sobre sua calça e apertando um pouco, fazendo-o soltar um gemido sobre minha boca, enquanto me beijava e se pressionava ainda mais duro contra a minha mão, acariciando o meu corpo. Seus músculos fortes e definidos eram minha perdiçã
THALÍAKate com certeza era uma mulher linda e incrível; apesar dos acontecimentos em sua vida ela tinha uma beleza inigualável. Mais uma vez o meu trabalho me tira do meu momento de lazer. Deixei um recado com David para Kate, que eu fiquei extremamente triste por partir tão cedo e que em breve voltaria para visitá-la. Já sabia que teria um dia de reunião com os chineses novamente, já que eles eram muito metódicos com seu projeto. David me deixou no aeroporto pela manhã e voltou para casa, pois tinha muitas coisas a serem feitas. Por incrível que pareça Sara estava com uma felicidade pelo tempo que passei com ela que não era normal, deveria ser pelo fato dela ter um tempo a sós com ele, mas não estava me preocupando com isso, confiava plenamente no meu namorado.&nbs
THALÍANão me sinto bem. Estou enjoada e tenho medo de não conseguir ver o concurso. Fora o enjoo, eu ando com muito sono e isso não é normal. Faltavam algumas horas para o concurso e seria uma boa ideia dormir um pouco. Coloquei o celular para me despertar na hora certa, tomei meu banho morno e vesti algo leve. Já tinha em mente que ele iria ganhar, depois de resolver tudo sobre Sara e Dean, já estava na hora de aproveitar meu David. Adormeço em um sono tranquilo e renovador.— Thalía... — me chama uma voz suave. — Thalía meu amor acorde... — passa a mão no meu cabelo.— David? — pergunto sonolenta e atordoada por ainda estar com sono. — Ai meu Deus! Você vai perder a hora do concurso... — digo apressada, saindo da cama. Ele apenas sorri para mim, sentado na cama. — Que horas são? Por que você est&aa
THALÍASegui para a médica. Eu tinha que saber o que havia de errado comigo. Não era normal enjoar, dormir praticamente o dia todo, e ainda comer feito um dragão.Tudo estava resolvido. Fechei o melhor negócio da minha vida, e ainda queria adiantar as pinturas da galeria. Mas eu tinha apenas uma preocupação: David. Ele acabara de perder a mãe, e apesar de não ter convivido com a minha por muito tempo, ainda sentia a sua falta. Eu sei que não era o mesmo sentimento que ele possuía, eu não passei por isso. Não da forma como ele tinha passado.De uma coisa eu tinha certeza, em breve tudo se resolveria e a dor se tornaria saudade. Uma saudade que durará para sempre.— Como assim, grávida? — pergunto olhando para o exame de sangue, que a médica me entregou. — impossível... Como isso foi acontecer?—
DAVIDNão sabia o que fazer quando tudo aconteceu. Eu mesmo deveria ter falado com ela, e não o seu pai, ou melhor, o meu pai... Nosso pai. Porque querendo ela ou não, ele ainda era o seu pai. Eu não conseguia olhar para ela, não quando parecia que eu estava roubando a sua vida. Ainda assim, eu sabia que não era minha culpa, e nem dela. O nosso maior erro tinha sido nos apaixonarmos. E mesmo assim, não era um crime. O destino tinha nos unido de tal maneira, que se tivéssemos planejado tudo, talvez, não teria sido da forma que foi. Talvez, se ela fosse a filha da empregada e eu o filho do dono da empresa, talvez, nós não nos apaixonássemos. Eram muitos “talvez” em nosso caminho. Mas parado ali, naquela sala, a vendo partir completamente atordoada, eu soube que ela sempre seria a pessoa com quem eu mais me preocuparia no mundo. Ela, Thalía, seria o amor da minha
THALÍAUm mês antes...— Você já está pronta? — perguntou Clifford apressado e irritado.
THALÍAAcordei em uma cama de hospital, com meu pai ao meu lado. Eu não me sentia muito bem, pois tudo em meu corpo estava doendo. Com os olhos ainda pesados e sem muita força para falar, chamei por meu pai. O branco das paredes refletia a luz da sala, fazendo meus olhos doerem ainda mais.— Pai... — falei com a voz arrastada e debilitada, sentindo meu corpo doer e a minha cabeça latejar — Onde está Cliff?— Oi querida... Agora você precisa descansar... — no momento em que ele falou, senti que havia algo errado. Meu pai tinha algo em sua voz que o denunciou. Além da voz, seu semblante era carregado.— Pai, onde está Clifford? — perguntei irritada — Não me enrole...— Thalía... Você precisa descansar... — tentou me acalmar e fazer com que eu continuasse deitada na cama, mas ele sabia que não ia c
DAVIDMais um dia sem trabalho. Estava ficando difícil pagar meu curso de dança. Meu amigo Dean estava querendo que eu entrasse na agência na qual ele estava trabalhando como garoto de programa, ou melhor, agência de acompanhantes. Eu tinha que enviar dinheiro para minha mãe que estava doente de câncer já fazia dois meses. Os remédios estavam cada vez mais caros e ela só tinha a ajuda do dinheiro que euenviavapara ela. Apesar dos meus princípios, aceitei.Ainda me lembro do meu primeiro trabalho. Minha cliente era uma senhora que tinha idade para ser minha mãe e depois que terminei, senti repulsa por estar fazendo aquele tipo de trabalho.Ela me chamava de urso, gostoso, delícia e gritava a cada movimento de dança que eu fazia para agradá-la.Ela me lambia e passava a mão no meu pau, e se não fosse a ajuda do remédi